O documentário de Mariana Otero (1997) mostra uma televisão privada como nunca antes se vira. Como objecto de estudo do seu trabalho, a cineasta escolheu a estação portuguesa SIC, caso ímpar na Europa em termos de audiência atingindo, em poucos anos de existência, os 50% de share.
Apesar das imagens exibidas corresponderem à realidade diária da SIC, uma realidade em que se dá primazia às audiências em detrimento da qualidade, esta é apenas parcial.
Mariana Otero optou por deixar de parte as grandes reportagens, os debates, programas como “O Século do Povo”, “Tostões e Milhões” e “Internacional SIC”, as reportagens da BBC e National Geographic, e o apoio à música e teatro nacionais.
Sendo legítimo, por parte da SIC, a crítica a Mariana Otero, esta cumpriu aquilo que se propôs a fazer inicialmente, saber de que maneira uma estação tão nova conseguiu atingir tais níveis de audiência.
Durante a execução deste projecto, Mariana Otero não se deparou com qualquer entrave na captação da imagem Emídio Rangel atribuiu-lhe livre-trânsito para o fazer, acabando, posteriormente, por criticá-la pela exibição de determinadas imagens.
Se, por um lado, esta exposição pode prejudicar a SIC tanto na obtenção de patrocínios como nas próprias relações internas entre os seus funcionários, por outro, beneficia a estação na medida em que estabelece a sua notoriedade no plano televisivo europeu.
Apesar das imagens exibidas corresponderem à realidade diária da SIC, uma realidade em que se dá primazia às audiências em detrimento da qualidade, esta é apenas parcial.
Mariana Otero optou por deixar de parte as grandes reportagens, os debates, programas como “O Século do Povo”, “Tostões e Milhões” e “Internacional SIC”, as reportagens da BBC e National Geographic, e o apoio à música e teatro nacionais.
Sendo legítimo, por parte da SIC, a crítica a Mariana Otero, esta cumpriu aquilo que se propôs a fazer inicialmente, saber de que maneira uma estação tão nova conseguiu atingir tais níveis de audiência.
Durante a execução deste projecto, Mariana Otero não se deparou com qualquer entrave na captação da imagem Emídio Rangel atribuiu-lhe livre-trânsito para o fazer, acabando, posteriormente, por criticá-la pela exibição de determinadas imagens.
Se, por um lado, esta exposição pode prejudicar a SIC tanto na obtenção de patrocínios como nas próprias relações internas entre os seus funcionários, por outro, beneficia a estação na medida em que estabelece a sua notoriedade no plano televisivo europeu.
No nosso entender, Mariana Otero alcança o seu objectivo primordial. É certo que, no seio da SIC, o produto final não foi bem recebido, mas isto porque os seus responsáveis não terão compreendido bem o intuito da cineasta.
André Pereira
José Santiago
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