quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mas... o que é isto?!


Ao ver o Record de hoje, surgem-me logo duas perguntas: 1ª: o que é que o gajo que decide a capa do jornal anda a fumar? 2ª: porque é que o Ronaldo me está a ensinar a piscar o olho?

Depois de várias horas de meditação, ainda não consegui dissipar as minhas dúvidas. No entanto, tenho várias hipóteses. Para a primeira, sugiro marijuana, lsd ou merda (sendo esta última a opção mais aceitável). Para a segunda... ora bem... epá, é o Ronaldo! Está ali em três tiras de banda desenhada. Numa de olhos abertos a rir. Numa com um olho aberto e outro fechado. E na outra com os dois olhos fechados. O que é que eu hei-de dizer sobre isto? Está tudo escarrapachado. A piada está lá. Não posso inventar muito mais. Quanto muito, posso dizer que está ali uma mensagem subliminar referente aos três grandes. O Benfica, com os olhos bem abertos, confiante, sorridente. O Porto, intermitente, um olho aberto e outro fechado, expressão mais apreensiva. E o Sporting, de olhos fechados com a cabeça virada para o lado, fora de plano, desfocado e com um riso parvo.

É ou não é grande?



Dia 29 de Abril de 2010. 9h30 da manhã. Era esta a fila para comprar bilhetes para o Benfica - Rio Ave, o último jogo da Liga. O jogo da consagração do título nacional. Espero eu! O Benfica é grande, mas (e custa-me muito dizer isto) a fila para comprar bilhetes é maior. Neste caso, a grandeza de um clube vê-se pelo tamanho da fila. Grande fila tem o Benfica. E adeptos com uma paciência de Jó. Tudo graças a Jesus.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nuno Ferreira


Foram revelados os vencedores do prémio de fotojornalismo 2010 ESTAÇÃO IMAGEM | MORA. Uma espécie de Óscares do fotojornalismo em Portugal. Quem me conhece, sabe que não ligo muito a isso, mas desta vez tinha que ligar. O meu primo Nuno Ferreira é um dos vencedores. Apresentou várias fotografias, avaliadas por um júri qualificadíssimo (World Press Photo, New York Times, Reuters, etc), e recebeu o prémio vencedor na Categoria Ambiente. Esta foto é uma das vencedoras, de um leque de sete. Podem consultar estas e outras fotografias no site oficial.

Parabéns Nuno. Sendo tu do FCPorto, parece-me que este é o único troféu que vais erguer este ano.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Faria hoje 121 anos

Se fosse português, nunca poderia ser líder de um partido. Com aquele cabelo e com aquele bigode, de certezinha que ia para taxista.

Reservado



O Marquês de Pombal está reservado para nós. Os sportinguistas que nem pensei em ir para lá festejar a participação na Taça Intertoto.

sábado, 17 de abril de 2010

Agora sim, o Sporting perdeu o campeonato



Ainda não escrevi uma única linha sobre o jogo do Benfica (2) - Sporting (0). Pouco há a escrever. Sou do Benfica. E, como é hábito, ganhei. Sem espinhas. "Limpinho", como disse o Jesus. Fiquei apreensivo na primeira parte, mas na segunda a equipa mostrou do que é feita e os leõezinhos vergaram-se que nem crianças perante um padre. O Moutinho veio dizer que o campo estava inclinado, o Carvalhal sublinhou e o Costinha passou a marcador fluorescente. Daqueles amarelos para se ver bem. Têm razão quanto à entrada do Luisão. Deveria ter sido expulso. Mas o Moutinho também deveria ter ido para a rua, o Miguel Veloso também, o Grimi, o Daniel Carriço... Colocar as culpas na arbitragem quando o Benfica foi tão superior mas tão superior é de uma falta de nível tal que nem faz sentido. Aliás, esta falta de nível só pode ser a razão para eles terem achado o campo inclinado (piada difícil mas perceptível a engenheiros e a pessoas que penduram coisas em casa).

Mas é natural toda esta azia por parte dos sportinguistas. Afinal, o campeonato do Sporting sempre consistiu, apenas e só, nos confrontos com o Benfica. Durante quatro anos esteve em segundo lugar e nunca se falou de crise. Claro que não. O Benfica esteve sempre nos lugares abaixo. No início desta época, o Benfica passou para a frente e a crise instalou-se no reino leonino. Mudaram de treinador, andaram à porrada no balneário, contrataram jogadores, contrataram o Pongolle e substituíram o director desportivo. Tudo por causa do Benfica. Admitam. E nem assim o Sporting conseguiu passar para a frente. Ui, ainda falta tanto...

E na terça-feira estava ali o campeonato. O jogo de uma vida encarado como a final da Liga dos Campeões. Quer dizer, se nos remetermos à realidade sportinguista, aquele jogo foi encarado como a final do Torneio do Guadiana. E perderam. Novidade? Nenhuma. Absolutamente nenhuma! Mas o Sporting perdeu ali o campeonato. Curioso. Uma equipa que está mais próxima do último lugar do que do primeiro ainda luta pelo título a cinco jornadas do fim.
Pelo título dos incapacitados. Pela Taça dos Fracos. Pela Liga dos Últimos. É por isso que o Sporting luta quando joga contra o Benfica. Não pode lutar por mais nada, portanto faz-se um título na segunda circular. Para quem ainda está a pensar na posição do Sporting, vou repetir, agora com números. O Sporting está a 26 pontos do primeiro classificado (Benfica) e a 25 do último classificado (Belenenses). Tudo por culpa dos árbitros, pois claro.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Everybody here wants you



Hoje comemora-se o dia mundial da voz. Jeff Buckley teve uma das melhores de sempre. "Everybody here wants you" valeu-lhe, a título póstumo, o Grammy de Melhor Performance Vocal Masculina em Rock.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sharks and nazis



Conheci-o no The Office. Adorei. Genial. Sesame Street, Comedy Relief, Golden Globes, Emmys, Alan Carr, Late Night with Conan O'Brien, Late Show with David Letterman, Jimmy Kimmel Live, Ricky Gervais meets Larry David, The Invention of Lying (que grande filme, caraças!), espectáculos de stand up no youtube... Enfim. Ricky Gervais é genial. O seu humor suave e despreocupado não é mais do que uma mentira bem contada. Ele critica tudo com os seus dentes afiados, nariz achatado e barriga proeminente. Ele não esconde isso. Nem a cerveja que leva consigo para palco. E critica-se. Fala mal de si, dos outros e de tudo o resto (sim, de deus). E ainda bem que o faz. E ainda bem que o faz dessa forma. Inteligente, mordaz, sem respeito e sem medo. Directo ao assunto. Eficaz. Como um livre do Cardozo ou um passe do Aimar. Ou um falhanço do Postiga.

Ricky Gervais apresenta-se como tolo que não sabe o que diz, como um cromo que goza com ele próprio. E isso é o que lhe dá margem de poder crítico. Muito poder crítico. Ele é genial (já o disse duas vezes lá em cima, mas volto a dizer). Ouçam as suas piadas, leiam sobre ele, vejam os vídeos no youtube, comprem o The Office, o The Invention of Lying ou saquem da net. Mas conheçam Ricky Gervais. Por amor de deus. Por amor do namorado ou da namorada. Por amor do pai, da mãe, do cão, do papagaio. Por amor de quem quiserem. Mas conheçam.

terça-feira, 13 de abril de 2010

De Portugal com amor


Portugal vai ajudar a Grécia com 770 milhões de euros. Não é piada. é mesmo uma notícia. E das verdadeiras. Nada daquelas do 24 Horas nem do Correio da Manhã. Isto é verdade. Está confirmado. Portugal - sim, nós!, que atravessamos uma das crises mais graves de que há memória - vai dar setecentos e setenta milhões de euros à Grécia para ajudar à sua recuperação económica. Ou seja, em média, cada um de nós vai contribuir com 77 euros. O Ricardo, aquando da primeira ajuda à Grécia, contribuiu com um frango.


Nós, portugueses, sempre gostámos mais de ajudar os outros do que nós próprios. É uma condição nossa. Foi assim com Timor, com Angola, com o Haiti e com aquele país chamado Madeira.

Ajudamos e ficamos sem nada. E depois? Que solução encontramos para resolver este nosso problema de generosidade excessiva? Pedimos emprestado. Contamos com a generosidade de outros que, seguindo a lógica, pedirão emprestado a outros (que ajudarão com toda a generosidade). E assim sucessivamente. Andamos de generosidade em generosidade até atingirmos um défice jeitoso. E depois lá vêm as medidas drásticas de apertar o cinto, fazer dieta e ir todos os dias ao ginásio. Porque nós só deixamos de ser generosos quando vemos que os outros estão melhor que nós. E aí, alto e pára o baile. A generosidade dá lugar à ganância, e a lamechice dá lugar à crítica. Quando estes conceitos se juntam, é quando nós, portugueses, atingimos o nosso clímax enquanto povo. Se José Gil diz que "Portugal tem medo de existir", eu (outro pensador importantíssimo do nosso tempo) digo que Portugal tem coragem de ajudar. Uma coragem parva e sem sentido. Mas nós somos mesmo assim. Preferimos ser generosos. E deixar andar. Deixar andar é generoso. Não fazer nada é generoso. Dar é generoso. Sorrir é generoso. Chorar é generoso. E o pior disto tudo é que - sendo a nossa generosidade uma doença crónica - nós gostamos de a praticar. Mesmo com quem tenha muito mais que nós.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

XV TUIST



No sábado, fui até ao Coliseu dos Recreios assistir ao XV TUIST, o festival de tunas organizado pela Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico. A expectativa era enorme pois, enquanto tuno, foram muitos os festivais em que participei. Agora via-me do outro lado, a olhar para o palco e a recordar o que já lá vivi. A acrescentar a toda esta lamechice, o TUIST é um dos mais reconhecidos festivais nacionais. A bitola estava lá em cima. E manteve-se. Pelo menos até à primeira tuna - Tuna de Engenharia da Universidade do Porto - ter terminado a actuação. Juro que me vieram as lágrimas aos olhos. A partir daí, foi o descalabro total. A Azeituna (Tuna de Ciências da Universidade do Minho) fez com que a sua actuação parecesse um intervalo de 25 minutos, a Estudantina Universidade de Lisboa parecia uma rádio só de jingles e a Estudantina Universitária de Coimbra falhou no repertório. Estas foram as tunas a concurso.

Depois, ainda subiram a palco a Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico (que mais valia nem terem ido - para ouvir música assim, prefiro um cd riscado da Micaela), a Tuna Académica do Liceu de Évora (uma banda filarmónica com traje) e, para terminar, a Tuna do Instituto Superior Técnico (sim senhor!).

A organização foi das piores coisinhas que já vi em toda a minha vida. Os cameramen estavam bêbedos (só podiam!), o realizador não parou de experimentar efeitos no Powerpoint e os apresentadores decidiram esquecer-se dos nomes dos júris em virtude do manancial enjoativo de trocadilhos que faria o Fernando Mendes corar de vergonha.

Mas o que mais me chateou foi o mau gosto de algumas tunas. Por que raio é que se opta por cantar músicas espanholas quando - na verdade - ninguém percebe absolutamente nada do que é dito? Porquê? Mas isso nem é o principal. Afinal, há escolas de línguas para alguma coisa. Mas, o SENTIMENTO não é o coração da música? A emoção que lá está dentro e que é atirada cá para fora como uma chapada na cara, como um murro no estômago ou um pontapé nos tomates? Seja o que for, a música é emoção e cantar pimbalhadas estrangeiras, lá porque a maior parte do público não percebe nem sente o que transmitem, não faz de quem as interpreta um grande músico. Mas sim, um idiota. Ou muitos idiotas. Cantar Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues ou Carlos Mendes (como muito bem se fez nessa noite) trouxe recordações, trouxe palavras cantadas de cor no coliseu, trouxe peles de galinha, trouxe sorrisos na tentativa de perceber o conteúdo, trouxe lágrimas de quem sente falta do Ary, trouxe "foda-ses o gajo era mesmo um génio", trouxe arrepios nas notas mais agudas, arrepios nas notas mais graves, arrepios nas notas "normais". Trouxe arrepios. Ponto. Música cantada en castellano porque sí comigo não funciona. Mesmo. Arrepia-me sim, mas de nojo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Com os diabos!


A derrota de ontem foi merecida. O Benfica não esteve ao nível do Liverpool que - sendo uma equipa mediana na Liga Inglesa - é uma forte equipa nas competições europeias (Liga Europa e Liga dos Campeões). Jesus inventou na defesa, Júlio César inventou na baliza, Cardozo inventou no ataque e não houve ninguém a inventar no meio-campo. Este último, no bom sentido. Nem Aimar, nem Carlos Martins, nem mesmo Di Maria estiveram inspirados. Ramires transpirou, mas pouco mais. E Javi Garcia não conseguiu resolver tudo sozinho. Sidnei esteve tranquilo, mas com os erros "normais" de quem não está habituado a jogar. Luisão jogou limitado, Ruben Amorim foi mediano e David Luiz quis fazer muita coisa sozinho. Na frente, Cardozo calçou dois tijolos e só fez alguma coisa de jeito no livre que deu o golo do Benfica. Cá atrás, Júlio César teve culpa nos dois primeiros golos, teve culpa no medo que transmitiu à equipa em sofrer mais golos, teve culpa nas reposições de bola, teve culpa no traumatismo craniano que sofreu porque foi um anjinho (uma vez mais) a ir à bola, teve culpa no último golo do Liverpool - mesmo já não estando em campo - porque fez com que a equipa perdesse a possibilidade de meter mais um jogador lá na frente e teve culpa no meu nervosismo em frente à televisão. Júlio César teve culpa. Não toda, mas bem merecia. Porque ele é mau. E quem tem um cabelo daqueles não pode ser desculpado. Júlio César traiu a nação benfiquista. Não tivesse ele o nome de um imperador romano e a nação benfiquista fosse agora encabeçada por Jesus.


Resta-nos o campeonato nacional, onde estamos confortavelmente em primeiro lugar. Terça-feira espetamos 5 ou 6 àqueles e lá está de volta o "Factor F", tão bem caracterizado pelo exímio comentador desportivo Rui Santos. Aliás, Rui Santos e Nuno Luz fazem uma dupla tão boa de comentadores como o Bibi e o Carlos Cruz fazem de babysiters. Fodem tudo. Então quando o Nuno Luz diz que o "You'll never walk alone" é uma música dos Beatles e que esteve "à conversa" com o Rafael Benitez... Onde posso comprar uma caçadeira?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Just feed them


Na sequência do Movimento "Feed a Child with a Click", o Vaticano criou um novo organismo de ajuda às crianças. Chama-se: "Feed a Child with a Dick".

terça-feira, 6 de abril de 2010

Cortes e Decotes


Uma semana depois, volto a escrever no blogue. Peço desculpa aos meus três seguidores. Não estive de férias, não estive em coma, nem fui raptado. A única razão para esta minha ausência deve-se ao meu desejo em andar bem vestido. É verdade. Ganhei coragem e fui a uma consultora de moda. Só não gostei quando ela me mandou queimar as Ál Stáres e andar com os boxers à mostra. De resto, aprovo tudo. Deixo-vos os seus sábios conselhos.