sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Alunos e professores unidos: “Queremos ir para casa estudar!”

São 8h30 da manhã. O dia está escuro e sopra um vento agreste que dá vida aos ramos das árvores e levanta as folhas espalhadas pelos passeios… Contudo, ao contrário do que se possa pensar, a rua está repleta de pessoas que, tremendo tanto como varas verdes, seguram cartazes e gritam palavras de ordem. A campainha toca pela primeira vez mas ninguém parece ouvir. Os portões estão fechados e a chuva bate constantemente nas placas de zinco que abrigam alguns professores.

Pela primeira vez em muitos anos, a escola vê todos os seus professores e alunos no seu recinto e em luta pelos mesmos ideais. É hora de ir para a aula, mas “mais importante que aprender é, seguramente, lutar pelos seus direitos e protestar contra a política vigente”, são estas as palavras de um professor que se manifesta neste dia chuvoso.

Entoando conhecidos gritos de guerra, adaptados à situação em que nos encontramos, professores e alunos unem-se numa só voz e gritam cada vez mais alto, ao verem que estão a ser filmados e entrevistados pelo Diário de Fictícias e outros meios de comunicação.

É neste ambiente de antítese com o tempo que se faz sentir que pedimos a opinião de alguns manifestantes:

“Epa, somos estudantes e não concordamos com as aulas de substituição porque se tivéssemos feriado íamos para casa estudar, pah!”
Estudante

“Eu não sei a razão do protesto mas acho muito bem porque assim não temos aulas.”
Estudante

“Estamos todos unidos contra esta política de discriminação e achamos que a senhora ministra deveria saber o que custa dar aulas das 9h às 16h, ter férias de 2 meses, e escolher o seu próprio horário que mudaria de opinião em relação a nós”
Professor

1 comentário:

Anónimo disse...

"Diário de Fictícias"? Só para os professores... Isto é, de facto, uma das realidades do nosso ensino, infelizmente...
Parabéns.