O cheiro dos livros paira no ar. Os dias de descanso rodeados de lençóis até à hora de almoço têm a sua data final anunciada. Recomeça o rodopio escolar. Cadernos, lápis, réguas, canetas, mochilas… tudo enche o carrinho das compras que, de um momento para o outro, pesa mais do que supostamente devia.
A corrida ao material escolar torna-se cada vez mais alucinante à medida que o início do ano lectivo se aproxima. Estes dias colocam à prova a capacidade económica de muitas famílias que se vêem obrigadas a gastar bastante dinheiro no regresso às aulas dos seus filhos.
“Os preços já são bastante elevados, para além de que cada vez temos de comprar mais material”, afirma Tatiana Nunes enquanto observa o filho pelos corredores do hipermercado. O Bernardo, de 11 anos, distancia-se da mãe e vê com as mãos tudo o que lhe alegra o campo visual. O seu mundo parece ter-lhe aberto alas, tal como ao seu desenho animado favorito, o Noddy. Todos os artigos escolares parecem querer saltar para o seu “carrinho amarelo”. Já a mãe, que observa o aumento do volume do carro, parece que não vai ter um dia assim tão belo, quando chegar à caixa para pagar.
A factura do cabaz de compras de material escolar pode facilmente chegar aos 40 euros, isto se os produtos não forem de linha branca. Nestas contas de somar não se incluem os livros, “o que causa maior despesa”, diz Tatiana Nunes. “Depois de um período de férias em que aproveitamos para nos divertir e descansar, o mês de Setembro é bastante agressivo”, conclui.
Este é um dos obstáculos que as famílias portuguesas têm de enfrentar quando os filhos retomam o período escolar. As campanhas publicitárias invadem a sala de estar com ofertas ilimitadas de produtos que, muitas vezes, acabam por não sair do estojo.
A corrida ao material escolar torna-se cada vez mais alucinante à medida que o início do ano lectivo se aproxima. Estes dias colocam à prova a capacidade económica de muitas famílias que se vêem obrigadas a gastar bastante dinheiro no regresso às aulas dos seus filhos.
“Os preços já são bastante elevados, para além de que cada vez temos de comprar mais material”, afirma Tatiana Nunes enquanto observa o filho pelos corredores do hipermercado. O Bernardo, de 11 anos, distancia-se da mãe e vê com as mãos tudo o que lhe alegra o campo visual. O seu mundo parece ter-lhe aberto alas, tal como ao seu desenho animado favorito, o Noddy. Todos os artigos escolares parecem querer saltar para o seu “carrinho amarelo”. Já a mãe, que observa o aumento do volume do carro, parece que não vai ter um dia assim tão belo, quando chegar à caixa para pagar.
A factura do cabaz de compras de material escolar pode facilmente chegar aos 40 euros, isto se os produtos não forem de linha branca. Nestas contas de somar não se incluem os livros, “o que causa maior despesa”, diz Tatiana Nunes. “Depois de um período de férias em que aproveitamos para nos divertir e descansar, o mês de Setembro é bastante agressivo”, conclui.
Este é um dos obstáculos que as famílias portuguesas têm de enfrentar quando os filhos retomam o período escolar. As campanhas publicitárias invadem a sala de estar com ofertas ilimitadas de produtos que, muitas vezes, acabam por não sair do estojo.
Rui Silva, que inicia em Setembro o 10º ano, já adquiriu todo o material necessário. “Sempre comprei o necessário e nada mais que isso”, afirma o jovem de 15 anos. “Tenho noção de que este é um período de difícil controlo económico para os meus pais, porque não sou o único estudante na família”, assegura. “O meu irmão mais novo vai este ano para o Ensino Básico e precisa de bastante material escolar”, conclui.
A entrada no Ensino Básico (5º ano) é um ponto de viragem no que respeita aos gastos escolares, uma vez que se multiplicam as disciplinas e, consequentemente, o material necessário para comprar. Um pesado esforço vivido à escala do orçamento de cada família.
Só no início deste ano lectivo, já se venderam cerca de dez milhões de manuais escolares. De acordo com dados da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), os livros para o 1º Ciclo custam, este ano, cerca de 23 euros, os do 2º ficam por quase 78 euros e os do 3º Ciclo por pouco mais de 126 euros.
O apoio às famílias, no âmbito da acção social escolar, foi recentemente reformulado. Ao longo deste ano lectivo, cerca de 214 mil alunos (dos 2.º e 3º ciclos e Secundário) receberão apoio escolar.
Todo o entusiasmo que se espelha nos rostos das crianças em muitos casos se desvanece quando pegam na mochila. Para este período de (re)adaptação não ser tão difícil, os pais devem envolver-se neste processo. A escola acaba por ser um prolongamento da sua própria casa, onde o aluno socializa com os outros e partilha a sua rotina pessoal. A colaboração dos pais com os professores ajuda a resolver muitos dos problemas escolares dos filhos.
A altura do ano para regressar ao frenesi diário não poderia ser a mais adequada. As notas caem das carteiras como folhas numa tarde de Outono. (Re)começa um período de adaptação a uma nova vida, para uns, e de continuação, para outros.
André Pereira
O Despertar
Fotografia: Direitos Reservados
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