Esvaziaram de todo a cova em que dormiste
O sono a que ainda tens a tu’alma sujeita,
E vem dela o som cavo, o monótono e triste,
Vão queixume da terra em lágrimas desfeitas.
Sinto distintamente! Esse queixume existe:
É a saudade da terra aos teus ossos efeita;
É o soluço que vem da cova em que dormiste
O sono a que ainda tens a tu’alma sujeita.
Há por tudo o rumor de um choro desolado;
Cantam chorosamente as árvores e os fossos;
Nossas almas lá vão, unidas lado a lado...
Espalharam à noite os teus brancos destroços
E a noite, na viuvez do teu perfil amado,
Verte funereamente o luar sobre os teus ossos!...
O sono a que ainda tens a tu’alma sujeita,
E vem dela o som cavo, o monótono e triste,
Vão queixume da terra em lágrimas desfeitas.
Sinto distintamente! Esse queixume existe:
É a saudade da terra aos teus ossos efeita;
É o soluço que vem da cova em que dormiste
O sono a que ainda tens a tu’alma sujeita.
Há por tudo o rumor de um choro desolado;
Cantam chorosamente as árvores e os fossos;
Nossas almas lá vão, unidas lado a lado...
Espalharam à noite os teus brancos destroços
E a noite, na viuvez do teu perfil amado,
Verte funereamente o luar sobre os teus ossos!...
Emílio de Menezes
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