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O primeiro álbum “Berlengas Connection” deu início a um percurso que se vislumbra longo. As guitarras, a bateria e o teclado empregam sons inovadores que nos transportam para um filme passado algures entre Marte e Júpiter (não necessariamente entre estes dois planetas, mas dá jeito nomear alguns, para que a metáfora funcione. Podia dizer entre Vila do Conde e Alfornelos, mas a mesma não faria muito sentido).
Depois deste parêntesis galáctico, talvez seja mesmo melhor arranjar uma explicação mais plausível que defina o género musical dos The All Star Project. Influências várias, passando por Pink Floyd, The Beatles, Spiritualized e My Bloody Valentine. Todos deram uma forte ajuda na construção do seu mais recente álbum “Your Reward… A Bullet”, um álbum claramente pós-rock. Porém, este ano de 2009 contará com um novo trabalho dos leirienses que assinaram recentemente contrato com a produtora independente norte-americana “Forgotten Empire Records”, permitindo um alargamento a novos mercados, para além do alemão, belga, inglês e japonês, já explorados pela sua editora “Rastilho Records”.
“Desconhecidos localmente, aproveitados globalmente” poderia muito bem ser o slogan desta banda. A verdade é que os TAP foram convidados a colocar a sua música “Empire” num filme do Andy Warhol. Sim, é verdade, não leram mal. O convite surgiu pelo IMAGO, Festival Internacional de Cinema, e consistiu em criar uma banda sonora original que seria executada ao vivo durante a rodagem do filme e que servisse de abertura ao festival em 2007. Assim foi.
A progressão dos TAP está a ser visível e, caso disso, são muitos dos prémios que já receberam. O segundo EP, “Something to do with death”, lançado em 2006, foi escolhido pelos ouvintes da RUC – Rádio Universidade de Coimbra como o melhor português do ano passado. E o auditório considerou “The third man” o quinto tema nacional, sendo que o melhor foi “Fácil de entender”, dos alcobacenses The Gift. Com grande expressão na Antena 3, os TAP vão subindo degraus seguros rumo ao estrelato.
Numa iniciativa inédita, a banda estabeleceu uma parceria com o histórico do futebol nacional, o Sport Clube Leiria e Marrazes. Publicidade nas camisolas em troca de música, é este o acordo. E parece estar a dar resultado, quer para um lado, quer para o outro. Para breve, está a criação do Hino do clube.
Acima de tudo, a música portuguesa está de parabéns! Novos valores se apoderam do mercado. Pena que não sejam tão divulgados quanto a sua qualidade o permite. Um projecto com todas as estrelas.
Casting Stars
E com a grande ajuda da excelente entrevista feita pelo meu amigo Gaspar! Obrigado! Ah, e visitem a Rubrica Maltratada, um excelente blogue!
1 comentário:
Banda sonora para um filme sem som? Muito bom!
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