... boas entradas!
Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
2008, os melhores (acho eu)
O Natal chegou ao fim. Pelo menos por este ano. Durante os próximos onze meses, podemos adormecer descansados sem pensar na possibilidade de encontrar a Popota debaixo dos lençóis. Porém, nem tudo são rosas. Infelizmente, aqueles quinze minutos em que estamos sentados à lareira, com os lábios cheios de açúcar a pegar no cheque FNAC desaparecerão durante… 364 dias! Nãaaaaaooooooo!!!
Mas é assim a vida. Não podemos esperar sentadinhos no sofá que nos caiam nas mãos formas gratuitas (e legais!) de obter o que quisermos da empresa homónima daquela que já patrocinou o Benfica. Mas deixemo-nos de falar de alegrias repentinas. Falemos, isso sim, de música!
Hoje, e visto que este é o meu último artigo de 2008, decidi fazer uma análise mais geral sobre alguns álbuns que saíram este ano. Na impossibilidade de me referir a todos, irei mencionar apenas dois álbuns portugueses e dois estrangeiros.
No que respeita ao panorama nacional, é indiscutível a entrada a pés juntos dos Deolinda com o álbum “Canção ao Lado”. Foram a revelação mais bombástica de 2008, acima de qualquer atentado na Faixa de Gaza, ou de qualquer paulada do Bynia. A lufada de ar fresco que vieram trazer aos nossos ouvidos assenta numa revitalização pós-modernista que a música portuguesa atravessa. O regresso ao passado é trazido por estes músicos com os pés bem assentes no futuro. E tudo isto apenas com duas guitarras, um contrabaixo e uma voz (sublime, diga-se de passagem).
Manel Cruz, com o seu “O Amor dá-me Tesão / Não Fui eu que o Estraguei” transporta-nos para um universo de cassete em que carregávamos no REC e no PAUSE ao mesmo tempo, esperando ansiosamente pela música que queríamos gravar. Ah, e fazíamos figas para que a música não fosse cortada no final por um inadequado compromisso comercial. Manel Cruz recorda-nos esses tempos, essas gravações, os cheiros da aparelhagem, os autocolantes pequeninos que nunca colavam na cassete, o som irritante a rebobinar… E fá-lo de uma forma genial. Não fosse ele um dos grandes músicos portugueses da actualidade.
Lá fora, não posso deixar de referir o regresso tão aguardado dos Metallica. É certo que o tempo não volta atrás, mas se voltasse, gostaria de cá ficar. A banda californiana regressou este ano com “Death Magnetic”, e misturou recordações antigas com saudades futuras. Força, garra, rapidez e virtuosismo, adjectivos que bem poderiam ser sinónimos de Metallica.
Para terminar, gostaria de referir a reedição do concerto dado no Carnegie Hall pelos músicos que ficaram para a história como Buena Vista Social Club. Um regresso que não cansa, mas antes descansa. Com os pés na água quente, um copo com um guarda-chuva espetado numa azeitona e um cachimbo na ponta dos lábios.
Apesar de já ter escrito sobre três dos quatro álbuns que refiro neste artigo, julgo que nunca é demais fazê-lo, até porque pertencem ao meu top de 2008. Em 2009, outros álbuns surgirão, novos sons, novas maneiras de ouvir esses sons, mas, acima de tudo, mais originalidade. Porque, se se quer ser o melhor, não vale a pena ser excelente quando se é igual.
Imagem: DR
Casting Stars
Mas é assim a vida. Não podemos esperar sentadinhos no sofá que nos caiam nas mãos formas gratuitas (e legais!) de obter o que quisermos da empresa homónima daquela que já patrocinou o Benfica. Mas deixemo-nos de falar de alegrias repentinas. Falemos, isso sim, de música!
Hoje, e visto que este é o meu último artigo de 2008, decidi fazer uma análise mais geral sobre alguns álbuns que saíram este ano. Na impossibilidade de me referir a todos, irei mencionar apenas dois álbuns portugueses e dois estrangeiros.
No que respeita ao panorama nacional, é indiscutível a entrada a pés juntos dos Deolinda com o álbum “Canção ao Lado”. Foram a revelação mais bombástica de 2008, acima de qualquer atentado na Faixa de Gaza, ou de qualquer paulada do Bynia. A lufada de ar fresco que vieram trazer aos nossos ouvidos assenta numa revitalização pós-modernista que a música portuguesa atravessa. O regresso ao passado é trazido por estes músicos com os pés bem assentes no futuro. E tudo isto apenas com duas guitarras, um contrabaixo e uma voz (sublime, diga-se de passagem).
Manel Cruz, com o seu “O Amor dá-me Tesão / Não Fui eu que o Estraguei” transporta-nos para um universo de cassete em que carregávamos no REC e no PAUSE ao mesmo tempo, esperando ansiosamente pela música que queríamos gravar. Ah, e fazíamos figas para que a música não fosse cortada no final por um inadequado compromisso comercial. Manel Cruz recorda-nos esses tempos, essas gravações, os cheiros da aparelhagem, os autocolantes pequeninos que nunca colavam na cassete, o som irritante a rebobinar… E fá-lo de uma forma genial. Não fosse ele um dos grandes músicos portugueses da actualidade.
Lá fora, não posso deixar de referir o regresso tão aguardado dos Metallica. É certo que o tempo não volta atrás, mas se voltasse, gostaria de cá ficar. A banda californiana regressou este ano com “Death Magnetic”, e misturou recordações antigas com saudades futuras. Força, garra, rapidez e virtuosismo, adjectivos que bem poderiam ser sinónimos de Metallica.
Para terminar, gostaria de referir a reedição do concerto dado no Carnegie Hall pelos músicos que ficaram para a história como Buena Vista Social Club. Um regresso que não cansa, mas antes descansa. Com os pés na água quente, um copo com um guarda-chuva espetado numa azeitona e um cachimbo na ponta dos lábios.
Apesar de já ter escrito sobre três dos quatro álbuns que refiro neste artigo, julgo que nunca é demais fazê-lo, até porque pertencem ao meu top de 2008. Em 2009, outros álbuns surgirão, novos sons, novas maneiras de ouvir esses sons, mas, acima de tudo, mais originalidade. Porque, se se quer ser o melhor, não vale a pena ser excelente quando se é igual.
Imagem: DR
Casting Stars
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
DOR CRÓNICACoca-Cola ou Água Benta
O Natal chegou e, para além do nascimento do Nicolau, é comemorada a fuga de Macaulay Culkin das garras dos dois ladrões. As músicas do George Michael ecoam nos centros comerciais e um hospital é escolhido para receber a Mila Ferreira e o Toy.
Mas para mim, o Natal é como um jogo, mais precisamente um jogo entre o Benfica e o Sporting. São muitos os preparativos, apoiantes, críticos, cânticos, fazem-se promessas… e no final do jogo volta tudo ao ponto inicial. Tal como no Natal. Amorzinho, beijinhos e caridadezinha durante quinze dias e depois passa tudo da validade. As campanhas acabam, os centros comerciais mandam os peluches de volta para o armário, e faz-se um delete de tudo o que é “crianças que precisam de ajuda”.
Mas eu até concordo porque, segundo notícias fidedignas, creio que só há crianças necessitadas nesta altura do ano. Nos outros meses, ninguém precisa de ligar o número-grátis-de-valor-acrescentado-se-faz-favor-a-sua-chamada-é-importante para ajudar pessoas que precisem. Porquê? Porque não há!
Voltando ao jogo, de um lado, o Pai Natal, do outro, o Menino Jesus. O Pai Natal é do Benfica, o Menino Jesus é do Sporting. Mas esta é uma observação óbvia até porque, se o Menino Jesus fosse do Benfica seria “Puto Jesus” ou “Catraio Jesus”. Depois, se há equipa que tem meninos no plantel é o Sporting… Já o Pai Natal, para além de se vestir de vermelho e andar desaparecido durante o ano, ainda dá prendas, tal como o Benfica dá aos seus adversários.
No fundo são duas figuras imaginárias que nos trazem doces para a mesa. Apesar de tudo, continuo a acreditar naquele que me dá mais certezas de existir. E como estamos em festa, um brinde ao Natal! Coca-Cola ou água benta, tanto faz…
Quinze
Imagem: DR
Mas para mim, o Natal é como um jogo, mais precisamente um jogo entre o Benfica e o Sporting. São muitos os preparativos, apoiantes, críticos, cânticos, fazem-se promessas… e no final do jogo volta tudo ao ponto inicial. Tal como no Natal. Amorzinho, beijinhos e caridadezinha durante quinze dias e depois passa tudo da validade. As campanhas acabam, os centros comerciais mandam os peluches de volta para o armário, e faz-se um delete de tudo o que é “crianças que precisam de ajuda”.
Mas eu até concordo porque, segundo notícias fidedignas, creio que só há crianças necessitadas nesta altura do ano. Nos outros meses, ninguém precisa de ligar o número-grátis-de-valor-acrescentado-se-faz-favor-a-sua-chamada-é-importante para ajudar pessoas que precisem. Porquê? Porque não há!
Voltando ao jogo, de um lado, o Pai Natal, do outro, o Menino Jesus. O Pai Natal é do Benfica, o Menino Jesus é do Sporting. Mas esta é uma observação óbvia até porque, se o Menino Jesus fosse do Benfica seria “Puto Jesus” ou “Catraio Jesus”. Depois, se há equipa que tem meninos no plantel é o Sporting… Já o Pai Natal, para além de se vestir de vermelho e andar desaparecido durante o ano, ainda dá prendas, tal como o Benfica dá aos seus adversários.
No fundo são duas figuras imaginárias que nos trazem doces para a mesa. Apesar de tudo, continuo a acreditar naquele que me dá mais certezas de existir. E como estamos em festa, um brinde ao Natal! Coca-Cola ou água benta, tanto faz…
Quinze
Imagem: DR
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
Carlos do Carmo - Fado Maestro
Fazer uma crítica musical já é algo de extremamente difícil. Não só impõe que exista uma análise cuidada do tema em causa, como também uma escolha criteriosa e extremamente cuidada das palavras a utilizar. Mais difícil se torna quando se fala de génios, de almas que ganharam voz e de poemas que foram semeados e cresceram nessa mesma voz que nos embala. Falo, simplesmente, de Carlos do Carmo.
As apresentações são dispensáveis. Apaguem as luzes, recolham o tapete, vendam os tambores… É preferível evitar o Grandioso com risco de ser pequeno demais para este senhor.
Para comemorar os seus 45 anos de carreira, Carlos do Carmo decidiu brindar-nos com um Best Of. Este “Fado Maestro” está dividido em três versões. Na primeira, são recordados fados como “Lisboa Menina e Moça”, “Os Putos”, “Um Homem na Cidade” ou “Canoas do Tejo”. Já a segunda versão é uma homenagem de Carlos do Carmo aos poetas que cantou. “O Cacilheiro”, “Fado Varina” e “Homem das Castanhas” são alguns dos exemplos. Esta edição especial engloba, para além do CD, o DVD Documentário “O Fado de Uma Vida”, realizado por Rui Pinto de Almeida. Neste DVD estão incluídos ainda 10 temas ao vivo, quatro gravados em Frankfurt e os restantes gravados em Lisboa. A terceira versão conta com o CD standard e com o DVD Documentário.
Carlos do Carmo é um homem que canta gerações, que declama saudades e vidas nuas de um sítio real, de uma rua com roupa à varanda, de um largo com duas balizas feitas de pedra. A sua voz é o seu castelo, o seu novelo onde descansa o olhar numa estrela da tarde.
Sobre Carlos do Carmo, João Lobo Antunes escreveu: “A comparação é talvez fútil, mas eu atrevo-me a dizer que Marceneiro cantou os fados de Lisboa, e Carlos do Carmo canta Lisboa em fado. E por isso, quando longe desta cidade eu o ouvia, ele trazia-me sempre naquilo que cantava, a cor, o ruído, o cheiro, a gente, o paradoxo de uma saudade que doía e, ao mesmo tempo, consolava.”
As apresentações são dispensáveis. Apaguem as luzes, recolham o tapete, vendam os tambores… É preferível evitar o Grandioso com risco de ser pequeno demais para este senhor.
Para comemorar os seus 45 anos de carreira, Carlos do Carmo decidiu brindar-nos com um Best Of. Este “Fado Maestro” está dividido em três versões. Na primeira, são recordados fados como “Lisboa Menina e Moça”, “Os Putos”, “Um Homem na Cidade” ou “Canoas do Tejo”. Já a segunda versão é uma homenagem de Carlos do Carmo aos poetas que cantou. “O Cacilheiro”, “Fado Varina” e “Homem das Castanhas” são alguns dos exemplos. Esta edição especial engloba, para além do CD, o DVD Documentário “O Fado de Uma Vida”, realizado por Rui Pinto de Almeida. Neste DVD estão incluídos ainda 10 temas ao vivo, quatro gravados em Frankfurt e os restantes gravados em Lisboa. A terceira versão conta com o CD standard e com o DVD Documentário.
Carlos do Carmo é um homem que canta gerações, que declama saudades e vidas nuas de um sítio real, de uma rua com roupa à varanda, de um largo com duas balizas feitas de pedra. A sua voz é o seu castelo, o seu novelo onde descansa o olhar numa estrela da tarde.
Sobre Carlos do Carmo, João Lobo Antunes escreveu: “A comparação é talvez fútil, mas eu atrevo-me a dizer que Marceneiro cantou os fados de Lisboa, e Carlos do Carmo canta Lisboa em fado. E por isso, quando longe desta cidade eu o ouvia, ele trazia-me sempre naquilo que cantava, a cor, o ruído, o cheiro, a gente, o paradoxo de uma saudade que doía e, ao mesmo tempo, consolava.”
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Simone no meu poema
Hoje tive o extremo prazer de conhecer pessoalmente Simone de Oliveira! A voz, a luta, a raiva, a certeza, a dúvida, o carinho, as lágrimas... Obrigado! Obrigado! Obrigado!
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Eva
domingo, 14 de dezembro de 2008
sábado, 13 de dezembro de 2008
Mais um artigo (vá, um remix), mas desta vez para o CS
Há um culto à volta destes senhores, e eu tenho muito gosto em dizer que faço parte dele. Não envolve sacrifícios de animais, leitura de cartas nem uniões de sangue. Os Metallica criaram o seu espaço muito cedo, na década de 80, com álbuns tão geniais como "Kill 'em All", "Ride the Lightning" ou "Master of Puppets". Em 2008, surge "Death Magnetic", o primeiro com Rick Rubin aos comandos da produção. O título do álbum é uma homenagem "a todas as estrelas de rock que já morreram", como explica James Hetfield.
Artigo completo aqui.
Artigo completo aqui.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
..
DOR CRÓNICALOL*
Hoje começo o texto a rir. Não porque tenha visto um jogo da Selecção ou porque tenha ouvido uma anedota do Donaltim. Aliás, o único ponto comum destes dois exemplos é o de provocarem exactamente a reacção contrária ao riso. E eu não quero isso, pelo menos hoje, que decidi escrever sobre essa tão bonita e esplendorosa palavra lusitana que é o LOL.
Só a sua sonoridade nos leva a fazer aquele som ridículo com a boca tapando-a logo de seguida, enquanto espreitamos pelo canto do olho o alvo do nosso gozo. A própria palavra LOL é difícil de dizer, faz-nos enrolar a língua e expulsar qualquer coisa que tenhamos presa ao céu-da-boca. Mas também para nós portugueses sempre foi difícil transmitir qualquer riso.
Somos umas pessoas tristes. Gostamos de saber que estamos na cauda da Europa, olhamos o chão como se o estivéssemos a decorar para um exame, maldizemos tudo e mais alguma coisa e nunca tiramos a mão do queixo. A não ser quando recebemos uma mensagem! Não somos capazes de sair do sofá para ir dar uma corrida, mas fartamo-nos de fazer exercício todos os dias com os nossos dedos. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos! Não digo segundos porque é uma palavra a que não estamos muito habituados. A não ser que só haja duas equipas ou dois países ou duas economias.
Com três letrinhas apenas se escreve a palavra LOL. Também se escreve a palavra MÃE, é verdade, mas eu tenho para mim que quando deus inventou esta bonita frase (sim, eu acredito em frases), escolheu a palavra LOL em vez de MÃE, até porque nunca teve nenhuma.
Virando-me agora para a realidade, acho que, mais tarde ou mais cedo, vamos deixar de falar, de rir, de chorar ou até de cantar para o fazermos só com as pontas dos dedos. Se bem que não seria mau de todo. Há duetos de Natal que preferia conhecer apenas por mensagem.
De qualquer das formas, tenho que admitir que LOL é a única palavra de três letras que me faz rir. Ah, e PSD...
* abreviatura da expressão Laughing Out Loud que, na língua de Shakespeare (o Camões inglês com dois olhos), significa “rindo a bandeiras despregadas”
Quinze
Só a sua sonoridade nos leva a fazer aquele som ridículo com a boca tapando-a logo de seguida, enquanto espreitamos pelo canto do olho o alvo do nosso gozo. A própria palavra LOL é difícil de dizer, faz-nos enrolar a língua e expulsar qualquer coisa que tenhamos presa ao céu-da-boca. Mas também para nós portugueses sempre foi difícil transmitir qualquer riso.
Somos umas pessoas tristes. Gostamos de saber que estamos na cauda da Europa, olhamos o chão como se o estivéssemos a decorar para um exame, maldizemos tudo e mais alguma coisa e nunca tiramos a mão do queixo. A não ser quando recebemos uma mensagem! Não somos capazes de sair do sofá para ir dar uma corrida, mas fartamo-nos de fazer exercício todos os dias com os nossos dedos. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos! Não digo segundos porque é uma palavra a que não estamos muito habituados. A não ser que só haja duas equipas ou dois países ou duas economias.
Com três letrinhas apenas se escreve a palavra LOL. Também se escreve a palavra MÃE, é verdade, mas eu tenho para mim que quando deus inventou esta bonita frase (sim, eu acredito em frases), escolheu a palavra LOL em vez de MÃE, até porque nunca teve nenhuma.
Virando-me agora para a realidade, acho que, mais tarde ou mais cedo, vamos deixar de falar, de rir, de chorar ou até de cantar para o fazermos só com as pontas dos dedos. Se bem que não seria mau de todo. Há duetos de Natal que preferia conhecer apenas por mensagem.
De qualquer das formas, tenho que admitir que LOL é a única palavra de três letras que me faz rir. Ah, e PSD...
* abreviatura da expressão Laughing Out Loud que, na língua de Shakespeare (o Camões inglês com dois olhos), significa “rindo a bandeiras despregadas”
Quinze
domingo, 7 de dezembro de 2008
Americana tinha verme a viver na cabeça
Uma americana foi operada a um tumor na cabeça, mas durante a intervenção cirúrgica os médicos constataram que o que estava junto ao seu cérebro era um verme bem alimentado e não o início de um cancro.
in Sol
Afinal não é só a Manuela Ferreira Leite.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Buena Vista Social Club at Carnegie Hall
Em 1996, o músico Ry Cooder fez uma das viagens mais úteis da humanidade. Foi a Cuba e, juntamente com Wim Wenders, deu a conhecer ao mundo a alma deste povo, através do documentário "Buena Vista Social Club". Em 1998, os artistas cubanos deslocaram-se ao Carnegie Hall, em Nova Iorque e proporcionaram ao público presente uma das melhores noites de música da história. Dez anos mais tarde, eis que surge a melhor prenda de Natal, de Aniversário, de Casamento ou até mesmo de Divórcio. Porque, apesar de tudo, ninguém fica indiferente ao que sai das colunas da aparelhagem. Ibrahim Ferrer, Compay Segundo, Omara Portuondo e Ruben Gonzalez são apenas alguns dos nomes que podem flutuar pelos recantos do nosso quarto ou pelos vidros embaciados do carro.
Ouvir este cd é pôr a chave na ignição, ajeitar o chapéu de palha, ouvir o ronronar do motor e andar a 30 km/h com a brisa do mar a soprar-nos na cara. Paramos o carro, entramos no café, pedimos uma Cuba Libre (baixinho que não queremos chatices...), e jogamos mais uma partida de xadrez.
A identidade de um povo é reflectida como um espelho pelos artistas que preencheram o palco nesta magnífica noite de 1 de Julho de 1998. Desde o “Chan Chan”, onde abanamos as ancas como autênticos dançarinos (pelo menos mentalmente), passando pelo “Dos Gardenias”, onde fechamos os olhos e imaginamos a nossa cara-metade toda derretidinha a ouvir-nos cantar, este disco duplo transporta-nos para um outro mundo de notas quentes. Todas as outras catorze músicas “apenas” nos tiram os pés do chão e nos fazem comichões na barriga.
"Buena Vista Social Club" recebeu o Grammy de melhor álbum de World Music e é o disco mais vendido da categoria na história. E é por isto e por tudo o mais que não disse que este é um álbum que devemos, não comprar, mas trocar por uns míseros euros na loja mais próxima, não trazê-lo para casa dentro de um saco plástico, mas acompanhá-lo pela mão, não ouvir, mas escutar.
Dos gardenias para ti con ellas quiero decir te quiero, te adoro, mi vida. Ponles toda tu atencion porque son tu corazon y el mio. Dos gardenias para ti que tendran todo el calor de un beso. De esos besos que te di y que jamas encontraras en el calor de otro querer.
Ouvir este cd é pôr a chave na ignição, ajeitar o chapéu de palha, ouvir o ronronar do motor e andar a 30 km/h com a brisa do mar a soprar-nos na cara. Paramos o carro, entramos no café, pedimos uma Cuba Libre (baixinho que não queremos chatices...), e jogamos mais uma partida de xadrez.
A identidade de um povo é reflectida como um espelho pelos artistas que preencheram o palco nesta magnífica noite de 1 de Julho de 1998. Desde o “Chan Chan”, onde abanamos as ancas como autênticos dançarinos (pelo menos mentalmente), passando pelo “Dos Gardenias”, onde fechamos os olhos e imaginamos a nossa cara-metade toda derretidinha a ouvir-nos cantar, este disco duplo transporta-nos para um outro mundo de notas quentes. Todas as outras catorze músicas “apenas” nos tiram os pés do chão e nos fazem comichões na barriga.
"Buena Vista Social Club" recebeu o Grammy de melhor álbum de World Music e é o disco mais vendido da categoria na história. E é por isto e por tudo o mais que não disse que este é um álbum que devemos, não comprar, mas trocar por uns míseros euros na loja mais próxima, não trazê-lo para casa dentro de um saco plástico, mas acompanhá-lo pela mão, não ouvir, mas escutar.
Dos gardenias para ti con ellas quiero decir te quiero, te adoro, mi vida. Ponles toda tu atencion porque son tu corazon y el mio. Dos gardenias para ti que tendran todo el calor de un beso. De esos besos que te di y que jamas encontraras en el calor de otro querer.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Sabes que começou no A
O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa respondeu da seguinte forma à possibilidade de se candidatar a presidente do PSD:
"Enne Á Ó Til"
Ou seja, NAO~, ou então NAÕ. O que é um bocadinho estranho, ainda para mais sendo ele professor... Se fosse avaliador, isto era já uma nega em cima, que é para aprender a soletrar bem as palavras.
Já que estamos numa de forrobodó com as palavras, cá vai um bonito trocadilho (possível slogan do partido laranja):
PS- Dê, vai ver que não dói nada.
Se soubesse tinha lavado os dentes ou o...
Um dos melhores sketches desta nova temporada...
... lembrou-me este
... lembrou-me este
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