“O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente... Ele reaviva as nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se bebes moderadamente em pequenos tragos de cada vez, o vinho gotejará nos teus pulmões como o mais doce orvalho da manhã... Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim convida-nos gentilmente a uma agradável alegria.”
Sócrates, filósofo grego
Joaquim Leitão Couto tem tido um percurso de relevante interesse pelo património cultural. Este seu amor pela cultura nacional começou desde cedo em Viseu, sua terra Natal, cidade com um abundante e rico espólio natural. Passou pelas universidades de Lisboa e Coimbra, onde adquiriu um saber médico amplamente reconhecido na área da Ortopedia.
Mais tarde, veio a ocupação de cargos autárquicos. Foi membro das assembleias municipais de Viseu e Penacova, presidente da câmara e presidente da assembleia municipal de Penacova. Como autarca, tornou-se amante do património, tendo sido autor e coordenador de publicações sobre todo o património concelhio de Penacova, desde os moinhos aos fornos de cal, passando pelo artesanato dos palitos, à vida e obra de António José d’Almeida e Vitorino Nemésio.
Contribuiu, ainda, para a musealização dos sítios neste concelho, no Museu do Moinho (Buçaco), no Museu dos Fornos de Cal e dos Carpinteiros (Casal de Santo Amaro), na Casa da Freira (Penacova), e na Casa do Monte (Lorvão).
Toda esta enorme bagagem cultural, repleta de experiências e vivências enriquecedoras, levaram Leitão Couto a elaborar o livro “Os Mosteiros e o Vinho”. Segundo Maria Alegria Marques, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, “esta é uma obra de amor. De amor à terra, mãe da vida e dos homens, de amor ao mundo campesino, de amor a um mundo que, passado, não mais voltará”.
Inicia-se assim o prefácio desta obra que nos prende logo desde o início. Cheira a uvas cuidadosamente tratadas e pisadas com a sabedoria dos mais genuínos homens da terra. Cada folhear de página acende um aroma único de remotos caminhos de uva, longos dias de vindima, e merecidos descansos com um copo na mão.
Este livro é a junção de vários anos de pesquisa por todo o país. Percorrendo 30 concelhos do País, Leitão Couto conseguiu recolher uma colecção bastante completa. O autor afirma mesmo que esta é “a mais completa colecção de tanoaria de Portugal”. Da colecção fazem parte peças com dezenas de anos e com um valor incomensurável.
Em 2006, foi instalado o Museu de Tanoaria em Miranda do Corvo, numa antiga casa de tipologia rural. O Museu tem a colaboração da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo e do respectivo município, no projecto de requalificação da Quinta da Paiva.
Os mosteiros foram, durante largos anos, os principais veículos de divulgação do vinho, reforçando a sua importância histórica e religiosa. O vinho tem sofrido uma evolução ao longo dos tempos mantendo, na sua essência, desde os segredos dos antigos processos de fabricação até à sua utilização na culinária mundial.
Uma das curiosidades que o livro nos apresenta é a arte de tratar a rolha de uma garrafa de vinho. “Ferver a rolha em vinho é um erro bastante comum”, afirma Leitão Couto. “A rolha deve ser introduzida seca e a garrafa colocada verticalmente para que o ar que se encontra sob pressão possa sair pela rolha”, conclui o autor que aprendeu este processo com António Dias Cardoso, da Escola Vitivinícola da Bairrada.
São muitas as histórias contadas neste magnífico livro. Desde os diferentes objectos de tanoaria encontrados e recolhidos, até às saborosas provas de vinho pelos recantos do nosso país.
A tecnologia actual é, sem dúvida, uma forma eficaz de resolver bastantes problemas. No entanto, no que respeita à pisa do vinho, a tradicional é mais aconselhada porque não destrói a uva completamente.
De realçar o grafismo do livro que, com as suas cores e formato, apela a uma leitura acompanhada pelo amigo de todas as alturas, o vinho. Leitão Couto sublinha o facto de este livro só ter sido possível devido aos diversos apoios que recebeu. Entre eles, está o Município de Miranda do Corvo, Município de Penacova, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, as Caves Aliança (Sangalhos) e Henrique Oliveira (Miranda do Corvo). Sem nunca esquecer, está a família que, segundo o autor, “ajudou imenso e apoiou nos momentos menos fáceis”.
A apresentação do livro ocorreu em Miranda do Covo. No entanto, haverá uma segunda apresentação em Lorvão, no mês de Outubro, aquando da festa em honra das Santas Rainhas.
Num tempo de ritmo acelerado, nada melhor que relaxar, deixar as pálpebras cederem às leis de Newton e degustar um delicioso vinho. “Enquanto está na garrafa, o vinho é meu escravo; fora da garrafa, sou escravo dele”, disse um dia Juan Luis Vives.
Sócrates, filósofo grego
Joaquim Leitão Couto tem tido um percurso de relevante interesse pelo património cultural. Este seu amor pela cultura nacional começou desde cedo em Viseu, sua terra Natal, cidade com um abundante e rico espólio natural. Passou pelas universidades de Lisboa e Coimbra, onde adquiriu um saber médico amplamente reconhecido na área da Ortopedia.
Mais tarde, veio a ocupação de cargos autárquicos. Foi membro das assembleias municipais de Viseu e Penacova, presidente da câmara e presidente da assembleia municipal de Penacova. Como autarca, tornou-se amante do património, tendo sido autor e coordenador de publicações sobre todo o património concelhio de Penacova, desde os moinhos aos fornos de cal, passando pelo artesanato dos palitos, à vida e obra de António José d’Almeida e Vitorino Nemésio.
Contribuiu, ainda, para a musealização dos sítios neste concelho, no Museu do Moinho (Buçaco), no Museu dos Fornos de Cal e dos Carpinteiros (Casal de Santo Amaro), na Casa da Freira (Penacova), e na Casa do Monte (Lorvão).
Toda esta enorme bagagem cultural, repleta de experiências e vivências enriquecedoras, levaram Leitão Couto a elaborar o livro “Os Mosteiros e o Vinho”. Segundo Maria Alegria Marques, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, “esta é uma obra de amor. De amor à terra, mãe da vida e dos homens, de amor ao mundo campesino, de amor a um mundo que, passado, não mais voltará”.
Inicia-se assim o prefácio desta obra que nos prende logo desde o início. Cheira a uvas cuidadosamente tratadas e pisadas com a sabedoria dos mais genuínos homens da terra. Cada folhear de página acende um aroma único de remotos caminhos de uva, longos dias de vindima, e merecidos descansos com um copo na mão.
Este livro é a junção de vários anos de pesquisa por todo o país. Percorrendo 30 concelhos do País, Leitão Couto conseguiu recolher uma colecção bastante completa. O autor afirma mesmo que esta é “a mais completa colecção de tanoaria de Portugal”. Da colecção fazem parte peças com dezenas de anos e com um valor incomensurável.
Em 2006, foi instalado o Museu de Tanoaria em Miranda do Corvo, numa antiga casa de tipologia rural. O Museu tem a colaboração da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo e do respectivo município, no projecto de requalificação da Quinta da Paiva.
Os mosteiros foram, durante largos anos, os principais veículos de divulgação do vinho, reforçando a sua importância histórica e religiosa. O vinho tem sofrido uma evolução ao longo dos tempos mantendo, na sua essência, desde os segredos dos antigos processos de fabricação até à sua utilização na culinária mundial.
Uma das curiosidades que o livro nos apresenta é a arte de tratar a rolha de uma garrafa de vinho. “Ferver a rolha em vinho é um erro bastante comum”, afirma Leitão Couto. “A rolha deve ser introduzida seca e a garrafa colocada verticalmente para que o ar que se encontra sob pressão possa sair pela rolha”, conclui o autor que aprendeu este processo com António Dias Cardoso, da Escola Vitivinícola da Bairrada.
São muitas as histórias contadas neste magnífico livro. Desde os diferentes objectos de tanoaria encontrados e recolhidos, até às saborosas provas de vinho pelos recantos do nosso país.
A tecnologia actual é, sem dúvida, uma forma eficaz de resolver bastantes problemas. No entanto, no que respeita à pisa do vinho, a tradicional é mais aconselhada porque não destrói a uva completamente.
De realçar o grafismo do livro que, com as suas cores e formato, apela a uma leitura acompanhada pelo amigo de todas as alturas, o vinho. Leitão Couto sublinha o facto de este livro só ter sido possível devido aos diversos apoios que recebeu. Entre eles, está o Município de Miranda do Corvo, Município de Penacova, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, as Caves Aliança (Sangalhos) e Henrique Oliveira (Miranda do Corvo). Sem nunca esquecer, está a família que, segundo o autor, “ajudou imenso e apoiou nos momentos menos fáceis”.
A apresentação do livro ocorreu em Miranda do Covo. No entanto, haverá uma segunda apresentação em Lorvão, no mês de Outubro, aquando da festa em honra das Santas Rainhas.
Num tempo de ritmo acelerado, nada melhor que relaxar, deixar as pálpebras cederem às leis de Newton e degustar um delicioso vinho. “Enquanto está na garrafa, o vinho é meu escravo; fora da garrafa, sou escravo dele”, disse um dia Juan Luis Vives.
André Pereira
O Despertar
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