A visita decorreu nos dias 16, 17 e 18 de Maio e inseriu-se na política há vários anos seguida pelo Parlamento Europeu, de aproximação dos cidadãos dos Estados-Membros às instituições europeias. Para além da visita ao Parlamento Europeu, que incluiu encontros com eurodeputados e demais responsáveis da instituição, a delegação do ISMT deslocou-se a Gent e Bruges.
Todos os membros da comitiva são peremptórios ao afirmar que a viagem não poderia ter corrido melhor. “Desde a parte logística, passando pela organização e pelo ambiente entre todos os membros da comitiva e desta para com todos os outros”, afirma Altino Pinto, um dos alunos que se deslocou ao país belga.
A presença de Fausto Correia foi um livro aberto para todos no que respeita aos assuntos relacionados com o Parlamento Europeu e com a Cultura Nacional/Europeia.
À chegada a Bruxelas, a comitiva vinda de Portugal, que incluía a delegação do ISMT mais outros convidados do eurodeputado, instalou-se na capital e, da parte da tarde, visitou o Parlamento. Acompanhado por um membro da equipa de Fausto Correia, o grupo português percorreu os corredores do centro político europeu, absorvendo inúmeras informações sobre a importância deste não só na Europa, como também no resto do mundo.
O Parlamento Europeu é o único órgão da União Europeia que resulta de eleições directas. Os 785 deputados que nele têm assento são representantes dos cidadãos, escolhidos de cinco em cinco anos pelos eleitores de todos os 27 Estados-Membros da União Europeia, em nome dos seus 492 milhões de cidadãos.
Este órgão desempenha um papel activo na redacção de actos legislativos que se reflectem no quotidiano dos cidadãos: desde medidas a nível da protecção do ambiente, dos direitos dos consumidores, da igualdade de oportunidades, dos transportes, bem como da livre circulação de trabalhadores, de capitais, de serviços e de mercadorias. O Parlamento dispõe igualmente de competências para, juntamente com o Conselho, aprovar o orçamento anual da União Europeia.
É no Parlamento Europeu que se discutem as medidas gerais para a construção de uma Europa unida, consistente e forte. O Parlamento é uma verdadeira tribuna internacional, na qual muitos dirigentes se vêm exprimir. Ao longo dos anos, foi-se tornando o intérprete das acções externas e internas da União, o que permite que os deputados e, por conseguinte, os cidadãos, participem na definição da sua visão política europeia.
Após a passagem pelo centro político europeu, no dia seguinte, Gent e Bruges foram as cidades visitadas. A magia e cariz histórico destas cidades embelezam qualquer olhar que as observa. Os vastos espaços verdes, incorporados em cinzentas massas de estradas e catedrais, são elementos constantes num país multicultural, dividido internamente, cada vez mais, pela língua. Este país, que faz fronteira terrestre com a Holanda, a Alemanha, o Luxemburgo e a França sofre bastantes influências culturais dos que o rodeiam. Desta forma, no norte do país (Região da Flandres) é predominante a utilização da língua holandesa, no sul (Região da Valónia) a língua francesa e numa zona do leste do país, a língua alemã. Esta heterogeneidade é fonte de inúmeros conflitos na Bélgica. Na Região da Flandres, por exemplo, há grupos que desejam deixar de serem belgas para pertencerem à Holanda.
À noite, a Grand-Place de Bruxelas envolve qualquer um num abraço imponente e carinhoso. “A praça mais bela do mundo”, segundo o escritor d’ “Os Miseráveis” Victor Hugo, é considerada Património Mundial da UNESCO desde o ano de 1998.
O terceiro dia foi de despedida. Todo o tempo foi pouco para descobrir mais sobre o país e sobre o funcionamento do Parlamento Europeu. No entanto, o conhecimento adquirido será, certamente, uma rampa de lançamento para uma maior integração na sociedade da qual fazemos parte.
André Pereira
O Despertar