"Os sonetos de Camões foram escritos em 1995 pela Margarida Rebelo Pinto."
Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Água Benta Cup
Hoje, o Diário de Fictícias tem a honra de entrevistar uma personalidade única no panorama político português. Dispensa qualquer tipo de apresentações. Falamos, pois claro, de Pedro Santana Lopes.
Diário de Fictícias – Boa noite, senhor ex-primeiro-ministro, como está?
Santana Lopes – Muito boa noite! Eu estou muito chateado porque ontem estava a dar uma entrevista num canal concorrente e fui injustamente interrompido com a chegada do José Mourinho ao aeroporto de Lisboa. Fui à entrevista com bastante sacrifício, até porque gastei toneladas de gel, e trocam-me por um treinador de futebol. O que é que ele tem a mais que eu?
DF – Senhor Santana, ele eleva o nome do país, é um dos nossos baluartes no estrangeiro, já ganhou tudo o que poderia ganhar na sua profissão, é amado por todos, tem carisma, é um líder nato, é um comandante de homens…
Santana Lopes – Tirando isso, o que fez ele de especial que eu já não tenha feito? Isto é que me chateia. Qualquer dia temos o Marques Mendes e o Luís Filipe Menezes a discutir a liderança do PSD, não?
DF – Peço desculpa, mas isso já acontece. Aliás, é para discutir esse assunto que cá estamos.
Santana Lopes – Sim, claro. Então é o seguinte. Quanto a mim, esta corrida à liderança do PSD tem…
DF – Desculpe a interrupção, mas há uma notícia de última hora e temos de passar a emissão para o nosso correspondente em Fátima. Boa noite, correspondente Gabriel. Tu, que estás habituado a milagres, diz-nos o que se está a passar.
Gabriel – Boa noite a todos! O Papa acaba de sofrer um atentado. Ao que tudo indica, o Sumo Pontífice deslocou-se a Fátima para ajudar na construção do novo Santuário e, numa noite que parecia calma, quatro tiros à queima-roupa atingiram Sua Santidade. O seu guarda-costas pessoal ainda ripostou com dois tiros, mas foram em vão. No final deste confronto, o guarda-costas assumiu a culpa e até se mostrou envergonhado pelo sucedido.
DF – Inacreditável! Está a ser uma noite negra para os fiéis, presumo…
Gabriel – Sim, bastante. No entanto, na Amadora tudo foi muito mais negro. Pelo menos para Camacho, que viu a sua equipa com poucas ganas. Não fosse uma ajuda “divina” e tudo teria sido pior.
DF – Acredito, acredito… Após todos estes incidentes, há já alguma consequência prática?
Gabriel – Sim, houve mudança de nome da taça em disputa. Já não será mais “Carlsberg Cup” mas sim “Água Benta Cup”.
DF – Muito obrigado, retomemos a nossa entrevista. Senhor Santana Lopes, o que estava a dizer?... Santana?... Cucu?... Ops… a laranja deve ter caído.
Diário de Fictícias – Boa noite, senhor ex-primeiro-ministro, como está?
Santana Lopes – Muito boa noite! Eu estou muito chateado porque ontem estava a dar uma entrevista num canal concorrente e fui injustamente interrompido com a chegada do José Mourinho ao aeroporto de Lisboa. Fui à entrevista com bastante sacrifício, até porque gastei toneladas de gel, e trocam-me por um treinador de futebol. O que é que ele tem a mais que eu?
DF – Senhor Santana, ele eleva o nome do país, é um dos nossos baluartes no estrangeiro, já ganhou tudo o que poderia ganhar na sua profissão, é amado por todos, tem carisma, é um líder nato, é um comandante de homens…
Santana Lopes – Tirando isso, o que fez ele de especial que eu já não tenha feito? Isto é que me chateia. Qualquer dia temos o Marques Mendes e o Luís Filipe Menezes a discutir a liderança do PSD, não?
DF – Peço desculpa, mas isso já acontece. Aliás, é para discutir esse assunto que cá estamos.
Santana Lopes – Sim, claro. Então é o seguinte. Quanto a mim, esta corrida à liderança do PSD tem…
DF – Desculpe a interrupção, mas há uma notícia de última hora e temos de passar a emissão para o nosso correspondente em Fátima. Boa noite, correspondente Gabriel. Tu, que estás habituado a milagres, diz-nos o que se está a passar.
Gabriel – Boa noite a todos! O Papa acaba de sofrer um atentado. Ao que tudo indica, o Sumo Pontífice deslocou-se a Fátima para ajudar na construção do novo Santuário e, numa noite que parecia calma, quatro tiros à queima-roupa atingiram Sua Santidade. O seu guarda-costas pessoal ainda ripostou com dois tiros, mas foram em vão. No final deste confronto, o guarda-costas assumiu a culpa e até se mostrou envergonhado pelo sucedido.
DF – Inacreditável! Está a ser uma noite negra para os fiéis, presumo…
Gabriel – Sim, bastante. No entanto, na Amadora tudo foi muito mais negro. Pelo menos para Camacho, que viu a sua equipa com poucas ganas. Não fosse uma ajuda “divina” e tudo teria sido pior.
DF – Acredito, acredito… Após todos estes incidentes, há já alguma consequência prática?
Gabriel – Sim, houve mudança de nome da taça em disputa. Já não será mais “Carlsberg Cup” mas sim “Água Benta Cup”.
DF – Muito obrigado, retomemos a nossa entrevista. Senhor Santana Lopes, o que estava a dizer?... Santana?... Cucu?... Ops… a laranja deve ter caído.
André Pereira
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Nova igreja de Fátima vai custar 80 milhões de euros
A Igreja da Santíssima Trindade vai custar ao Santuário de Fátima 80 milhões de euros, quatro vezes mais do que o orçamento inicialmente previsto.
O reitor do Santuário, Luciano Guerra, explicou que a “derrapagem” se ficou a dever, sobretudo, aos “trabalhos a mais”, à “actualização de preços” e a outras “obras extraordinárias”, como a mudança de betão cinzento para betão branco.
De facto, o betão cinzento não condizia com o degradée de cores que se verifica nas vestes dos utilizadores assíduos deste local. A “derrapagem” referida pelo senhor com o nome tão bem conhecido pela Igreja Católica talvez tenha sido provocada pelas lágrimas (ou sangue) que caem constantemente naquele piso… A “actualização de preços” é uma justificação completamente aceitável. Aliás, Jesus amaldiçoou o dinheiro mas não disse propriamente a que tipo de dinheiro se estava a referir. E não há nenhum Evangelho onde Jesus critique as “actualizações de preços”. Quanto às “obras extraordinárias”, sou um apoiante convicto deste tipo de construções. Contudo, se envergasse um qualquer título de engenheiro civil, talvez optasse por retirar o prefixo “extra”. Há que fazer condizer o tipo de obra com a própria instituição.
Segundo Luciano Guerra, os 80 milhões de euros serão “financiados integralmente com as ofertas dos peregrinos a Nossa Senhora de Fátima”. Ah bom… Então e o lugar cativo no Céu? Quem paga? O Joe Berardo, não…?
Aquando de uma outra visita à nova igreja, em Maio deste ano, Luciano Guerra referiu que o pagamento da obra será feito “a pronto”, dois meses depois da apresentação da factura da empreitada.
Vou evitar fazer piadas fáceis com a palavra “empreitada”. No entanto, nada melhor que fazer o pagamento “a pronto”. No entanto, e na minha humilde opinião, optaria mais por utilizar o “Pronto” para fazer uma limpeza na Igreja. Mas isso sou eu, que não percebo nada de limpezas, nem consta que tenha biblioteca.
A nova igreja foi construída a pensar nas “multidões intermédias”, entre o “público do dia-a-dia e as grandes peregrinações”, albergando quase nove mil lugares sentados, possibilitando a permanência de 12 mil pessoas no templo. Desta forma, os confrontos entre a equipa de Jesus e a equipa de Lúcifer podem ser assistidos de forma bastante confortável.
Luciano Guerra explicou que o recinto vai ser mais fechado, a “convidar à adoração”, até porque “estava demasiado devassado, sobretudo pelos animais”. A adoração será dirigida pelos líderes das claques que incentivarão o público a adorar de forma convincente. No entanto, parece que os cânticos ao Demo serão proibidos por incorrerem numa contra-ordenação muito grave prevista no Código Divino.
Vamos lá a apertar o cinto, neste caso, a batina.
O reitor do Santuário, Luciano Guerra, explicou que a “derrapagem” se ficou a dever, sobretudo, aos “trabalhos a mais”, à “actualização de preços” e a outras “obras extraordinárias”, como a mudança de betão cinzento para betão branco.
De facto, o betão cinzento não condizia com o degradée de cores que se verifica nas vestes dos utilizadores assíduos deste local. A “derrapagem” referida pelo senhor com o nome tão bem conhecido pela Igreja Católica talvez tenha sido provocada pelas lágrimas (ou sangue) que caem constantemente naquele piso… A “actualização de preços” é uma justificação completamente aceitável. Aliás, Jesus amaldiçoou o dinheiro mas não disse propriamente a que tipo de dinheiro se estava a referir. E não há nenhum Evangelho onde Jesus critique as “actualizações de preços”. Quanto às “obras extraordinárias”, sou um apoiante convicto deste tipo de construções. Contudo, se envergasse um qualquer título de engenheiro civil, talvez optasse por retirar o prefixo “extra”. Há que fazer condizer o tipo de obra com a própria instituição.
Segundo Luciano Guerra, os 80 milhões de euros serão “financiados integralmente com as ofertas dos peregrinos a Nossa Senhora de Fátima”. Ah bom… Então e o lugar cativo no Céu? Quem paga? O Joe Berardo, não…?
Aquando de uma outra visita à nova igreja, em Maio deste ano, Luciano Guerra referiu que o pagamento da obra será feito “a pronto”, dois meses depois da apresentação da factura da empreitada.
Vou evitar fazer piadas fáceis com a palavra “empreitada”. No entanto, nada melhor que fazer o pagamento “a pronto”. No entanto, e na minha humilde opinião, optaria mais por utilizar o “Pronto” para fazer uma limpeza na Igreja. Mas isso sou eu, que não percebo nada de limpezas, nem consta que tenha biblioteca.
A nova igreja foi construída a pensar nas “multidões intermédias”, entre o “público do dia-a-dia e as grandes peregrinações”, albergando quase nove mil lugares sentados, possibilitando a permanência de 12 mil pessoas no templo. Desta forma, os confrontos entre a equipa de Jesus e a equipa de Lúcifer podem ser assistidos de forma bastante confortável.
Luciano Guerra explicou que o recinto vai ser mais fechado, a “convidar à adoração”, até porque “estava demasiado devassado, sobretudo pelos animais”. A adoração será dirigida pelos líderes das claques que incentivarão o público a adorar de forma convincente. No entanto, parece que os cânticos ao Demo serão proibidos por incorrerem numa contra-ordenação muito grave prevista no Código Divino.
Vamos lá a apertar o cinto, neste caso, a batina.
André Pereira
Imagem: Direitos Reservados
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Hoje é o primeiro dia...
Começou mais um ano lectivo e, como não poderia deixar de ser, Coimbra pinta as suas ruas de negro. São capas, senhor, que envolvem os nómadas moradores da cidade. A animação e boémia voltam ao local que melhor conhece este espírito. Voltam por voltas que a vida dá. Vêm, não sossegam e voam pelas asas de um qualquer caloiro intimidado com o amor que se lhe espeta no coração. Sim, amor… Pois só esta cidade provoca este sentimento em qualquer corpo que envergue o seu traje. “Chega a ter saudades dela quem nunca nela viveu”. Os outros, esses, não sentem outra coisa…
Fotografia: António Pinto
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Mas o que é que eu (não) fiz?
Benfica e Sporting empataram e viram o FC Porto afastar-se cada vez mais na liderança da tabela. De realçar que os clubes lisboetas tiveram jogos bastante difíceis, tendo em conta o estado do terreno. O Benfica não conseguiu vencer na pedreira de Braga (0-0) e o Sporting não foi além de um empate no batatal de Alvalade (2-2). Por sua vez, os dragões lá conseguiram arrecadar mais uns quantos móveis, ao bater o Paços de Ferreira por 2-0.
Imagem: Direitos Reservados
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Milagres e Nesperados
Esta semana foi marcada por vários confrontos que opuseram as mais diversas personalidades da nossa sociedade.
Ronaldo vs Sporting
O Sporting defrontou esta semana o Manchester United. Até aqui tudo normal, não fosse o facto de o jogo ser para a Liga dos Campeões, competição desconhecida até à data pela equipa lisboeta. Como seria de esperar, os Diabos Vermelhos levaram a melhor, e logo com um golo de Ronaldo. Ao festejar o golo, o ex-jogador do Sporting olhou para o público e juntou as mãos, parecendo pedir desculpas aos adeptos sportinguistas. No final do jogo, Ronaldo explicou o significado do seu festejo: “Não pedi desculpa a ninguém. Eu apenas juntei as mãos porque ver o Sporting na Liga dos Campeões é um autêntico milagre. Senti-me como a Irmã Lúcia quando viu a Nossa Senhora”.
Marques Mendes vs Luís Filipe Menezes
A SIC Notícias serviu de palco ao debate laranja que opôs o actual líder do Partido Social-Democrata ao seu mais directo candidato Luís Filipe Menezes. A discussão, que se esperava acesa, tão-pouco chegou a ligar o interruptor. Críticas foram disparadas, mas o gatilho já está demasiado gasto para fazer qualquer mossa. Os laranjinhas ainda se assemelham a simples nêsperas.
José Mourinho vs Roman Abramovich
Após três anos a oferecer títulos ao Chelsea, José Mourinho abandona o comando da equipa londrina. Na origem desta saída estão divergências entre o treinador português e o presidente do clube, Roman Abramovich. Os adeptos dos blues é que não ficaram nada satisfeito com esta “decisão” do multimilionário russo, chegando mesmo a entoar gritos de revolta junto a Stamford Bridge. Por seu lado, José Mourinho entende que foi tudo uma manobra premeditada para ser afastado do cargo. Até já pediu uma audiência com o Papa demonstrando o afecto que tem para com os seus súbditos. Em jeito de nota final, parece que o treinador português conseguiu chegar ao Sumo Pontífice através do primeiro-ministro Gordon Brown, seu amigo de infância. Já agora, “Gordon” de dinheiro é como Mourinho ficou com esta história toda.
Ciganitos d’Ouro vs Beatles
Foi no Estádio do Dragão que se realizou o primeiro jogo do FC Porto na Liga dos Campeões deste ano. Os Ciganitos d’Ouro, encabeçados por Ricardo Quaresma, defrontaram os lendários Beatles. O patriarca azul e branco ainda soltou umas notas da sua guitarra, mas os meninos de Liverpool anularam a cantoria. No entanto, Jesualdo Ferreira defendeu a sua banda, prometendo não lavar os dentes nos próximos dias.
Ronaldo vs Sporting
O Sporting defrontou esta semana o Manchester United. Até aqui tudo normal, não fosse o facto de o jogo ser para a Liga dos Campeões, competição desconhecida até à data pela equipa lisboeta. Como seria de esperar, os Diabos Vermelhos levaram a melhor, e logo com um golo de Ronaldo. Ao festejar o golo, o ex-jogador do Sporting olhou para o público e juntou as mãos, parecendo pedir desculpas aos adeptos sportinguistas. No final do jogo, Ronaldo explicou o significado do seu festejo: “Não pedi desculpa a ninguém. Eu apenas juntei as mãos porque ver o Sporting na Liga dos Campeões é um autêntico milagre. Senti-me como a Irmã Lúcia quando viu a Nossa Senhora”.
Marques Mendes vs Luís Filipe Menezes
A SIC Notícias serviu de palco ao debate laranja que opôs o actual líder do Partido Social-Democrata ao seu mais directo candidato Luís Filipe Menezes. A discussão, que se esperava acesa, tão-pouco chegou a ligar o interruptor. Críticas foram disparadas, mas o gatilho já está demasiado gasto para fazer qualquer mossa. Os laranjinhas ainda se assemelham a simples nêsperas.
José Mourinho vs Roman Abramovich
Após três anos a oferecer títulos ao Chelsea, José Mourinho abandona o comando da equipa londrina. Na origem desta saída estão divergências entre o treinador português e o presidente do clube, Roman Abramovich. Os adeptos dos blues é que não ficaram nada satisfeito com esta “decisão” do multimilionário russo, chegando mesmo a entoar gritos de revolta junto a Stamford Bridge. Por seu lado, José Mourinho entende que foi tudo uma manobra premeditada para ser afastado do cargo. Até já pediu uma audiência com o Papa demonstrando o afecto que tem para com os seus súbditos. Em jeito de nota final, parece que o treinador português conseguiu chegar ao Sumo Pontífice através do primeiro-ministro Gordon Brown, seu amigo de infância. Já agora, “Gordon” de dinheiro é como Mourinho ficou com esta história toda.
Ciganitos d’Ouro vs Beatles
Foi no Estádio do Dragão que se realizou o primeiro jogo do FC Porto na Liga dos Campeões deste ano. Os Ciganitos d’Ouro, encabeçados por Ricardo Quaresma, defrontaram os lendários Beatles. O patriarca azul e branco ainda soltou umas notas da sua guitarra, mas os meninos de Liverpool anularam a cantoria. No entanto, Jesualdo Ferreira defendeu a sua banda, prometendo não lavar os dentes nos próximos dias.
André Pereira
O Despertar
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
A música do Millenium
O novo anúncio do Banco Millenium BCP conta com a presença de Ricardo Azevedo, um dos cantores em ascensão no panorama musical português.
O músico pegou na sua guitarra e cantou uma das músicas mais bonitas da actualidade, acompanhada por uma letra de elevado nível literário. As rimas “T2/dois”, “jardim/abrir”, “virar/ar”, “procurar/morar” são de uma sensibilidade e perfeição únicas.
Mas a excelência deste poema não se reflecte apenas na sua estrutura formal. Ricardo Azevedo afirma que pretende comprar um T2 para morar “os dois” – ele e a companheira (digo eu…). Ora, um T2 é composto por dois quartos, uma cozinha e uma sala de estar. Se ele quer morar com a sua companheira, não bastaria um só quarto? Talvez goste de gastar dinheiro, talvez queira um quarto apenas para sabes-se lá o quê, ou então a sua relação com “essa pessoa” estabelece-se dividida por umas paredes. Mas… “Eu quero um T1 / Onde podemos viver os dois” não soava bem.
Pegando no mesmo verso (sim, denomino esta frase como "verso"), o jovem cantor comete um “erro” de português. “Eu quero um T2 / Onde podemos viver os dois.” Não está inteiramente errado, mas o ideal não seria: “Eu quero um T2 / Onde possamos viver os dois.” ?
Por fim, tenho apenas mais uma nota a afinar:
Ricardo Azevedo entende que, se começar a procurar uma casa para morar, a sua vida mudará por completo – “Tenho que virar / A minha vida de pernas para o ar / E procurar / Uma casa para eu morar”.
Pergunto eu, se procurar casa altera tanto a tua vida, onde tens vivido até agora? Em cima de um camião do BCP?
O músico pegou na sua guitarra e cantou uma das músicas mais bonitas da actualidade, acompanhada por uma letra de elevado nível literário. As rimas “T2/dois”, “jardim/abrir”, “virar/ar”, “procurar/morar” são de uma sensibilidade e perfeição únicas.
Mas a excelência deste poema não se reflecte apenas na sua estrutura formal. Ricardo Azevedo afirma que pretende comprar um T2 para morar “os dois” – ele e a companheira (digo eu…). Ora, um T2 é composto por dois quartos, uma cozinha e uma sala de estar. Se ele quer morar com a sua companheira, não bastaria um só quarto? Talvez goste de gastar dinheiro, talvez queira um quarto apenas para sabes-se lá o quê, ou então a sua relação com “essa pessoa” estabelece-se dividida por umas paredes. Mas… “Eu quero um T1 / Onde podemos viver os dois” não soava bem.
Pegando no mesmo verso (sim, denomino esta frase como "verso"), o jovem cantor comete um “erro” de português. “Eu quero um T2 / Onde podemos viver os dois.” Não está inteiramente errado, mas o ideal não seria: “Eu quero um T2 / Onde possamos viver os dois.” ?
Por fim, tenho apenas mais uma nota a afinar:
Ricardo Azevedo entende que, se começar a procurar uma casa para morar, a sua vida mudará por completo – “Tenho que virar / A minha vida de pernas para o ar / E procurar / Uma casa para eu morar”.
Pergunto eu, se procurar casa altera tanto a tua vida, onde tens vivido até agora? Em cima de um camião do BCP?
André Pereira
Mais 50 anos sem nada
Pois é, ninguém estava à espera que o “Special One” abandonasse, desta forma, o Chelsea. Depois de ter conquistado o título inglês por duas vezes – algo que escapava ao clube londrino há mais de meio século!!!! – o senhor Abramovich decidiu ter um papel mais interventivo no futebol da equipa e foi o que se viu. Muito dinheiro, muitos jogadores de renome mundial, mas “nada de jeito”. Ballack e Shevchenko são dois dos muitos exemplos.
Assim, o ex-treinador do Benfica (sim, 3-0 ao Sporting!) bate com a porta e abandona o barco (neste caso o iate) do multimilionário russo. Ou terá sido Abramovich a atirá-lo aos tubarões? “Mútuo acordo” é, por enquanto, a expressão politicamente correcta.
Bye bye!
Assim, o ex-treinador do Benfica (sim, 3-0 ao Sporting!) bate com a porta e abandona o barco (neste caso o iate) do multimilionário russo. Ou terá sido Abramovich a atirá-lo aos tubarões? “Mútuo acordo” é, por enquanto, a expressão politicamente correcta.
Bye bye!
André Pereira
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Renúncias
Ontem a SIC Notícias serviu de palco para o confronto laranja entre Luís Filipe Menezes e Marques Mendes. Várias acusações voaram sobre (muitas sob) a mesa. No entanto, realço uma que o actual líder apontou ao seu adversário na liderança do partido.
“Não faço como o doutor Luís Filipe Menezes que, antes das eleições para a câmara de Gaia, obriga os seus vereadores a assinar a renúncia do cargo em branco"
Luís Filipe Menezes mostrou-se perturbado desprezando, por completo, as perguntas da jornalista Ana Lourenço. Esta, guardou o seu “sapo” que, momentos depois, saltou para o presidente da Câmara de Gaia:
“Eu não accionei nenhuma renúncia de mandato deste debate, por isso responda à minha pergunta”
É caso para dizer que Menezes ainda não é completamente laranja, tendo em conta a cor do sorriso que esboçou após a intervenção da jornalista.
“Não faço como o doutor Luís Filipe Menezes que, antes das eleições para a câmara de Gaia, obriga os seus vereadores a assinar a renúncia do cargo em branco"
Luís Filipe Menezes mostrou-se perturbado desprezando, por completo, as perguntas da jornalista Ana Lourenço. Esta, guardou o seu “sapo” que, momentos depois, saltou para o presidente da Câmara de Gaia:
“Eu não accionei nenhuma renúncia de mandato deste debate, por isso responda à minha pergunta”
É caso para dizer que Menezes ainda não é completamente laranja, tendo em conta a cor do sorriso que esboçou após a intervenção da jornalista.
André Pereira
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Mercado das Flores e Plantas - "São rosas, Coimbra!"
Passados e presentes cidadãos:
Temos nas nossas mãos
O terrível poder de recusar!
E é essa flor que nunca desespera
No jardim da perpétua primavera.
Flor da Liberdade, Miguel Torga
Os cidadãos da cidade que atravessou o coração do poeta desfrutaram, no passado sábado, de um vasto colorido visual e aromático. O Mercado de Flores e Plantas teve lugar na Praça 8 de Maio e na Rua Visconde da Luz, prolongando-se até à Ferreira Borges. Flores ornamentais, medicinais e odoríficas, arranjos florais e plantas, (de várias formas, odores e texturas) deram um novo colorido à Baixa. Esta iniciativa contou com a participação de cerca de quatro dezenas de vendedores e produtores de flores.
Esta é uma iniciativa inédita em Coimbra, tal como aconteceu no domingo anterior com o Mercado de Artesanato. Mais de 60 artesãos, oriundos de várias zonas do país, apresentaram uma vertente urbana e contemporânea do artesanato nacional. A diversidade das peças demonstrou parte da nossa riqueza cultural, desde a vertente dos acessórios de moda, a trapologia e bonecas em tecido, aos trabalhos em pasta de papel, casca de ovo de avestruz, velas ou sabonetes.
Paralelamente à realização do mercado, aliou-se o Mercado de Doçaria Tradicional, que contou ainda com animação musical. A participação de grupos folclóricos da região trouxe novas cores para os nossos ouvidos. A Associação de Agricultores do Vale Mondego (orizicultores) também marcou presença neste mercado que ofereceu aos transeuntes um vasto programa cultural.
As flores e a doçaria tradicional, aliados a uma programação cultural onde não faltou a música, a poesia ou as danças, animaram a Baixa da cidade. Tendo promovido a Feira Artesanal do passado fim-de-semana, o departamento da cultura apoiou, também, este Mercado. No dia anterior, o vereador da cultura da Câmara Municipal de Coimbra já previa o que iria acontecer: “Será um dia de excelência. A junção das flores com música, doces e poesia só pode dar bom resultado. Esperamos um elevado número de visitantes, até porque é uma iniciativa inédita na cidade”, assegurou. A ideia surgiu em viagens feitas ao estrangeiro, nomeadamente a Amesterdão, onde mensalmente se realiza uma feira que enche de alegria as ruas da cidade.
O dia começou com uma arruada e um concerto da banda filarmónica Adriano Soares e pregões tradicionais, seguida da actuação do Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Assafarge e do Grupo Folclórico de Taveiro. Mais tarde, realizou-se uma sessão de trechos musicais pela “Arte à Parte”, uma leitura de poemas alusivos às flores por João Rasteiro e uma actuação do Grupo Folclórico Moleirinhas de Casconha.
Outra novidade a realçar é o concurso “Melhor Composição Floral” que decorreu durante o Mercado de Flores e Plantas. O vencedor levou para casa 250 euros, enquanto que o segundo e terceiro classificados arrecadaram 200 e 175 euros, respectivamente.
As flores e as plantas sempre tiveram diversas utilidades na História Mundial. Uma rosa escondida atrás das costas, um girassol numa tampa de pedra ou um lírio em cima da mesa… As flores acompanham-nos nos momentos de alegria, solenidade, tristeza e até de debilidade física, sendo algumas utilizadas como alimento e, também, na saúde e na estética.
Desde tempos longínquos que as flores têm servido como inspiração de poetas, pintores, tecelões e tecedeiras. Porque não é só na altura da floração que se cria alegria e cor, o Mercado de Flores e Plantas é um convite a viver sabores, formas, texturas e cores variadas, diferentes da época da floração.
A flor que és
A flor que és, não a que dás, eu quero,
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.
Ricardo Reis
Temos nas nossas mãos
O terrível poder de recusar!
E é essa flor que nunca desespera
No jardim da perpétua primavera.
Flor da Liberdade, Miguel Torga
Os cidadãos da cidade que atravessou o coração do poeta desfrutaram, no passado sábado, de um vasto colorido visual e aromático. O Mercado de Flores e Plantas teve lugar na Praça 8 de Maio e na Rua Visconde da Luz, prolongando-se até à Ferreira Borges. Flores ornamentais, medicinais e odoríficas, arranjos florais e plantas, (de várias formas, odores e texturas) deram um novo colorido à Baixa. Esta iniciativa contou com a participação de cerca de quatro dezenas de vendedores e produtores de flores.
Esta é uma iniciativa inédita em Coimbra, tal como aconteceu no domingo anterior com o Mercado de Artesanato. Mais de 60 artesãos, oriundos de várias zonas do país, apresentaram uma vertente urbana e contemporânea do artesanato nacional. A diversidade das peças demonstrou parte da nossa riqueza cultural, desde a vertente dos acessórios de moda, a trapologia e bonecas em tecido, aos trabalhos em pasta de papel, casca de ovo de avestruz, velas ou sabonetes.
Paralelamente à realização do mercado, aliou-se o Mercado de Doçaria Tradicional, que contou ainda com animação musical. A participação de grupos folclóricos da região trouxe novas cores para os nossos ouvidos. A Associação de Agricultores do Vale Mondego (orizicultores) também marcou presença neste mercado que ofereceu aos transeuntes um vasto programa cultural.
As flores e a doçaria tradicional, aliados a uma programação cultural onde não faltou a música, a poesia ou as danças, animaram a Baixa da cidade. Tendo promovido a Feira Artesanal do passado fim-de-semana, o departamento da cultura apoiou, também, este Mercado. No dia anterior, o vereador da cultura da Câmara Municipal de Coimbra já previa o que iria acontecer: “Será um dia de excelência. A junção das flores com música, doces e poesia só pode dar bom resultado. Esperamos um elevado número de visitantes, até porque é uma iniciativa inédita na cidade”, assegurou. A ideia surgiu em viagens feitas ao estrangeiro, nomeadamente a Amesterdão, onde mensalmente se realiza uma feira que enche de alegria as ruas da cidade.
O dia começou com uma arruada e um concerto da banda filarmónica Adriano Soares e pregões tradicionais, seguida da actuação do Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Assafarge e do Grupo Folclórico de Taveiro. Mais tarde, realizou-se uma sessão de trechos musicais pela “Arte à Parte”, uma leitura de poemas alusivos às flores por João Rasteiro e uma actuação do Grupo Folclórico Moleirinhas de Casconha.
Outra novidade a realçar é o concurso “Melhor Composição Floral” que decorreu durante o Mercado de Flores e Plantas. O vencedor levou para casa 250 euros, enquanto que o segundo e terceiro classificados arrecadaram 200 e 175 euros, respectivamente.
As flores e as plantas sempre tiveram diversas utilidades na História Mundial. Uma rosa escondida atrás das costas, um girassol numa tampa de pedra ou um lírio em cima da mesa… As flores acompanham-nos nos momentos de alegria, solenidade, tristeza e até de debilidade física, sendo algumas utilizadas como alimento e, também, na saúde e na estética.
Desde tempos longínquos que as flores têm servido como inspiração de poetas, pintores, tecelões e tecedeiras. Porque não é só na altura da floração que se cria alegria e cor, o Mercado de Flores e Plantas é um convite a viver sabores, formas, texturas e cores variadas, diferentes da época da floração.
A flor que és
A flor que és, não a que dás, eu quero,
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.
Ricardo Reis
André Pereira
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Grande Socolari
Esta semana, o Diário de Fictícias optou por fazer uma entrevista ao seleccionador nacional Luiz Felipe Scolari, uma das personalidades mais mediáticas do nosso país. No entanto, e tendo em conta os últimos incidentes desta semana, achámos melhor pedir ao jogador de rugby Juan Severino para assumir as funções de jornalista.
Juan Severino – Boa tarde, senhor Scolari. Gostava de lhe colocar algumas questões…
Scolari – Boa tarde, pô! Você nem me diga nada…
Juan Severino – Então porquê? Ainda está nervoso devido ao jogo com a Sérvia?
Scolari – Nervoso? Quem, eu? Você não me diga isso que eu dou-lhe já um soco! Nervoso? Essa é boa…
Juan Severino – Tal como fez ao Dragutinovic?
Scolari – Eu não bati no cara…
Juan Severino – Bateu-lhe na cara?
Scolari – Não, o que eu disse foi que eu não bati no cara! Mas ele merecia. Ainda para mais um dragão… Pelo nome, só pode ser, né?
Juan Severino – Não, por acaso, o único jogador sérvio que joga no FC Porto é o Stepanov, e estava no banco de suplentes.
Scolari – Pensei que houvesse mais… Como a Sérvia é uma zona de conflito, era natural que fosse lá o centro de estágio portista.
Juan Severino – Parece que a sua máxima de “mata ou morre” era mesmo para levar a sério. Mas olhe que o Dragutinovic é jogador do Sevilha. O Scolari, se lhe tivesse acertado em cheio, ainda provocava mais uma baixa na defesa da equipa espanhola… Já agora, acho que tem de despedir o treinador de guarda-redes…
Scolari – Por que diz isso? O Ricardo não é frangueiro… é apenas distraído. Mas é o melhor guarda-redes do mundo!
Juan Severino – Sim, o Ricardo dava um bom jogador, mas de rugby. Para meter a bola entre os postes não há como ele. Mas eu referia-me ao Brassard. Já viu? Ele foi tentar impedir que a sua mão acertasse no jogador sérvio, mas parece que lhe escapou…
Scolari – Já disse que não lhe acertei. Eu estava a defender o Quaresma. Como a família dele não conseguiu entrar no campo, eu assumi esse papel. Mas você também agrediu um escocês no mundial de rugby!
Juan Severino – Bem… quer dizer… sim, eu admito. Mas vou-lhe ser sincero: eu sou um dos cerca de 11 milhões de portugueses (só em Portugal) que acha que o Nuno Gomes é um excelente jogador! Até o costumo chamar de Nulo Gomes, tanta é admiração que sinto por ele. E o que se passou foi que confundi um jogador escocês com o menino do Benfica. Não pela estrutura física, mas sim pela saia que vestia…
PS – No final do jogo, o treinador do Sporting Paulo Bento, que assistiu ao jogo no seu cabeleireiro privado, teceu alguns comentários em relação à atitude do treinador portug… brasileiro: “Em caso de dúvida, o senhor Scolari só tinha de afastar o perigo da sua área. Há três semanas, foi a mão do Stojkovic. Desta vez, foi a de Scolari.”
Juan Severino – Boa tarde, senhor Scolari. Gostava de lhe colocar algumas questões…
Scolari – Boa tarde, pô! Você nem me diga nada…
Juan Severino – Então porquê? Ainda está nervoso devido ao jogo com a Sérvia?
Scolari – Nervoso? Quem, eu? Você não me diga isso que eu dou-lhe já um soco! Nervoso? Essa é boa…
Juan Severino – Tal como fez ao Dragutinovic?
Scolari – Eu não bati no cara…
Juan Severino – Bateu-lhe na cara?
Scolari – Não, o que eu disse foi que eu não bati no cara! Mas ele merecia. Ainda para mais um dragão… Pelo nome, só pode ser, né?
Juan Severino – Não, por acaso, o único jogador sérvio que joga no FC Porto é o Stepanov, e estava no banco de suplentes.
Scolari – Pensei que houvesse mais… Como a Sérvia é uma zona de conflito, era natural que fosse lá o centro de estágio portista.
Juan Severino – Parece que a sua máxima de “mata ou morre” era mesmo para levar a sério. Mas olhe que o Dragutinovic é jogador do Sevilha. O Scolari, se lhe tivesse acertado em cheio, ainda provocava mais uma baixa na defesa da equipa espanhola… Já agora, acho que tem de despedir o treinador de guarda-redes…
Scolari – Por que diz isso? O Ricardo não é frangueiro… é apenas distraído. Mas é o melhor guarda-redes do mundo!
Juan Severino – Sim, o Ricardo dava um bom jogador, mas de rugby. Para meter a bola entre os postes não há como ele. Mas eu referia-me ao Brassard. Já viu? Ele foi tentar impedir que a sua mão acertasse no jogador sérvio, mas parece que lhe escapou…
Scolari – Já disse que não lhe acertei. Eu estava a defender o Quaresma. Como a família dele não conseguiu entrar no campo, eu assumi esse papel. Mas você também agrediu um escocês no mundial de rugby!
Juan Severino – Bem… quer dizer… sim, eu admito. Mas vou-lhe ser sincero: eu sou um dos cerca de 11 milhões de portugueses (só em Portugal) que acha que o Nuno Gomes é um excelente jogador! Até o costumo chamar de Nulo Gomes, tanta é admiração que sinto por ele. E o que se passou foi que confundi um jogador escocês com o menino do Benfica. Não pela estrutura física, mas sim pela saia que vestia…
PS – No final do jogo, o treinador do Sporting Paulo Bento, que assistiu ao jogo no seu cabeleireiro privado, teceu alguns comentários em relação à atitude do treinador portug… brasileiro: “Em caso de dúvida, o senhor Scolari só tinha de afastar o perigo da sua área. Há três semanas, foi a mão do Stojkovic. Desta vez, foi a de Scolari.”
André Pereira
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Regresso às aulas - A volta do Ensino
O cheiro dos livros paira no ar. Os dias de descanso rodeados de lençóis até à hora de almoço têm a sua data final anunciada. Recomeça o rodopio escolar. Cadernos, lápis, réguas, canetas, mochilas… tudo enche o carrinho das compras que, de um momento para o outro, pesa mais do que supostamente devia.
A corrida ao material escolar torna-se cada vez mais alucinante à medida que o início do ano lectivo se aproxima. Estes dias colocam à prova a capacidade económica de muitas famílias que se vêem obrigadas a gastar bastante dinheiro no regresso às aulas dos seus filhos.
“Os preços já são bastante elevados, para além de que cada vez temos de comprar mais material”, afirma Tatiana Nunes enquanto observa o filho pelos corredores do hipermercado. O Bernardo, de 11 anos, distancia-se da mãe e vê com as mãos tudo o que lhe alegra o campo visual. O seu mundo parece ter-lhe aberto alas, tal como ao seu desenho animado favorito, o Noddy. Todos os artigos escolares parecem querer saltar para o seu “carrinho amarelo”. Já a mãe, que observa o aumento do volume do carro, parece que não vai ter um dia assim tão belo, quando chegar à caixa para pagar.
A factura do cabaz de compras de material escolar pode facilmente chegar aos 40 euros, isto se os produtos não forem de linha branca. Nestas contas de somar não se incluem os livros, “o que causa maior despesa”, diz Tatiana Nunes. “Depois de um período de férias em que aproveitamos para nos divertir e descansar, o mês de Setembro é bastante agressivo”, conclui.
Este é um dos obstáculos que as famílias portuguesas têm de enfrentar quando os filhos retomam o período escolar. As campanhas publicitárias invadem a sala de estar com ofertas ilimitadas de produtos que, muitas vezes, acabam por não sair do estojo.
A corrida ao material escolar torna-se cada vez mais alucinante à medida que o início do ano lectivo se aproxima. Estes dias colocam à prova a capacidade económica de muitas famílias que se vêem obrigadas a gastar bastante dinheiro no regresso às aulas dos seus filhos.
“Os preços já são bastante elevados, para além de que cada vez temos de comprar mais material”, afirma Tatiana Nunes enquanto observa o filho pelos corredores do hipermercado. O Bernardo, de 11 anos, distancia-se da mãe e vê com as mãos tudo o que lhe alegra o campo visual. O seu mundo parece ter-lhe aberto alas, tal como ao seu desenho animado favorito, o Noddy. Todos os artigos escolares parecem querer saltar para o seu “carrinho amarelo”. Já a mãe, que observa o aumento do volume do carro, parece que não vai ter um dia assim tão belo, quando chegar à caixa para pagar.
A factura do cabaz de compras de material escolar pode facilmente chegar aos 40 euros, isto se os produtos não forem de linha branca. Nestas contas de somar não se incluem os livros, “o que causa maior despesa”, diz Tatiana Nunes. “Depois de um período de férias em que aproveitamos para nos divertir e descansar, o mês de Setembro é bastante agressivo”, conclui.
Este é um dos obstáculos que as famílias portuguesas têm de enfrentar quando os filhos retomam o período escolar. As campanhas publicitárias invadem a sala de estar com ofertas ilimitadas de produtos que, muitas vezes, acabam por não sair do estojo.
Rui Silva, que inicia em Setembro o 10º ano, já adquiriu todo o material necessário. “Sempre comprei o necessário e nada mais que isso”, afirma o jovem de 15 anos. “Tenho noção de que este é um período de difícil controlo económico para os meus pais, porque não sou o único estudante na família”, assegura. “O meu irmão mais novo vai este ano para o Ensino Básico e precisa de bastante material escolar”, conclui.
A entrada no Ensino Básico (5º ano) é um ponto de viragem no que respeita aos gastos escolares, uma vez que se multiplicam as disciplinas e, consequentemente, o material necessário para comprar. Um pesado esforço vivido à escala do orçamento de cada família.
Só no início deste ano lectivo, já se venderam cerca de dez milhões de manuais escolares. De acordo com dados da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), os livros para o 1º Ciclo custam, este ano, cerca de 23 euros, os do 2º ficam por quase 78 euros e os do 3º Ciclo por pouco mais de 126 euros.
O apoio às famílias, no âmbito da acção social escolar, foi recentemente reformulado. Ao longo deste ano lectivo, cerca de 214 mil alunos (dos 2.º e 3º ciclos e Secundário) receberão apoio escolar.
Todo o entusiasmo que se espelha nos rostos das crianças em muitos casos se desvanece quando pegam na mochila. Para este período de (re)adaptação não ser tão difícil, os pais devem envolver-se neste processo. A escola acaba por ser um prolongamento da sua própria casa, onde o aluno socializa com os outros e partilha a sua rotina pessoal. A colaboração dos pais com os professores ajuda a resolver muitos dos problemas escolares dos filhos.
A altura do ano para regressar ao frenesi diário não poderia ser a mais adequada. As notas caem das carteiras como folhas numa tarde de Outono. (Re)começa um período de adaptação a uma nova vida, para uns, e de continuação, para outros.
André Pereira
O Despertar
Fotografia: Direitos Reservados
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Estrelas, uvas e milho
Bem-vindos a mais um Fic Notícias!
George W. Bush visita Iraque
O presidente norte-americano aterrou de surpresa no Iraque, de modo a encorajar as tropas que combatem… que combatem… que combatem… os terroristas! Ao abrir a porta do Air Force One, o Ranger do Texas disse: “É um prazer visitar este país. Acho que vou comprar aqui uma área para vir passar férias, até porque, mais uns meses, e a nossa bandeira terá 51 estrelas”.
Uva carrega Portugal
A Selecção Nacional de Rugby já está em França para disputar o Mundial da modalidade. A falta de jogadores essenciais, como Petit ou Jorge Costa, pode ser um factor prejudicial nas aspirações de Portugal. Por outro lado, o capitão Vasco Uva promete fazer tudo para levar a selecção portuguesa a abrir o champanhe.
Activistas atacam plantação de milho transgénico
Activistas do Grupo Verde Eufémia destruíram um hectare de seara de milho transgénico em Silves. Em declarações feitas ao Diário de Fictícias, o presidente do movimento afirmou que “o milho impede a plantação de canábis, o que nos irrita e muito”. Já agora, o princípio de enfarte que o dono da plantação sofreu não é nada em comparação com as nossas ressacas.
George W. Bush visita Iraque
O presidente norte-americano aterrou de surpresa no Iraque, de modo a encorajar as tropas que combatem… que combatem… que combatem… os terroristas! Ao abrir a porta do Air Force One, o Ranger do Texas disse: “É um prazer visitar este país. Acho que vou comprar aqui uma área para vir passar férias, até porque, mais uns meses, e a nossa bandeira terá 51 estrelas”.
Uva carrega Portugal
A Selecção Nacional de Rugby já está em França para disputar o Mundial da modalidade. A falta de jogadores essenciais, como Petit ou Jorge Costa, pode ser um factor prejudicial nas aspirações de Portugal. Por outro lado, o capitão Vasco Uva promete fazer tudo para levar a selecção portuguesa a abrir o champanhe.
Activistas atacam plantação de milho transgénico
Activistas do Grupo Verde Eufémia destruíram um hectare de seara de milho transgénico em Silves. Em declarações feitas ao Diário de Fictícias, o presidente do movimento afirmou que “o milho impede a plantação de canábis, o que nos irrita e muito”. Já agora, o princípio de enfarte que o dono da plantação sofreu não é nada em comparação com as nossas ressacas.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Hell Pizza obrigada a retirar Hitler de outdoors
A Hell Pizza foi obrigada a retirar dos outdoors, na Nova Zelândia, uma peça da nova campanha publicitária que mostrava Adolf Hitler com uma fatia de pizza na mão, enquanto fazia a saudação nazi.
A campanha criada pela agência Cinderella utiliza personagens históricas para promover os produtos da rede de pizzarias mas a comunidade judaica considerou ofensiva a utilização do ditador nazi associada ao slogan "É possível fazer as pessoas acreditar que o paraíso é o inferno (Hell)".
A notícia da Folha Online, citada pelo Clube de Criativos de São Paulo, refere ainda que Hitler foi substituído pela figura do Papa Bento XVI, no sul da Nova Zelândia, com o slogan "O inferno (Hell) é autêntico e eterno".
A campanha criada pela agência Cinderella utiliza personagens históricas para promover os produtos da rede de pizzarias mas a comunidade judaica considerou ofensiva a utilização do ditador nazi associada ao slogan "É possível fazer as pessoas acreditar que o paraíso é o inferno (Hell)".
A notícia da Folha Online, citada pelo Clube de Criativos de São Paulo, refere ainda que Hitler foi substituído pela figura do Papa Bento XVI, no sul da Nova Zelândia, com o slogan "O inferno (Hell) é autêntico e eterno".
terça-feira, 4 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
"Os Mosteiros e o Vinho" de Leitão Couto
“O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente... Ele reaviva as nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se bebes moderadamente em pequenos tragos de cada vez, o vinho gotejará nos teus pulmões como o mais doce orvalho da manhã... Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim convida-nos gentilmente a uma agradável alegria.”
Sócrates, filósofo grego
Joaquim Leitão Couto tem tido um percurso de relevante interesse pelo património cultural. Este seu amor pela cultura nacional começou desde cedo em Viseu, sua terra Natal, cidade com um abundante e rico espólio natural. Passou pelas universidades de Lisboa e Coimbra, onde adquiriu um saber médico amplamente reconhecido na área da Ortopedia.
Mais tarde, veio a ocupação de cargos autárquicos. Foi membro das assembleias municipais de Viseu e Penacova, presidente da câmara e presidente da assembleia municipal de Penacova. Como autarca, tornou-se amante do património, tendo sido autor e coordenador de publicações sobre todo o património concelhio de Penacova, desde os moinhos aos fornos de cal, passando pelo artesanato dos palitos, à vida e obra de António José d’Almeida e Vitorino Nemésio.
Contribuiu, ainda, para a musealização dos sítios neste concelho, no Museu do Moinho (Buçaco), no Museu dos Fornos de Cal e dos Carpinteiros (Casal de Santo Amaro), na Casa da Freira (Penacova), e na Casa do Monte (Lorvão).
Toda esta enorme bagagem cultural, repleta de experiências e vivências enriquecedoras, levaram Leitão Couto a elaborar o livro “Os Mosteiros e o Vinho”. Segundo Maria Alegria Marques, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, “esta é uma obra de amor. De amor à terra, mãe da vida e dos homens, de amor ao mundo campesino, de amor a um mundo que, passado, não mais voltará”.
Inicia-se assim o prefácio desta obra que nos prende logo desde o início. Cheira a uvas cuidadosamente tratadas e pisadas com a sabedoria dos mais genuínos homens da terra. Cada folhear de página acende um aroma único de remotos caminhos de uva, longos dias de vindima, e merecidos descansos com um copo na mão.
Este livro é a junção de vários anos de pesquisa por todo o país. Percorrendo 30 concelhos do País, Leitão Couto conseguiu recolher uma colecção bastante completa. O autor afirma mesmo que esta é “a mais completa colecção de tanoaria de Portugal”. Da colecção fazem parte peças com dezenas de anos e com um valor incomensurável.
Em 2006, foi instalado o Museu de Tanoaria em Miranda do Corvo, numa antiga casa de tipologia rural. O Museu tem a colaboração da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo e do respectivo município, no projecto de requalificação da Quinta da Paiva.
Os mosteiros foram, durante largos anos, os principais veículos de divulgação do vinho, reforçando a sua importância histórica e religiosa. O vinho tem sofrido uma evolução ao longo dos tempos mantendo, na sua essência, desde os segredos dos antigos processos de fabricação até à sua utilização na culinária mundial.
Uma das curiosidades que o livro nos apresenta é a arte de tratar a rolha de uma garrafa de vinho. “Ferver a rolha em vinho é um erro bastante comum”, afirma Leitão Couto. “A rolha deve ser introduzida seca e a garrafa colocada verticalmente para que o ar que se encontra sob pressão possa sair pela rolha”, conclui o autor que aprendeu este processo com António Dias Cardoso, da Escola Vitivinícola da Bairrada.
São muitas as histórias contadas neste magnífico livro. Desde os diferentes objectos de tanoaria encontrados e recolhidos, até às saborosas provas de vinho pelos recantos do nosso país.
A tecnologia actual é, sem dúvida, uma forma eficaz de resolver bastantes problemas. No entanto, no que respeita à pisa do vinho, a tradicional é mais aconselhada porque não destrói a uva completamente.
De realçar o grafismo do livro que, com as suas cores e formato, apela a uma leitura acompanhada pelo amigo de todas as alturas, o vinho. Leitão Couto sublinha o facto de este livro só ter sido possível devido aos diversos apoios que recebeu. Entre eles, está o Município de Miranda do Corvo, Município de Penacova, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, as Caves Aliança (Sangalhos) e Henrique Oliveira (Miranda do Corvo). Sem nunca esquecer, está a família que, segundo o autor, “ajudou imenso e apoiou nos momentos menos fáceis”.
A apresentação do livro ocorreu em Miranda do Covo. No entanto, haverá uma segunda apresentação em Lorvão, no mês de Outubro, aquando da festa em honra das Santas Rainhas.
Num tempo de ritmo acelerado, nada melhor que relaxar, deixar as pálpebras cederem às leis de Newton e degustar um delicioso vinho. “Enquanto está na garrafa, o vinho é meu escravo; fora da garrafa, sou escravo dele”, disse um dia Juan Luis Vives.
Sócrates, filósofo grego
Joaquim Leitão Couto tem tido um percurso de relevante interesse pelo património cultural. Este seu amor pela cultura nacional começou desde cedo em Viseu, sua terra Natal, cidade com um abundante e rico espólio natural. Passou pelas universidades de Lisboa e Coimbra, onde adquiriu um saber médico amplamente reconhecido na área da Ortopedia.
Mais tarde, veio a ocupação de cargos autárquicos. Foi membro das assembleias municipais de Viseu e Penacova, presidente da câmara e presidente da assembleia municipal de Penacova. Como autarca, tornou-se amante do património, tendo sido autor e coordenador de publicações sobre todo o património concelhio de Penacova, desde os moinhos aos fornos de cal, passando pelo artesanato dos palitos, à vida e obra de António José d’Almeida e Vitorino Nemésio.
Contribuiu, ainda, para a musealização dos sítios neste concelho, no Museu do Moinho (Buçaco), no Museu dos Fornos de Cal e dos Carpinteiros (Casal de Santo Amaro), na Casa da Freira (Penacova), e na Casa do Monte (Lorvão).
Toda esta enorme bagagem cultural, repleta de experiências e vivências enriquecedoras, levaram Leitão Couto a elaborar o livro “Os Mosteiros e o Vinho”. Segundo Maria Alegria Marques, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, “esta é uma obra de amor. De amor à terra, mãe da vida e dos homens, de amor ao mundo campesino, de amor a um mundo que, passado, não mais voltará”.
Inicia-se assim o prefácio desta obra que nos prende logo desde o início. Cheira a uvas cuidadosamente tratadas e pisadas com a sabedoria dos mais genuínos homens da terra. Cada folhear de página acende um aroma único de remotos caminhos de uva, longos dias de vindima, e merecidos descansos com um copo na mão.
Este livro é a junção de vários anos de pesquisa por todo o país. Percorrendo 30 concelhos do País, Leitão Couto conseguiu recolher uma colecção bastante completa. O autor afirma mesmo que esta é “a mais completa colecção de tanoaria de Portugal”. Da colecção fazem parte peças com dezenas de anos e com um valor incomensurável.
Em 2006, foi instalado o Museu de Tanoaria em Miranda do Corvo, numa antiga casa de tipologia rural. O Museu tem a colaboração da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo e do respectivo município, no projecto de requalificação da Quinta da Paiva.
Os mosteiros foram, durante largos anos, os principais veículos de divulgação do vinho, reforçando a sua importância histórica e religiosa. O vinho tem sofrido uma evolução ao longo dos tempos mantendo, na sua essência, desde os segredos dos antigos processos de fabricação até à sua utilização na culinária mundial.
Uma das curiosidades que o livro nos apresenta é a arte de tratar a rolha de uma garrafa de vinho. “Ferver a rolha em vinho é um erro bastante comum”, afirma Leitão Couto. “A rolha deve ser introduzida seca e a garrafa colocada verticalmente para que o ar que se encontra sob pressão possa sair pela rolha”, conclui o autor que aprendeu este processo com António Dias Cardoso, da Escola Vitivinícola da Bairrada.
São muitas as histórias contadas neste magnífico livro. Desde os diferentes objectos de tanoaria encontrados e recolhidos, até às saborosas provas de vinho pelos recantos do nosso país.
A tecnologia actual é, sem dúvida, uma forma eficaz de resolver bastantes problemas. No entanto, no que respeita à pisa do vinho, a tradicional é mais aconselhada porque não destrói a uva completamente.
De realçar o grafismo do livro que, com as suas cores e formato, apela a uma leitura acompanhada pelo amigo de todas as alturas, o vinho. Leitão Couto sublinha o facto de este livro só ter sido possível devido aos diversos apoios que recebeu. Entre eles, está o Município de Miranda do Corvo, Município de Penacova, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, as Caves Aliança (Sangalhos) e Henrique Oliveira (Miranda do Corvo). Sem nunca esquecer, está a família que, segundo o autor, “ajudou imenso e apoiou nos momentos menos fáceis”.
A apresentação do livro ocorreu em Miranda do Covo. No entanto, haverá uma segunda apresentação em Lorvão, no mês de Outubro, aquando da festa em honra das Santas Rainhas.
Num tempo de ritmo acelerado, nada melhor que relaxar, deixar as pálpebras cederem às leis de Newton e degustar um delicioso vinho. “Enquanto está na garrafa, o vinho é meu escravo; fora da garrafa, sou escravo dele”, disse um dia Juan Luis Vives.
André Pereira
O Despertar
domingo, 2 de setembro de 2007
Vanessa Fernandes Campeã do Mundo!
Portugal, e o Benfica, podem contar com mais uma medalha dourada nas estantes históricas do desporto mundial.
Desta vez, e depois de Nelson Évora ter dado um salto em frente no atletismo nacional, a vitória coube a Vanessa Fernandes, atleta de Triatlo. A atleta do Benfica conquistou o título em Hamburgo, na Alemanha, e gastou uma hora, 57 minutos e 27 segundos a percorrer o percurso, constituído por um quilómetro e meio a nadar, 40 a pedalar e 10 a correr.
A tetracampeã europeia surge agora como uma das mais fortes possibilidades de medalha de ouro olímpica nos jogos de Pequim, que decorrerão já no próximo ano.
Novamente, e como já estamos exaustivamente habituados, este foi um título que teve enorme destaque nos meios de comunicação social… Ou seja, notas de rodapé de telejornais, caixas de um centímetro quadrado na imprensa, três segundos na rádio… E não quero exagerar…
Desta vez, e depois de Nelson Évora ter dado um salto em frente no atletismo nacional, a vitória coube a Vanessa Fernandes, atleta de Triatlo. A atleta do Benfica conquistou o título em Hamburgo, na Alemanha, e gastou uma hora, 57 minutos e 27 segundos a percorrer o percurso, constituído por um quilómetro e meio a nadar, 40 a pedalar e 10 a correr.
A tetracampeã europeia surge agora como uma das mais fortes possibilidades de medalha de ouro olímpica nos jogos de Pequim, que decorrerão já no próximo ano.
Novamente, e como já estamos exaustivamente habituados, este foi um título que teve enorme destaque nos meios de comunicação social… Ou seja, notas de rodapé de telejornais, caixas de um centímetro quadrado na imprensa, três segundos na rádio… E não quero exagerar…
sábado, 1 de setembro de 2007
Hitler invade a Polónia
A invasão da Polónia pelas tropas de Hitler marcou o início da Segunda Guerra Mundial, na madrugada de 1º de Setembro de 1939.
A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia Lorena e parte da Prússia. As altas indemnizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda e desemprego em massa, factores que, explorados pelos nazis, contribuíram para o fortalecimento de Hitler no poder (assumido em 1933).
As relações entre a Alemanha e a Polónia já eram tensas desde a República de Weimar. Nenhum governo do Reich e nenhum partido alemão concordavam com a nova delimitação da fronteira leste do país (com um corredor polaco, neutro, separando o país da Prússia Oriental), imposta no Tratado de Versalhes.
Ambicionando as matérias-primas da Roménia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ucrânia, Hitler começou a expansão para o Leste. Embora as potências ocidentais temessem o perigo nazi, permitiram o seu crescimento como forma de bloqueio ao avanço comunista soviético.
Conquistas passo a passo
Em 1935, a Alemanha havia reiniciado a produção de armamento e restabelecido o serviço militar obrigatório, contrariando o Tratado de Versalhes. Ao mesmo tempo, aproximou-se da Itália fascista de Benito Mussolini; de Francisco Franco, na Espanha; do Japão; e anexou a Áustria (Anschluss), em 1938, por se tratar de um povo de língua alemã.
No ano seguinte, com a conivência da França e da Inglaterra, incorporou a região dos Sudetas, que abrigava minorias alemãs, na Checoslováquia. Por fim, aproveitou o cepticismo ocidental em relação à União Soviética e assinou com Josef Stalin um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos.
Estava aberto o caminho para atacar a Polónia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polaco" e do porto de Danzig (neutra, a futura Gdansk).
Diante da negativa da Polónia em ceder Danzig, as tropas alemãs invadiram o país em 1 de Setembro de 1939 e travaram uma guerra-relâmpago (blitzkrieg) com a frágil resistência local. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, eclodindo a Segunda Guerra Mundial.
A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia Lorena e parte da Prússia. As altas indemnizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda e desemprego em massa, factores que, explorados pelos nazis, contribuíram para o fortalecimento de Hitler no poder (assumido em 1933).
As relações entre a Alemanha e a Polónia já eram tensas desde a República de Weimar. Nenhum governo do Reich e nenhum partido alemão concordavam com a nova delimitação da fronteira leste do país (com um corredor polaco, neutro, separando o país da Prússia Oriental), imposta no Tratado de Versalhes.
Ambicionando as matérias-primas da Roménia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ucrânia, Hitler começou a expansão para o Leste. Embora as potências ocidentais temessem o perigo nazi, permitiram o seu crescimento como forma de bloqueio ao avanço comunista soviético.
Conquistas passo a passo
Em 1935, a Alemanha havia reiniciado a produção de armamento e restabelecido o serviço militar obrigatório, contrariando o Tratado de Versalhes. Ao mesmo tempo, aproximou-se da Itália fascista de Benito Mussolini; de Francisco Franco, na Espanha; do Japão; e anexou a Áustria (Anschluss), em 1938, por se tratar de um povo de língua alemã.
No ano seguinte, com a conivência da França e da Inglaterra, incorporou a região dos Sudetas, que abrigava minorias alemãs, na Checoslováquia. Por fim, aproveitou o cepticismo ocidental em relação à União Soviética e assinou com Josef Stalin um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos.
Estava aberto o caminho para atacar a Polónia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polaco" e do porto de Danzig (neutra, a futura Gdansk).
Diante da negativa da Polónia em ceder Danzig, as tropas alemãs invadiram o país em 1 de Setembro de 1939 e travaram uma guerra-relâmpago (blitzkrieg) com a frágil resistência local. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, eclodindo a Segunda Guerra Mundial.
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