Vivemos numa era em que os avanços tecnológicos se sucedem de uma forma tão rápida e envolvente como nunca havia acontecido. Esta evolução que o mundo tem sofrido é, seguramente, uma das causas para a tomada de consciência da população do mundo em que vivemos. Se, por um lado, as novas tecnologias nos permitem viver o mundo de uma forma completamente diferente (quase ao estilo de uma realidade virtual matrixiana) por outro, esta inteligência artificial permite-nos ter acesso a informações de todos os tipos. Há um esbater das classes sociais, neste aspecto, ao nível do antigo “elitismo do conhecimento”. Porém, a facilidade de acesso à informação é proporcionalmente acompanhada pela dificuldade em decifrarmos o verdadeiro conhecimento, o que é real do que é apenas acessório ou falacioso.
Neste universo tecnológico incluem-se, obviamente, os órgãos de comunicação social, que têm sofrido constantes alterações não só a nível estrutural como também a nível da pesquisa e divulgação da notícia.
Centrando-me na problemática existente entre os meios de comunicação social e a temática do aquecimento global, eu entendo que todos os intervenientes (Comunicação Social, grandes grupos económicos e ambientalistas) acabam por sair beneficiados. Com a preocupação constante em relação ao aquecimento global, os órgãos de comunicação social fazem o seu trabalho, divulgando a notícia, obtendo lucros com a sua acção. Por sua vez, os grandes grupos económicos especulam os preços, devido à conjectura ambiental que se vive, lucrando também com isso. Por último, os ambientalistas (que pertencem a grandes grupos económicos) também saem beneficiados por verem o “seu” caso em cima da mesa da opinião pública.
Como é óbvio, todos os alarmes e informações que nos são veiculadas pelos órgãos de comunicação social podem ser facilmente manipulados com o intuito de nos transmitir determinada informação. Mas acaba por ser essa a lei do mercado. Tanto acontece com o “aquecimento global” como com o “terrorismo” ou a “saúde”. Ciclicamente, estes temas são debatidos em praça pública com o intuito de “promover a roda”. Não estou a dizer, porém, que não existe o problema do aquecimento global, neste caso específico. Apenas entendo que o ser humano banal não tem acesso à verdadeira informação, ao conhecimento, tendo apenas que acreditar naquilo que ouve, vê ou lê através dos meios de comunicação social. E aqui é que se gera o debate. Por exemplo: os meios de comunicação social nos Estados Unidos relatam temas avassaladoramente diferentes dos tratados pelos meios de comunicação social árabes. Não quero, com isto, optar por uma ou outra forma de divulgar a notícia, mas o problema reside no facto de a “Notícia” ser diferente. Até que ponto o ser humano (de qualquer continente e não só norte-americano/europeu) pode estar consciente do verdadeiro problema e como deve combatê-lo?
Entendo que, por um lado, os órgãos de comunicação social podem tratar o tema do aquecimento global numa perspectiva de preocupação com as suas consequências. Porém, não é de eliminar a probabilidade propagandística exercida pelos mesmos, sujeitando-se aos elevados interesses económicos.
1 comentário:
Um ponto de vista interessante.
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