sábado, 31 de julho de 2010

Um sucesso

Esta semana foi apresentado o resultado do primeiro transplante total de rosto, uma cirurgia inédita no mundo. O resultado é considerado um sucesso.

Espera lá... um SUCESSO?!?!?!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dor Crónica XLIII




A tragédia no evento Love Parade veio confirmar que se pode morrer de amor.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dor Crónica XLII




Um casal alemão caiu da janela de um apartamento enquanto fazia sexo. Felizmente, o homem não caiu de barriga para baixo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dor Crónica XLI




O actor José Carlos Pereira assumiu que está doente e que se vai tratar. Para começar, eu sugiro que vá para uma escola de teatro.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Inception - A Origem
"Não podias antes ter sonhado com uma praia?"

A premissa é muito boa, os enredos papam-se, a forma de os contar fraquinha.

Não sou crítico de cinema, mas tendo em conta que faço parte do público, sou parte integrante e essencial de toda esta indústria. Portanto, tenho todo o direito em dar a minha opinião. E aqui vai ela (dividida por vários pontos).

Fiquei com a sensação horrível de não perceber por que raio a música para chamar à realidade as "almas" era o "Non, je ne regrette rien" da Edith Piaf. Lançar a curiosidade várias vezes no início do filme, outras tantas durante o filme e no fim não haver uma explicação é um claro exemplo do que não se deve fazer numa boa história. Compreendo que possa ser uma private joke do realizador, especialmente dirigida a Cobb (o personagem interpretado por Di Caprio). A música fala de arrependimentos ("Não, eu não lamento nada", numa tradução muito livre) e toda a história de Cobb no filme assenta no arrependimento de ter sido o "culpado" da morte de Mal, a sua mulher. De qualquer das formas, isto deveria ser explicado no filme. Não exaustivamente explicado - porque o bom cinema e o bom argumento é aquele que faz pensar - mas colocar Edith Piaf num filme que retrata uma situação "actual" é inadequado, não faz sentido. Está fora do contexto. Pelo menos se não for explicado. E não foi. Bastava um simples apontamento "Porquê esta música?", seguido de um "Não é a música, são as palavras" do Cobb e estava tudo resolvido. Ou bastava ficar pela pergunta. Deixar isto em aberto é que não. Dá um ar de "colocada ali à pressão porque a letra até faz sentido e nós somos muita bons a mandar private jokes entre nós que o público não compreende porque é burro demais para isso".

Na ponte, Yusuf apercebe-se de que está lixado e liga a música para acordar a malta. Dá uns tiros, vê que não tem hipótese e atira-se da ponte com a carrinha. Tudo muito rápido. No máximo demorou 30 segundos (o que no segundo nível equivale a 9 minutos). Aqui lanço o desafio: quem conseguir atravessar um longo corredor, lutar com um homem, matá-lo, entrar no quarto, apreciar cinco corpos a levitar, ver as gotas de sangue a sair da boca de um deles, engendrar um plano, ir buscar um fio, enrolar todos esses corpos num só, tirá-los do quarto, conduzi-los pelo longo corredor, levá-los para o elevador, abrir um alçapão, cortar um dos fios, colocar explosivos em vários pontos-chave, e esperar pelo "empurrão", tudo isto em 9 minutos e com gravidade zero, merece uma estátua. 9 minutos demorei eu a escrever este parágrafo (de notar que fui várias vezes à casa-de-banho e escrevi só com uma mão).

O Saito demora uma eternidade a morrer. Esteja em que nível estiver (1º: 10 segundos, 2º: 3 minutos ou 3º: 60 minutos), o ferimento da bala (exactamente no peito) ter-lhe-ia custado a vida de imediato.

Robert Fischer faz a pergunta que melhor define o filme: "Não podias antes ter sonhado com uma praia?". A pergunta foi dirigida a Eames e funcionou como piadinha-a-meio-do-filme-para-aligeirar-as-coisas. No cinema a malta acha graça, ri-se e pensa: "Caraças, é verdade! Por que é que ele, em vez de ter sonhado estar no meio dos "Alpes" cobertos de neve e cheios de frio de arma em punho para abater o exército escondido num forte blindado, não sonhou com uma praia paradisíaca? Os militares podiam, na mesma, ser mauzões (porque eram defensores da mente do Fischer), não teriam era de ter melhores armas que eles. Por que não sonhar com bazookas e shotguns, em vez daquelas mariquices de armas automáticas e facas?

Por agora é só. Terei de rever o filme. Com certeza que houve pormenores que não apanhei. Estes marcaram-me pela negativa. Outros surgirão que podem dar outro peso à balança. No entanto, não compreendo a febre que este filme tem provocado. Imagino se tivesse vampiros. Melhor, vampiros que também viajavam dentro dos sonhos. Era a loucura! No Top 250 do IMDB está em 3º lugar! 3º lugar! De certezinha que estou a sonhar. Esta não é a "verdadeira" realidade. Não pode ser! Quero acordar. Põe a tocar Edith Piaf, pá!

Dor Crónica XL




A ASAE inspeccionou solários e ginásios. Em todos eles notou-se uma falha grave: a ausência de neurónios.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dor Crónica XXXIX




Um casal nigeriano teve um filho branco. Esta é a prova matemática de que menos com menos dá mais.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dor Crónica XXXVIII




A Dor de hoje é dedicada à voz que melhor soube cantar a Dor de um povo. Faria hoje 90 anos.

O Grito

Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.

De sombra a sombra
Há um céu tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.

Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.

E eu,
A quem o céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora.

Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.

Ai, solidão!
Quem fora escorpião
Ai, solidão!
E se mordera a cabeça!

Adeus!
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.

Adeus!
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai, como dói
A solidão quase loucura!

terça-feira, 20 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Glorioso cartão de época

Já cá canta! Há quem tenha Via Verde, nós temos a Via Vermelha: não passa nada!

Dor Crónica XXXIV




Isaltino Morais, IURD, exames do 9º ano e IPO.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dor Crónica XXXII




Photoshop na Playboy tudo bem. Agora Jesus Cristo...

Curso de Humor e Comédia ao vivo no Teatro da Comuna

Amigos, hoje (13 Julho) venham assistir ao primeiro espectáculo ao vivo do curso de Humor e Comédia da ACT - Escola de Actores. Feliz ou infelizmente - logo me dirão - eu também participo.

LOCAL: Café-teatro da Comuna (Praça de Espanha)
HORA: 21h
PREÇO: 5 € (com direito a bebida)
TEXTOS: Alunos
DIRECÇÃO DE ACTORES: Ana Bola, Manuel Marques e César Mourão

Não faltem e confirmem a minha falta de jeito para o humor!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dor Crónica XXXI




Um polvo, um papagaio, um panda e um crocodilo. Todos acertaram nos resultados dos jogos do mundial. Qual foi o único animal a errar?

sábado, 10 de julho de 2010

CIRCO DE LETRAS
Portugal dá trabalho

Verão. Que maravilha! A altura em que o português oficializa aquilo que, por obrigação ou livre vontade, faz durante todo o ano: estar de férias. Conheço algumas pessoas - muito poucas! - que estão desempregadas por obrigação. Foram despedidas ou simplesmente não conseguem arranjar emprego. Conheço outras que são desempregadas profissionais. Entram para o desemprego às nove, saem ao meio-dia e meia para almoçar, às duas regressam para desempregar mais um bocadinho e saem às cinco e meia com um dia de desemprego no bolso. Trabalho nem vê-lo.

Mas este país não é para trabalhadores. É para empregados. Empregados de mesa, empregados de balcão, empregados de limpeza… Trabalhar é um verbo que não está no nosso dicionário genético, uma assinatura que está fora do nosso Bilhete de Identidade. E digo Bilhete de Identidade porque dá muito trabalho ir fazer o Cartão do Cidadão. Tirar senha, esperar na sala, ir para a fila, preencher papéis, tirar outra senha porque aquela era para a Electricidade, esperar outra vez, ir para outra fila ainda maior, preencher outros papéis e pagar. Está feito. Dá trabalho, claro. Tudo dá trabalho, particularmente em Portugal. Nós é que não gostamos. Preferimos emprego. Tem mais pinta e dá outro estatuto.

É isto que nos distingue dos outros países: nós somos a criança rabugenta da creche. Se nos dizem bem, julgamo-nos os maiores e exigimos ser o último a ir à baliza, se nos dão um puxão de orelhas, fazemos birra e mandamos a bola para a estrada. Podemos é ter o azar de acertar no carro do director. E aí corremos o sério risco de ir para casa… de férias.

Foto: DR

sexta-feira, 9 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010