A Igreja da Santíssima Trindade vai custar ao Santuário de Fátima 80 milhões de euros, quatro vezes mais do que o orçamento inicialmente previsto.
O reitor do Santuário, Luciano Guerra, explicou que a “derrapagem” se ficou a dever, sobretudo, aos “trabalhos a mais”, à “actualização de preços” e a outras “obras extraordinárias”, como a mudança de betão cinzento para betão branco.
De facto, o betão cinzento não condizia com o degradée de cores que se verifica nas vestes dos utilizadores assíduos deste local. A “derrapagem” referida pelo senhor com o nome tão bem conhecido pela Igreja Católica talvez tenha sido provocada pelas lágrimas (ou sangue) que caem constantemente naquele piso… A “actualização de preços” é uma justificação completamente aceitável. Aliás, Jesus amaldiçoou o dinheiro mas não disse propriamente a que tipo de dinheiro se estava a referir. E não há nenhum Evangelho onde Jesus critique as “actualizações de preços”. Quanto às “obras extraordinárias”, sou um apoiante convicto deste tipo de construções. Contudo, se envergasse um qualquer título de engenheiro civil, talvez optasse por retirar o prefixo “extra”. Há que fazer condizer o tipo de obra com a própria instituição.
Segundo Luciano Guerra, os 80 milhões de euros serão “financiados integralmente com as ofertas dos peregrinos a Nossa Senhora de Fátima”. Ah bom… Então e o lugar cativo no Céu? Quem paga? O Joe Berardo, não…?
Aquando de uma outra visita à nova igreja, em Maio deste ano, Luciano Guerra referiu que o pagamento da obra será feito “a pronto”, dois meses depois da apresentação da factura da empreitada.
Vou evitar fazer piadas fáceis com a palavra “empreitada”. No entanto, nada melhor que fazer o pagamento “a pronto”. No entanto, e na minha humilde opinião, optaria mais por utilizar o “Pronto” para fazer uma limpeza na Igreja. Mas isso sou eu, que não percebo nada de limpezas, nem consta que tenha biblioteca.
A nova igreja foi construída a pensar nas “multidões intermédias”, entre o “público do dia-a-dia e as grandes peregrinações”, albergando quase nove mil lugares sentados, possibilitando a permanência de 12 mil pessoas no templo. Desta forma, os confrontos entre a equipa de Jesus e a equipa de Lúcifer podem ser assistidos de forma bastante confortável.
Luciano Guerra explicou que o recinto vai ser mais fechado, a “convidar à adoração”, até porque “estava demasiado devassado, sobretudo pelos animais”. A adoração será dirigida pelos líderes das claques que incentivarão o público a adorar de forma convincente. No entanto, parece que os cânticos ao Demo serão proibidos por incorrerem numa contra-ordenação muito grave prevista no Código Divino.
Vamos lá a apertar o cinto, neste caso, a batina.
O reitor do Santuário, Luciano Guerra, explicou que a “derrapagem” se ficou a dever, sobretudo, aos “trabalhos a mais”, à “actualização de preços” e a outras “obras extraordinárias”, como a mudança de betão cinzento para betão branco.
De facto, o betão cinzento não condizia com o degradée de cores que se verifica nas vestes dos utilizadores assíduos deste local. A “derrapagem” referida pelo senhor com o nome tão bem conhecido pela Igreja Católica talvez tenha sido provocada pelas lágrimas (ou sangue) que caem constantemente naquele piso… A “actualização de preços” é uma justificação completamente aceitável. Aliás, Jesus amaldiçoou o dinheiro mas não disse propriamente a que tipo de dinheiro se estava a referir. E não há nenhum Evangelho onde Jesus critique as “actualizações de preços”. Quanto às “obras extraordinárias”, sou um apoiante convicto deste tipo de construções. Contudo, se envergasse um qualquer título de engenheiro civil, talvez optasse por retirar o prefixo “extra”. Há que fazer condizer o tipo de obra com a própria instituição.
Segundo Luciano Guerra, os 80 milhões de euros serão “financiados integralmente com as ofertas dos peregrinos a Nossa Senhora de Fátima”. Ah bom… Então e o lugar cativo no Céu? Quem paga? O Joe Berardo, não…?
Aquando de uma outra visita à nova igreja, em Maio deste ano, Luciano Guerra referiu que o pagamento da obra será feito “a pronto”, dois meses depois da apresentação da factura da empreitada.
Vou evitar fazer piadas fáceis com a palavra “empreitada”. No entanto, nada melhor que fazer o pagamento “a pronto”. No entanto, e na minha humilde opinião, optaria mais por utilizar o “Pronto” para fazer uma limpeza na Igreja. Mas isso sou eu, que não percebo nada de limpezas, nem consta que tenha biblioteca.
A nova igreja foi construída a pensar nas “multidões intermédias”, entre o “público do dia-a-dia e as grandes peregrinações”, albergando quase nove mil lugares sentados, possibilitando a permanência de 12 mil pessoas no templo. Desta forma, os confrontos entre a equipa de Jesus e a equipa de Lúcifer podem ser assistidos de forma bastante confortável.
Luciano Guerra explicou que o recinto vai ser mais fechado, a “convidar à adoração”, até porque “estava demasiado devassado, sobretudo pelos animais”. A adoração será dirigida pelos líderes das claques que incentivarão o público a adorar de forma convincente. No entanto, parece que os cânticos ao Demo serão proibidos por incorrerem numa contra-ordenação muito grave prevista no Código Divino.
Vamos lá a apertar o cinto, neste caso, a batina.
André Pereira
Imagem: Direitos Reservados
1 comentário:
Pois... mais um grande texto, mais uma grande crítica. Continua amigo, as produções fictícias esperam-te! Abraço
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