sexta-feira, 4 de maio de 2007

O Triunfo das Flores

Jardim – Olá minhas bonitas flores!
Flores –
Olá Excelêntíssimo Senhor Doutor Engenheiro Jardim!

Jardim – Engenheiro?! Quem me chamou engenheiro? Eu não tenho esse curso demoníaco! Aliás, nem reconheço a Universidade onde foi ministrado!
Rosa –
Tem de respeitar o nosso Primeiro-Ministro! A Universidade Independente é que cometeu erros de palmatória!

Jardim – Independente? O único local independente que conheço é a Madeira! Não conheço o senhor Primeiro-Ministro, nunca me foi apresentado. Vamos mas é ao que interessa! Boa tarde senhor jornalista, como está a família? Tudo bem consigo? A sua situação económica está bem? Se necessitar de algo, basta dizer que eu dou. Desde que me regue de forma conveniente as minhas flores...
JM –
Sim, sim. Muito obrigado senhor Jardim. Vou já tratar do assunto, vou buscar a mangueira... O senhor é o melhor Jardim do mundo. Nunca seca, tem umas flores e umas árvores muito bonitas e a sua relva continua verdinha como nunca! Ninguém diria que tem mais de 30 anos...

Jardim – Muito obrigado! Já pode ir trabalhar. Quanto a vocês, há aqui muitas flores que terão de ser arrancadas... Não é, senhor cravo?
Cravo –
Eu não vou morrer! Tenho liberdade para pensar e para dizer o que pen....
Flores – Cravo? Cravo? O que aconteceu ao Cravo, senhor Jardim?

Jardim – Não sei o que se passou. Deve ter perdido a fala... Sinceramente não sei. Prossigamos. Como estava a dizer, temos uma grande batalha pela frente!
Flores –
Sim, senhor Jardim!

Jardim – Parece que há uma flor, cujo nome desconheço, que quer destruir este belo e maravilhoso Jardim. Está algures num monte(iro) e já foi porteira...
Flores –
Vamos a ela!

Jardim – Sim, nós juntos venceremos! Já agora, dêem-me mais uma banana que já estou cheio de fome...
Flores –
Banana? Pensava que não gostava de bananas, senhor Jardim!

Jardim – Nunca estudaram a fauna e a flora? É óbvio que os Jardins gostam de bananas. Mas vamos lá inaugurar este edifício. E, já agora, preparem-se para o Dia da Mãe. Afinal, somos todos filhos dela.

André Pereira

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