Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
domingo, 13 de julho de 2008
A minha noite não usa baton - IV
A imagem era nítida, o jornalista estava a entrar em estado de choque. Pelo menos a sua mão esquerda. Os tremores agudizavam-se com o passar dos segundos, os suores precipitavam-se na mesa e… e… e ninguém reparava! O assunto que estava a ser debatido, reconheço, era de extrema importância para que pudesse ser interrompido de forma a socorrer alguém que se encontrava num claro estado de choque e nervosismo. “O nosso treinador é o regressado D. Sebastião. Ele fez com que atingíssemos patamares elevadíssimos no futebol mundial, para não dizer europeu”, vomitava o especialista, enquanto juntava as mãos em forma de triângulo, tocando com as pontas dos dedos umas nas outras, um pouco ao estilo de Pedro Abrunhosa, mas numa versão intelectual.
Texto: André Pereira
Imagem: DR
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