Quando me disseram que Michael Jackson tinha morrido, as primeiras palavras que me vieram à cabeça foram: “Outra vez?!” Em sua memória, vou escrever toda esta crónica da forma como ele próprio viveu a sua vida, a preto e branco.
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Com a notícia da morte do Rei da Pop, os seus discos atingiram recordes de vendas, o que vem comprovar a teoria de que um artista morto tem muito mais valor. Eu até acho que muitos dos nossos músicos deveriam seguir esta estratégia. No seu testamento, Michael Jackson deixa à família o rancho de Neverland, um nariz e três criancinhas a estrear.
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Por cá, uma mãe adolescente fez greve de fome porque queria ter de volta o filho que deu para adopção. Dizem que foi a primeira vez que uma criança fez greve de fome. Eu não concordo. Em África já fazem isso há muito tempo. E lá, a fome é negra. Negra é também a caixa do avião da Air France que ainda não foi encontrada. Eu não entendo a razão de tanta demora, até porque, pela cor, só pode estar escondida na Damaia.
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Por falar nisso, o especulador Bernard Madoff foi condenado a 150 anos de cadeia. Ou era isto ou ser confrontado com o Nuno Melo no Parlamento. Preferiu, obviamente, a prisão. Por cá, vamos receber dois a três ex-detidos de Guantánamo. Como é hábito nestes casos, os envolvidos já estão a formar listas para as autárquicas.
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Depois das Europeias, mais duas eleições marcam a actualidade: as do Irão e as do Benfica. Ambas geraram muita contestação, até porque envolvem a religião. Se no Irão é Alá, no Benfica é Jesus. Nuno Gomes também renovou o seu contrato com o Glorioso. Com Jesus como treinador, é normal que a Maria Madalena ficasse no clube. Em relação ao Porto, acho estranho o Cissokho não ter assinado pelo clube de Ronaldinho Gaúcho por causa dos dentes.
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Para terminar, um conselho: quando acenderem uma vela em homenagem a Michael Jackson, não a deixem acesa durante muito tempo porque ele derrete.
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