Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
A Casa da Minha Avó
Não é esse o significado que dou ao Natal. O Natal, acima de qualquer religião ou playstation, significa Família. Portanto, num rasgo de lamechice, mas também de profundo sentimento e saudade, decidi partilhar convosco um texto que fiz sobre a Casa da Avó.
A CASA DA MINHA AVÓ
Tem quatro paredes, um telhado e mil recordações. Lá fora, um caminho de terra segue para a mata que toca com as pontas do verde nos muros da casa. De um lado, um terreno de cultivo com árvores de fruto e legumes por nascer. Do outro lado, um monte de areia que sobe pelo muro do galinheiro. Um portão vermelho de ferro, um canteiro de flores e vinte e oito janelinhas ao longo da parede de entrada. Cá dentro, duas bicicletas encostam-se à parede da Casa dos Sacos - um parque de diversões de velharias: balanças, caixotes, baldes, cadeiras, mesas, vasos, candeeiros e sacos, muitos sacos. O pátio de pedra desce ligeiramente em direcção ao poço de água - sempre esteve tapado, afinal, de onde poderia eu roubar ameixas daquela árvore? Ao lado do poço, uma porta com uma carpintaria lá dentro e ainda uma garrafeira dezassete degraus abaixo. O chão está frio - sempre esteve frio - e a corda que pendura a roupa ainda é a mesma. A roupa é que não. A minha avó agora apenas existe nas peças de dominó escondidas no armário - na terceira prateleira do lado esquerdo, ao fundo, debaixo dos casacos e atrás das camisolas de lã -, nos blocos de papel debaixo do telefone, nas bolachas Maria com manteiga, na ponta do sofá junto à lareira, nas fotografias penduradas ao lado da porta do quarto de hóspedes. E, claro, na máquina de costura junto à televisão. Ao fundo do corredor, a casa de banho. Pequenina. A mesma madeira do chão leva a um quarto, à cozinha e a uma sala utilizada apenas em dias de festa. Tudo continua na mesma. As coisas não mudaram de sítio. Nem as recordações. Tem um telhado e quatro paredes. É a casa da minha avó.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Vamos enfardar!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Benfica na frente
O Benfica entra em período natalício com o sapatinho bem composto. O primeiro lugar do campeonato (ex-aequo com o Braga), uma vitória sobre o seu (único) adversário directo e a manutenção na Liga Europa. A Taça da Liga ainda é possível, a Taça de Portugal não passa de uma miragem. No entanto, no Natal não é só receber. Também há que dar. Não queremos ser assim tão lambões. Já temos o menino Jesus. A Virgem Maria fica a cargo do Sporting, que tem muito que rezar. O burro continua no Porto. Será mais ou menos este o tipo de piadas trocadilhadas que vamos ouvir hoje, amanhã e durante toda a época festiva. Eu até posso sugerir alguns títulos para jornais:
- "Rei Saviola seguiu a estrela até Jesus"
- "O menino Jesus já nasceu"
- "Jesus tem a vaca e o burro. Agora tem mais um dragão"
- "Jesus andou sobre a água"
E pronto. Até já.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Must be Santa
O mestre regressa com uma música de Natal. Finalmente! Já não posso ouvir a Mariah Carey e afins.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Vamos enfardar!
Este é o primeiro post que faço através do meu novo computador, portanto tinha que ser uma coisa em grande. E é, sem dúvida! Este vídeo é um excerto das gravações da Música de Natal do 5 Para a Meia-Noite. A letra é minha e os arranjos musicais são destes senhores que estão aqui ao lado, os Melech Mechaya. A Dona Helena também canta, e aqui está a prova!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Hoje no 5
domingo, 6 de dezembro de 2009
Zás
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Twittar no altar
"Estou no altar com a Tracy Page, onde há um segundo atrás, ela se tornou minha mulher. Tenho de ir, é tempo de beijar a noiva".