No próximo ano lectivo (2006/2007), o Tratado de Bolonha referente ao Ensino Superior, entrará em vigor em Portugal. O curso de Ciências da Informação, do Instituto Superior Miguel Torga, não foge à regra.
Este processo visa tornar o Ensino Superior mais competitivo e com uma maior uniformização das oportunidades de trabalho. A este curso será aplicada a fórmula de 3+2 – 3 anos de licenciatura (1º ciclo) mais 2 anos de Mestrado Profissionalizante (2º ciclo). Esta adequação abrangeu também a mudança de designação do curso para Comunicação Social, uma forma de mais facilmente poderem ser concretizadas e percebidas as competências exigidas aos futuros licenciados.
A tónica deste processo irá acentuar-se na componente prática que complementará de forma mais eficaz a componente teórica. Não é por acaso que com Bolonha se altera a forma de ensino e se fala num modelo centrado na aprendizagem, abandonando a visão até agora vigente. Os alunos passarão a ser licenciados após a concretização dos obrigatórios 180 ECTS (European Credit Tranfer System), 60 ECTS por cada ano curricular. O ECTS é agora o crédito de medida das competências delineadas para cada unidade curricular, ou seja, engloba as “horas de contacto” (teóricas, práticas, trabalhos de campo, trabalhos laboratoriais e orientações tutoriais) e as “horas extra” (o tempo previsto que o aluno terá de despender para realizar com sucesso a disciplina – pesquisas, entrevistas, leituras e outras).
Com a aplicação de ECTS, em paralelo surgem outros documentos necessários a usar a favor da mobilidade / intercâmbio dos alunos: o Registo Académico, Suplemento ao Diploma (documento individual que irá reconhecer actividades extra e complementares, abrangidas pela área de estudo, efectuadas pelo aluno em prol do seu currículo académico) e a classificação das notas são pontos essenciais – esta classificação será elaborada por unidade curricular e por cada ano lectivo, numa Tabela que de “A” a “Fx” irá expressar as melhores notas (0 a 20 valores) de determinada turma, em determinado ano lectivo, para cada unidade curricular. Respectivamente, e num nível descendente, a “A” corresponderá o intervalo de 18 a 20 valores, a “B” de 16 a 18, e assim sucessivamente até ao “F” (8 a 10) e “Fx” (0 a 8) que dão conta das notas negativas.
O projecto de final de curso será abolido uma vez que durante a licenciatura os projectos serão muitos e variados.
No que diz respeito ao Mestrado, este não é obrigatório, contudo será de extrema importância para a entrada e permanência no mundo do trabalho. Tem a duração de 2 anos, em horário pós-laboral, e poderá ser feito quando e onde se quiser (desde que preencha os devidos requisitos).
Estas novas medidas pretendem trazer melhorias na educação em Portugal, tendo sido analisado neste texto, de forma mais específica, o curso de Ciências da Informação (futuramente Comunicação Social) no Instituto Superior Miguel Torga.
Como opinião pessoal, reconheço que a adaptabilidade a este sistema não será fácil mas os pontos fortes irão superar todas as adversidades que possam surgir.
As informações contidas neste texto, bem como a elaboração do mesmo, só foram possíveis devido à disponibilidade da Mestre Sofia Figueiredo, Directora Executiva da Licenciatura em Ciências da Informação e Presidente do Conselho Pedagógico do ISMT.
Este processo visa tornar o Ensino Superior mais competitivo e com uma maior uniformização das oportunidades de trabalho. A este curso será aplicada a fórmula de 3+2 – 3 anos de licenciatura (1º ciclo) mais 2 anos de Mestrado Profissionalizante (2º ciclo). Esta adequação abrangeu também a mudança de designação do curso para Comunicação Social, uma forma de mais facilmente poderem ser concretizadas e percebidas as competências exigidas aos futuros licenciados.
A tónica deste processo irá acentuar-se na componente prática que complementará de forma mais eficaz a componente teórica. Não é por acaso que com Bolonha se altera a forma de ensino e se fala num modelo centrado na aprendizagem, abandonando a visão até agora vigente. Os alunos passarão a ser licenciados após a concretização dos obrigatórios 180 ECTS (European Credit Tranfer System), 60 ECTS por cada ano curricular. O ECTS é agora o crédito de medida das competências delineadas para cada unidade curricular, ou seja, engloba as “horas de contacto” (teóricas, práticas, trabalhos de campo, trabalhos laboratoriais e orientações tutoriais) e as “horas extra” (o tempo previsto que o aluno terá de despender para realizar com sucesso a disciplina – pesquisas, entrevistas, leituras e outras).
Com a aplicação de ECTS, em paralelo surgem outros documentos necessários a usar a favor da mobilidade / intercâmbio dos alunos: o Registo Académico, Suplemento ao Diploma (documento individual que irá reconhecer actividades extra e complementares, abrangidas pela área de estudo, efectuadas pelo aluno em prol do seu currículo académico) e a classificação das notas são pontos essenciais – esta classificação será elaborada por unidade curricular e por cada ano lectivo, numa Tabela que de “A” a “Fx” irá expressar as melhores notas (0 a 20 valores) de determinada turma, em determinado ano lectivo, para cada unidade curricular. Respectivamente, e num nível descendente, a “A” corresponderá o intervalo de 18 a 20 valores, a “B” de 16 a 18, e assim sucessivamente até ao “F” (8 a 10) e “Fx” (0 a 8) que dão conta das notas negativas.
O projecto de final de curso será abolido uma vez que durante a licenciatura os projectos serão muitos e variados.
No que diz respeito ao Mestrado, este não é obrigatório, contudo será de extrema importância para a entrada e permanência no mundo do trabalho. Tem a duração de 2 anos, em horário pós-laboral, e poderá ser feito quando e onde se quiser (desde que preencha os devidos requisitos).
Estas novas medidas pretendem trazer melhorias na educação em Portugal, tendo sido analisado neste texto, de forma mais específica, o curso de Ciências da Informação (futuramente Comunicação Social) no Instituto Superior Miguel Torga.
Como opinião pessoal, reconheço que a adaptabilidade a este sistema não será fácil mas os pontos fortes irão superar todas as adversidades que possam surgir.
As informações contidas neste texto, bem como a elaboração do mesmo, só foram possíveis devido à disponibilidade da Mestre Sofia Figueiredo, Directora Executiva da Licenciatura em Ciências da Informação e Presidente do Conselho Pedagógico do ISMT.
André Pereira
2 comentários:
há certos assuntos que devem ser comentados e esclarecidos
até à data nada do que me foi explicado, me foi suficientemente convincente
nem o assunto em causa, nem as pessoas que o explicaram..
surge assim, algo que veio revolucionar o sistema de ensino de um país.
Sistemas de A a Fx.. Fx, parece marca de computadores..
Fx...como se compreende esta sigla que mostra alguém com resultados negativos?
Se os resultados são negativos, isso nem deveria constar para classificar..
Enfim, vamos adoptar aquele sistema dos Américas, tanto visto em filmes..
colonizámos no passado grandes espaços fisicos.
agora vamos nós ser "colonizados", desta vez, pior, culturalmente
vamos dar a outros, sistemas para nos controlarem o ensino, nós...
que possuímos uma das Universidades mais antigas da Europa (e do mundo)
Tratado de Bolonha..no comments..
oi oi
Como não acabei de ler lá no ismt vim ler agora...embora não apanhe o Tratado fiquei esclarecida no que diz respeito às mudanças impostas :)
Obrigada
Isa
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