O Diário de Fictícias, envolvido por este espírito que envolve todo o mundo cristão, mas, essencialmente, todo o mundo EUROpeu, decidiu acompanhar os Reis Magos e ir à Terra Natal entregar alguns presentes ao menino.
– Basta seguir aquela estrela – disse Belchior.
– Mas aquela estrela leva-nos até Sintra, e não a Belém, que é onde queremos ir – responde Baltazar.
– Ele tem razão, Belchior. Devemos antes guiarmo-nos pelo nosso GPS, e não fazer como aquele senhor que, apesar de gerir a empresa SGPS, não se soube orientar. E nós não queremos aparecer na lista de devedores ao fisco, pois não? Muito menos que as nossas companheiras publiquem um livro a incriminar-nos – diz Gaspar.
– Segundo o sistema, devemos ir por aquela rua – afirma Baltazar, apontando a direcção.
– Por aí vamos dar ao estádio de futebol onde também mora um Jesus, mas não é bem esse que queremos encontrar. – remata Belchior.
Assim começou a longa viagem que os três Reis Magos e a nossa equipa de reportagem fizeram até à Terra Prometida*. Chegados a Belém, deparámo-nos com um luxuoso palácio, protegido por guardas imponentes. Fizemos as apresentações, mostrámos os convites e, após terem verificado se nos encontrávamos bem vestidos (o essencial era ter o cinto bem apertado), os guardas que, apesar da noite escura se encontravam de óculos de sol, abriram a porta e entregaram-nos um cartão de consumo mínimo.
Algo incrédulos com aquela recepção, dirigimo-nos ao local onde se encontrava a família reunida, à volta de um cavaco em chamas que aquecia a casa.
– Boa noite, senhores! – disseram em coro os Reis Magos – Cada um de nós tem uma prenda para vos oferecer.
– Senhor José, para si tenho esta caixa de ferramentas. Como bom carpinteiro que é, espero que faça bom uso para tratar da Madeira. E, como sei que também tem dotes de jardinagem, ofereço-lhe estas rosas para plantar.
– Obrigado Belchior, agora é a minha vez de oferecer a minha prenda à “nova inquilina”. É uma caixinha com ouro, mas cá dentro tem um objecto que anda, literalmente, na boca de muita gente… Espero que faça melhor uso que os habituais utilizadores…
– Por último – continuou Gaspar – tenho este espremedor de laranjas para o senhor Silva. Devido às críticas de que tem sido alvo, acho que este é o presente ideal.
A família agradeceu calorosamente aos Reis Magos que, após terem cumprido o consumo mínimo através do pagamento de vários impostos, abandonaram o local sem a certeza de voltarem no próximo ano.
*Terra Prometida não no sentido de estar na agenda de aquisições de alguém mas sim porque é lá onde se fazem muitas promessas.
– Basta seguir aquela estrela – disse Belchior.
– Mas aquela estrela leva-nos até Sintra, e não a Belém, que é onde queremos ir – responde Baltazar.
– Ele tem razão, Belchior. Devemos antes guiarmo-nos pelo nosso GPS, e não fazer como aquele senhor que, apesar de gerir a empresa SGPS, não se soube orientar. E nós não queremos aparecer na lista de devedores ao fisco, pois não? Muito menos que as nossas companheiras publiquem um livro a incriminar-nos – diz Gaspar.
– Segundo o sistema, devemos ir por aquela rua – afirma Baltazar, apontando a direcção.
– Por aí vamos dar ao estádio de futebol onde também mora um Jesus, mas não é bem esse que queremos encontrar. – remata Belchior.
Assim começou a longa viagem que os três Reis Magos e a nossa equipa de reportagem fizeram até à Terra Prometida*. Chegados a Belém, deparámo-nos com um luxuoso palácio, protegido por guardas imponentes. Fizemos as apresentações, mostrámos os convites e, após terem verificado se nos encontrávamos bem vestidos (o essencial era ter o cinto bem apertado), os guardas que, apesar da noite escura se encontravam de óculos de sol, abriram a porta e entregaram-nos um cartão de consumo mínimo.
Algo incrédulos com aquela recepção, dirigimo-nos ao local onde se encontrava a família reunida, à volta de um cavaco em chamas que aquecia a casa.
– Boa noite, senhores! – disseram em coro os Reis Magos – Cada um de nós tem uma prenda para vos oferecer.
– Senhor José, para si tenho esta caixa de ferramentas. Como bom carpinteiro que é, espero que faça bom uso para tratar da Madeira. E, como sei que também tem dotes de jardinagem, ofereço-lhe estas rosas para plantar.
– Obrigado Belchior, agora é a minha vez de oferecer a minha prenda à “nova inquilina”. É uma caixinha com ouro, mas cá dentro tem um objecto que anda, literalmente, na boca de muita gente… Espero que faça melhor uso que os habituais utilizadores…
– Por último – continuou Gaspar – tenho este espremedor de laranjas para o senhor Silva. Devido às críticas de que tem sido alvo, acho que este é o presente ideal.
A família agradeceu calorosamente aos Reis Magos que, após terem cumprido o consumo mínimo através do pagamento de vários impostos, abandonaram o local sem a certeza de voltarem no próximo ano.
*Terra Prometida não no sentido de estar na agenda de aquisições de alguém mas sim porque é lá onde se fazem muitas promessas.
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