Diário de Fictícias – Sr. Galo? Sr. Galo?
Galo – Quem me chama? (olhando para todos os lados). Ah, é você! O que faz aí em baixo? O que quer de mim?
DF – Gostava de lhe colocar umas questões sobre a sua vida aqui nesta capoeira…
Galo – Não percebi muito bem o que disse. Vai ter que falar um pouco mais alto, sabe, tenho alguns problemas de audição…
DF – Assim seja. Nestas últimas semanas, tem estado nas primeiras páginas dos jornais. Tudo devido a uns problemas de um dos seus súbditos. Qual a sua opinião em relação a isso?
Galo – Todos falam de mim e da minha capoeira, contudo nada de extraordinário se passou nestes últimos dias. Em relação ao problema de que fala, não é da minha responsabilidade mas sim da responsabilidade do meu patrão.
DF – Já o seu patrão diz o contrário, que a culpa é inteiramente sua. Diz que, como galo que é, não pode querer voar…
Galo – Ninguém me diz o que devo ou não fazer! Já subi até ao cimo do telhado e hei-de subir ainda mais. Muitos velhos do Restelo não me auguram um bom futuro e outros galos da zona norte invejam a minha posição. E irei recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça Galinácea provando, assim, que eu mereço voar.
DF – Se cumprir o que está a prometer, pode prejudicar todas as outras capoeiras do país. Os seus homónimos pelo país fora podem perder o direito a emigrar, reduzindo, assim, a importação de milho.
Galo – Isso não são contas do meu rosário. Os outros animais têm que saber que eu quero, posso e mando! Aliás, sou o único galo transformado em louça vendido por todo o país. E isso não é para qualquer um.
DF – Sim, é verdade. Mas isso não lhe dá razão para fazer o que quer. Todos temos que respeitar e ser respeitados.
Galo – Aí é que está a questão. Ainda há dias fui a Lisboa para passear e fecharam-me a porta na cara. O meu patrão é um homem duro e autoritário que põe os seus interesses à frente dos da sua profissão. As outras capoeiras pretendem que eu desista de lutar pelo meu objectivo… Estes problemas estão a complicar em muito a minha vida… Estou numa autêntica barca do inferno.
DF – Para terminar, como encara o seu futuro a nível pessoal e profissional?
Galo – Quem me chama? (olhando para todos os lados). Ah, é você! O que faz aí em baixo? O que quer de mim?
DF – Gostava de lhe colocar umas questões sobre a sua vida aqui nesta capoeira…
Galo – Não percebi muito bem o que disse. Vai ter que falar um pouco mais alto, sabe, tenho alguns problemas de audição…
DF – Assim seja. Nestas últimas semanas, tem estado nas primeiras páginas dos jornais. Tudo devido a uns problemas de um dos seus súbditos. Qual a sua opinião em relação a isso?
Galo – Todos falam de mim e da minha capoeira, contudo nada de extraordinário se passou nestes últimos dias. Em relação ao problema de que fala, não é da minha responsabilidade mas sim da responsabilidade do meu patrão.
DF – Já o seu patrão diz o contrário, que a culpa é inteiramente sua. Diz que, como galo que é, não pode querer voar…
Galo – Ninguém me diz o que devo ou não fazer! Já subi até ao cimo do telhado e hei-de subir ainda mais. Muitos velhos do Restelo não me auguram um bom futuro e outros galos da zona norte invejam a minha posição. E irei recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça Galinácea provando, assim, que eu mereço voar.
DF – Se cumprir o que está a prometer, pode prejudicar todas as outras capoeiras do país. Os seus homónimos pelo país fora podem perder o direito a emigrar, reduzindo, assim, a importação de milho.
Galo – Isso não são contas do meu rosário. Os outros animais têm que saber que eu quero, posso e mando! Aliás, sou o único galo transformado em louça vendido por todo o país. E isso não é para qualquer um.
DF – Sim, é verdade. Mas isso não lhe dá razão para fazer o que quer. Todos temos que respeitar e ser respeitados.
Galo – Aí é que está a questão. Ainda há dias fui a Lisboa para passear e fecharam-me a porta na cara. O meu patrão é um homem duro e autoritário que põe os seus interesses à frente dos da sua profissão. As outras capoeiras pretendem que eu desista de lutar pelo meu objectivo… Estes problemas estão a complicar em muito a minha vida… Estou numa autêntica barca do inferno.
DF – Para terminar, como encara o seu futuro a nível pessoal e profissional?
Galo – Bem, a nível pessoal espero continuar a cantar à meia-noite e de manhã cedo, que é o que eu mais gosto de fazer. A nível profissional, continuarei a cantar de galo por todas as capoeiras deste país!
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