Professora – Bom dia, senhores alunos!
Alunos – Bom dia, pah! Podes-te sentar, fica à vontade!
Professora – Obrigado… Se não se importarem, hoje vamos falar da actualidade. Comecemos pelo programa “Grandes Portugueses”.
Alunos – Boa! Viva o Cristiano Ronaldo e a Floribella! E os DZRT! E os excelentes actores dos Morangos com Açúcar!
Professora – Bem, não era exactamente sobre essas pessoas que gostaria de falar…
Alunos – Não era o quê? (aproximam-se dela com ar ameaçador) Parece que percebeu mal…
Professora – Nada, nada. Eu disse que era exactamente sobre esses enormes portugueses que iremos falar hoje! Mas, já agora, o que acham dos dez portugueses eleitos? Por exemplo, que opinião têm acerca desta “luta” entre o Cunhal e o Salazar?
António – Eu tenho aqui um punhal! É deste que estamos a falar?
Professora – (assustada) Não!
Álvaro – António, volta para a tua cadeira, deixa a senhora professora trabalhar…
Professora – Muito bem, menino Álvaro! Um dos senhores caiu exactamente de uma cadeira… Aliás, foi esse senhor que criou o Estado Novo.
Luís – “Tanto do meu estado me acho incerto / Que, em vivo ardor, tremendo estou de frio / Sem causa, juntamente choro e rio / O mundo todo abarco, e nada aperto.”
João – Só poesia, só poesia! Mas tu és cego ou surdo? Não é desse Estado que a professora estava a falar. Vê lá se queres que divida a tua cabeça como no Tratado de Tordesilhas…
Professora – Meninos, vamos lá a parar com isto! Já que o menino Joãozinho falou no Tratado de Tordesilhas, sabem em que consistiu?
Vasco – Eu não sei, mas sempre que me falam em Tordesilhas só me apetece comer uma comidinha bem temperada. Nham nham… Há até quem me chame de Vasco da Gamba, tal é o meu gosto pela gastronomia e pelo mar.
Professora – O Tratado de Tordesilhas assegurou para Portugal a posse do Brasil e a manutenção do comércio com a Índia.
Afonso – Ahhh… Daí ter nascido o Deco, que diz que Portugal é a sua Pátria-Mãe. No meu tempo não era nada assim… Pátria-Mãe?! Pátria tudo bem, agora Mãe… Não me parece…
Professora – Menino Afonso, temos de respeitar a nossa mãe, os nossos pais… Mas, vamos lá organizar isto.
Marquês – Organizar? Ouvi falar em organizar? Isso é comigo! Vamos lá antes que esta aula se transforme num verdadeiro terramoto!
Aristides – Oh Marquês, tu, de facto, és muito organizado, mas cometeste um erro que eu tive que remediar mais tarde… Mandaste-os embora e eu tive de os salvar.
Professora – Acabem com a discussão, meninos! Com isto, já são horas de acabar a aula. O pior é que está a chover lá fora e não tenho coragem para passar por aquele mar de água…
Henrique – Professora, não tenha medo! Vamos lá. Eu tenho uma solução. Não podemos ter medo! Como diz ali o Luís, vamos “dar novas escolas à escola”.
Professor – A situação está cada vez pior. Acho que nenhum de vocês merece a melhor nota. Todos são bons alunos mas também têm os vossos defeitos, tal como todos os alunos das outras escolas. Até aqueles que não andam na escola, mas sabem bastante! Dar a melhor nota a um de vocês é uma atitude idiota… Por agora, preciso é de alguém que nos guarde até esta tempestade passar…
Fernando – Eu posso ajudar. Afinal, uma parte de mim está habituada a guardar rebanhos…
Alunos – Bom dia, pah! Podes-te sentar, fica à vontade!
Professora – Obrigado… Se não se importarem, hoje vamos falar da actualidade. Comecemos pelo programa “Grandes Portugueses”.
Alunos – Boa! Viva o Cristiano Ronaldo e a Floribella! E os DZRT! E os excelentes actores dos Morangos com Açúcar!
Professora – Bem, não era exactamente sobre essas pessoas que gostaria de falar…
Alunos – Não era o quê? (aproximam-se dela com ar ameaçador) Parece que percebeu mal…
Professora – Nada, nada. Eu disse que era exactamente sobre esses enormes portugueses que iremos falar hoje! Mas, já agora, o que acham dos dez portugueses eleitos? Por exemplo, que opinião têm acerca desta “luta” entre o Cunhal e o Salazar?
António – Eu tenho aqui um punhal! É deste que estamos a falar?
Professora – (assustada) Não!
Álvaro – António, volta para a tua cadeira, deixa a senhora professora trabalhar…
Professora – Muito bem, menino Álvaro! Um dos senhores caiu exactamente de uma cadeira… Aliás, foi esse senhor que criou o Estado Novo.
Luís – “Tanto do meu estado me acho incerto / Que, em vivo ardor, tremendo estou de frio / Sem causa, juntamente choro e rio / O mundo todo abarco, e nada aperto.”
João – Só poesia, só poesia! Mas tu és cego ou surdo? Não é desse Estado que a professora estava a falar. Vê lá se queres que divida a tua cabeça como no Tratado de Tordesilhas…
Professora – Meninos, vamos lá a parar com isto! Já que o menino Joãozinho falou no Tratado de Tordesilhas, sabem em que consistiu?
Vasco – Eu não sei, mas sempre que me falam em Tordesilhas só me apetece comer uma comidinha bem temperada. Nham nham… Há até quem me chame de Vasco da Gamba, tal é o meu gosto pela gastronomia e pelo mar.
Professora – O Tratado de Tordesilhas assegurou para Portugal a posse do Brasil e a manutenção do comércio com a Índia.
Afonso – Ahhh… Daí ter nascido o Deco, que diz que Portugal é a sua Pátria-Mãe. No meu tempo não era nada assim… Pátria-Mãe?! Pátria tudo bem, agora Mãe… Não me parece…
Professora – Menino Afonso, temos de respeitar a nossa mãe, os nossos pais… Mas, vamos lá organizar isto.
Marquês – Organizar? Ouvi falar em organizar? Isso é comigo! Vamos lá antes que esta aula se transforme num verdadeiro terramoto!
Aristides – Oh Marquês, tu, de facto, és muito organizado, mas cometeste um erro que eu tive que remediar mais tarde… Mandaste-os embora e eu tive de os salvar.
Professora – Acabem com a discussão, meninos! Com isto, já são horas de acabar a aula. O pior é que está a chover lá fora e não tenho coragem para passar por aquele mar de água…
Henrique – Professora, não tenha medo! Vamos lá. Eu tenho uma solução. Não podemos ter medo! Como diz ali o Luís, vamos “dar novas escolas à escola”.
Professor – A situação está cada vez pior. Acho que nenhum de vocês merece a melhor nota. Todos são bons alunos mas também têm os vossos defeitos, tal como todos os alunos das outras escolas. Até aqueles que não andam na escola, mas sabem bastante! Dar a melhor nota a um de vocês é uma atitude idiota… Por agora, preciso é de alguém que nos guarde até esta tempestade passar…
Fernando – Eu posso ajudar. Afinal, uma parte de mim está habituada a guardar rebanhos…
André Pereira
O Despertar – 23/03/07
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