"Tenho medo do liricismo que voltei a sentir, aquele mesmo liricismo que julguei ter perdido nos cantos obscuros de um peito cansado que gostou muito e sofreu. Nunca deixarei a alma estar totalmente presa a objectivos concretizáveis. Quero o sonhar, deixas-me? Pensarei sempre mais longe. Terei sempre que carregar utopias e sonhos em mim. Não vou viver nunca sem sonhar e é por isso que ainda aqui estou. Porque gosto sempre de acreditar até chocar com a realidade de perto e perceber se hei-de ou não continuar."
Texto: Maria
Imagem: José Costa
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