sábado, 30 de maio de 2009

A incompetência moral de um jogador em final de carreira

Figo já disse que gostava de ser Presidente da Federação Portuguesa de Futebol. No entanto, a partir do momento em que assumiu esse desejo, já meteu três vezes a pata na poça.


  1. Fazer este anúncio com uma cabeleira preta e azul absolutamente ridícula. Tudo bem que estava a festejar o título nacional italiano, mas o conteúdo da mensagem merecia uma postura mais séria, muito mais séria.

  1. Assumir o fim da sua carreira enquanto futebolista profissional e, passada uma semana, dizer que afinal não era bem isso que queria dizer. Há a hipótese de ir jogar para os Estados Unidos.

  1. Na cerimónia de apresentação de mais um jogo da sua fundação (FLF), Luís Figo referiu-se à atleta olímpica portuguesa Naide Gomes da seguinte forma: “Como é que ela se chama?… Na… Na…. Naide Gomes, isso!”

Eu gosto muito do Figo, acho que foi um dos melhores futebolistas do mundo e a sua postura enquanto jogador e enquanto cidadão sempre foi exemplar. De qualquer das formas, o facto de ser óptimo numa determinada área não significa necessariamente que também o seja noutra qualquer. Este é um dos defeitos / características do povo português: iludir-se muito facilmente com o desejo de poder e deixar para trás aquilo em que realmente é bom. Não defendo que o Figo continue a jogar à bola. Muito menos que continue a dar a cara ao BPN. Mas a sua influência e postura no futebol poderão ser utilizadas noutros meios que não o de dirigente com alta responsabilidade como é o de Presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

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