sábado, 17 de dezembro de 2005

O dinheiro Na (tal) crise


Com vista a conhecer os hábitos de consumo de algumas pessoas residentes na zona comercial de Celas, nesta época natalícia, decidi pegar no meu trenó e partir à procura de respostas, alternando entre vendedores e clientes.

Foi por uma loja de roupa de alta qualidade que comecei o meu estudo. Aqui, a “crise” de que tanto se fala não existe, “aumentando mesmo o peso nos bolsos dos clientes”, segundo Sofia Cardoso.
É de realçar que a classe social que frequenta esta loja é diferente da maioria. Esta maioria prefere as lojas tradicionais, onde os preços são acessíveis podendo comprar mais produtos, mas com menos qualidade. Joana Cardoso afirma isto mesmo: “os clientes desta loja não gastam mais de 15 euros por pessoa”, contrariamente ao que acontece nas lojas de elite, onde os valores variam entre os 750 e os 1000 euros.
Pelas ruas encontram-se pessoas preocupadas em gastar pouco e em encontrar presentes eficazes, é o caso de Carolina Dias, que prefere comprar mais prendas, gastando pouco dinheiro, indo, por norma às lojas chinesas, com grande expansão em Portugal, “ onde há brinquedos e coisas engraçadas a um preço acessível”.
Numa altura baixa a nível económico, as pessoas continuam a subir em pensamento, recorrendo a créditos elevados, sem medir as consequências. Esta época e a época balnear são as mais propícias aos empréstimos bancários, numa altura em que as pessoas pretendem satisfazer alguns sonhos.
A concretização desses sonhos está concentrada no novo centro comercial, em Coimbra, o Dolce Vita, que é preferido em relação aos outros estabelecimentos. É o caso de Catarina Simões que comenta: “vou fazer as minhas compras de Natal ao Dolce Vita, pois lá encontro uma grande variedade de lojas e não ando a perder tempo noutros sítios”. Assim sendo, no resto da cidade, “A afluência de clientes quebrou em relação ao ano passado, por um lado devido à situação económica portuguesa, mas também devido à abertura do novo shopping”, diz Susana Silva funcionária de uma loja de roupa.
Apesar de toda esta indisposição económica, as prendas continuam a descer pela chaminé, poderão é esperar apenas dentro de um sapatinho que se vai remendando cada vez mais.
Trabalho realizado por:
André Pereira
Ana Martins
Mariana Alves
Soraia Fernandes

1 comentário:

Anónimo disse...

Numa cidade com um nivel de vida tao alto como Coimbra,estes dados nao me surpreendem minimamente!
A crise afecta os mais pobres,coisa dificil de encontrar em Coimbra.
(desculpem a falta de assentuacao,problemas com o teclado)