Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Não havia... necessidade....
"Segundo a PSP, houve 'iminência de confrontos físicos' causados pela capa do livro"
Correcção: "Segundo a PSP, houve "iminência de confrontos físicos" durante a captação da fotografia que viria a ser capa do livro"
in Público
Correcção: "Segundo a PSP, houve "iminência de confrontos físicos" durante a captação da fotografia que viria a ser capa do livro"
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
I'm Wolverine!!
Peço desculpa por esta onda tailandesa de vídeos, mas este é digno de ser visto e revisto várias e várias vezes ao dia. Um excelente início hollywoodesco de Hugh Jackman.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
AC/DC - Portugal, 3 Junho
Hoje, por ironia do destino, vou escrever uma crónica que, no seu corpo longo e esguio de texto, tem as malditas palavras “Estádio Alvalade XXI”. Qualquer texto que eu pensasse em escrever incluiria todas as palavras de todas as línguas do mundo, menos aquelas três, ordenadas daquela forma… Triste fado o meu!
Porém, alegre rock! Porque os AC/DC vão estar nesse sítio que referi (e cujo nome me recuso a reescrever) no dia 3 de Junho. Até aqui tudo bem (ou melhor, tudo excelente!), mas o facto de terem sido vendidos mais de 16 mil bilhetes em apenas duas horas, deixa as coisas um bocadinho complicadas para quem tenciona assistir ao concerto.
Cada pessoa pode adquirir apenas quatro bilhetes. Portanto, façam as contas, ponham gasolina no carro, apanhem a auto-estrada (para o Inferno) e toca a comprar bilhete que não tarda esgotam. Entre 55 e 60 euros, coisa barata…
Este é o seu segundo concerto em Portugal, treze anos depois de uma passagem pelo Estádio do Restelo (também me custa escrever estas palavras, menos do que aquelas lá de cima, é um facto). O espectáculo integra a digressão suportada no álbum “Black Ice” e grande parte das actuações já está esgotada. Em Madrid, onde actuarão a 05 de Junho no estádio Estádio Vicente Calderón, os bilhetes esgotaram em três horas.
“Black Ice” surge após um intervalo de oito anos, no que respeita à edição de álbuns de inéditos. Angus Young, Malcolm Young, Brian Johnson, Phil Rudd e Cliff Williams prometem um excelente espectáculo, com guitarradas, gritos, saltinhos um bocado amaricados mas que têm uma pinta do caraças e boinas, muitas boinas.
Em todo o mundo já foram vendidos mais de 200 milhões de cópias de discos do AC/DC, sendo que 18 milhões foram apenas nos últimos cinco anos.
Olhem ali um elefante azul em cima daquela árvore! Ainda bem que olharam porque, por esta altura, já estou eu a caminho da bilheteira.
Casting Stars
Porém, alegre rock! Porque os AC/DC vão estar nesse sítio que referi (e cujo nome me recuso a reescrever) no dia 3 de Junho. Até aqui tudo bem (ou melhor, tudo excelente!), mas o facto de terem sido vendidos mais de 16 mil bilhetes em apenas duas horas, deixa as coisas um bocadinho complicadas para quem tenciona assistir ao concerto.
Cada pessoa pode adquirir apenas quatro bilhetes. Portanto, façam as contas, ponham gasolina no carro, apanhem a auto-estrada (para o Inferno) e toca a comprar bilhete que não tarda esgotam. Entre 55 e 60 euros, coisa barata…
Este é o seu segundo concerto em Portugal, treze anos depois de uma passagem pelo Estádio do Restelo (também me custa escrever estas palavras, menos do que aquelas lá de cima, é um facto). O espectáculo integra a digressão suportada no álbum “Black Ice” e grande parte das actuações já está esgotada. Em Madrid, onde actuarão a 05 de Junho no estádio Estádio Vicente Calderón, os bilhetes esgotaram em três horas.
“Black Ice” surge após um intervalo de oito anos, no que respeita à edição de álbuns de inéditos. Angus Young, Malcolm Young, Brian Johnson, Phil Rudd e Cliff Williams prometem um excelente espectáculo, com guitarradas, gritos, saltinhos um bocado amaricados mas que têm uma pinta do caraças e boinas, muitas boinas.
Em todo o mundo já foram vendidos mais de 200 milhões de cópias de discos do AC/DC, sendo que 18 milhões foram apenas nos últimos cinco anos.
Olhem ali um elefante azul em cima daquela árvore! Ainda bem que olharam porque, por esta altura, já estou eu a caminho da bilheteira.
Casting Stars
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Mais um show de bola
FUTSAL
18 de Fevereiro de 2009
Santos da Venda Nova
REDACÇÃO – 10
TÉCNICOS – 9
Um desfecho que já se vem tornando um hábito. Talvez seja esta a frase indicada para descrever o que se passou ontem à noite no ringue do Santos Futebol Clube da Venda Nova.
Localizado algures entre Massamá e Bruxelas, este espaço acolheu, pela primeira vez, o dérbi que opôs duas facções do Rádio Clube: a Redacção e a Técnica. Foi o segundo jogo entre estas duas potências do futebol de rua, com a equipa da Redacção a alcançar a mais que provável segunda vitória.
A noite pairava sobre o recinto e o frio enregelava os corpos com ameaças de hipotermia. Porém, a força física e mental destes guerreiros superou toda e qualquer adversidade que poderia surgir. Ao longe, ouvia-se música, mas foi dentro das quatro linhas que teve lugar o baile.
Com algumas ausências de vulto, a equipa da Redacção não deixou os seus créditos por mãos alheias, apresentando na equipa os fabulosos Paulo Rico (o Rolando em competência num corpo de Beckham nos relvados), Diogo Batáguas (a astúcia de Ruben Amorim com a visão de jogo de Tarik Sektioui), André Pereira (mistura o rigor de Raul Meireles com a força de Yebda) e João Alexandre (a técnica de Izmailov aliada à competência táctica de Maxi Pereira). Estes brilhantes e excepcionais músicos de toda uma orquestra denominada Redacção fizeram balançar a rede adversária por dez vezes, contra umas míseras e escassas nove vezes por parte dos Técnicos.
Estes, por seu turno, depositaram em Ricardo Paulo (o nosso Carlos Martins - tem técnica mas pouco mais...) e em Hugo Miranda (técnica de Romagnoli e velocidade de Urreta) as suas esperanças que, à partida, seriam e serão sempre infundadas.
Nem com Obama na equipa a vitória lhes sorriu. Não, eles não conseguiram!
18 de Fevereiro de 2009
Santos da Venda Nova
REDACÇÃO – 10
TÉCNICOS – 9
Um desfecho que já se vem tornando um hábito. Talvez seja esta a frase indicada para descrever o que se passou ontem à noite no ringue do Santos Futebol Clube da Venda Nova.
Localizado algures entre Massamá e Bruxelas, este espaço acolheu, pela primeira vez, o dérbi que opôs duas facções do Rádio Clube: a Redacção e a Técnica. Foi o segundo jogo entre estas duas potências do futebol de rua, com a equipa da Redacção a alcançar a mais que provável segunda vitória.
A noite pairava sobre o recinto e o frio enregelava os corpos com ameaças de hipotermia. Porém, a força física e mental destes guerreiros superou toda e qualquer adversidade que poderia surgir. Ao longe, ouvia-se música, mas foi dentro das quatro linhas que teve lugar o baile.
Com algumas ausências de vulto, a equipa da Redacção não deixou os seus créditos por mãos alheias, apresentando na equipa os fabulosos Paulo Rico (o Rolando em competência num corpo de Beckham nos relvados), Diogo Batáguas (a astúcia de Ruben Amorim com a visão de jogo de Tarik Sektioui), André Pereira (mistura o rigor de Raul Meireles com a força de Yebda) e João Alexandre (a técnica de Izmailov aliada à competência táctica de Maxi Pereira). Estes brilhantes e excepcionais músicos de toda uma orquestra denominada Redacção fizeram balançar a rede adversária por dez vezes, contra umas míseras e escassas nove vezes por parte dos Técnicos.
Estes, por seu turno, depositaram em Ricardo Paulo (o nosso Carlos Martins - tem técnica mas pouco mais...) e em Hugo Miranda (técnica de Romagnoli e velocidade de Urreta) as suas esperanças que, à partida, seriam e serão sempre infundadas.
Nem com Obama na equipa a vitória lhes sorriu. Não, eles não conseguiram!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Palavras para quê?
"O princípio base da vida é a procriação"
PADRE Vaz Pinto
ontem no "Prós e Contras"
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
dR. estranho amor
É triste mas é verdade. Há um dia para os namoradinhos darem beijinhos muito agarradinhos um ao outro. Se não puderem dar beijinhos muito agarradinhos um ao outro, mandam mensagenzinhas com muitos asteriscozinhos um ao outro.
No fundo, desde que haja “um” e “outro” tudo faz sentido neste dia tão amoroso quanto parvo. Porque o amor é isso mesmo, parvo e aquilo que o Miguel Esteves Cardoso escreveu. O amor estranha-se, entranha-se e pimba. Lá vamos nós arrastados pelos colarinhos a bater com o queixo no chão. Cara rasgada, joelhos esfolados e coração escangalhado. “Pode-me receitar alguma coisa para as dores, senhor doutor?”
Os Dr Estranho Amor são uma banda portuguesa que, através da sua melancolia musical, me faz recordar os Ornatos Violeta. Talvez seja uma comparação muito óbvia e simultaneamente muito arriscada, mas foi o que me veio logo à cabeça mal carreguei no play.
O seu single de apresentação “Mais do Mesmo” já anda a rodar nas rádios nacionais, sendo lançado em cd hoje, Dia dos Namorados. No entanto, no seu myspace, já se podem ouvir outras (excelentes) músicas, tais como “Wishky Mundo Novo”, “Arte de Dar” ou “Fim de Hollywood”.
Zeal na voz, Cebola no baixo, Tutxi na bateria, Borges nas teclas, Madeira e Hugo Costa nas guitarras, moldam este coração de um doutor estranho, muito estranho… Mas bom! Um pop rock muito próprio, em português e com laivos de angústia na voz e nas melodias. “Se não acreditas nas coisas do coração, pode ser que um dia caias no erro outra vez…”
No fundo, desde que haja “um” e “outro” tudo faz sentido neste dia tão amoroso quanto parvo. Porque o amor é isso mesmo, parvo e aquilo que o Miguel Esteves Cardoso escreveu. O amor estranha-se, entranha-se e pimba. Lá vamos nós arrastados pelos colarinhos a bater com o queixo no chão. Cara rasgada, joelhos esfolados e coração escangalhado. “Pode-me receitar alguma coisa para as dores, senhor doutor?”
Os Dr Estranho Amor são uma banda portuguesa que, através da sua melancolia musical, me faz recordar os Ornatos Violeta. Talvez seja uma comparação muito óbvia e simultaneamente muito arriscada, mas foi o que me veio logo à cabeça mal carreguei no play.
O seu single de apresentação “Mais do Mesmo” já anda a rodar nas rádios nacionais, sendo lançado em cd hoje, Dia dos Namorados. No entanto, no seu myspace, já se podem ouvir outras (excelentes) músicas, tais como “Wishky Mundo Novo”, “Arte de Dar” ou “Fim de Hollywood”.
Zeal na voz, Cebola no baixo, Tutxi na bateria, Borges nas teclas, Madeira e Hugo Costa nas guitarras, moldam este coração de um doutor estranho, muito estranho… Mas bom! Um pop rock muito próprio, em português e com laivos de angústia na voz e nas melodias. “Se não acreditas nas coisas do coração, pode ser que um dia caias no erro outra vez…”
DOR CRÓNICA
Amor
Hoje comemora-se o Dia dos Namorados e o Dia Nacional do Doente Coronário. Pode ser coincidência, mas eu acho que foi uma escolha muito bem pensada. (Sim, porque há um senhor algures numa catacumba que escolhe a que dias correspondem o quê – dia da árvore, do museu, das fotocópias e até do amor). Esta coincidência só demonstra que “o amor é uma doença”. E sim, “nele julgamos ver a nossa cura”. Pena não poder ser tratada com xanax e aspegic.
Este é o dia para os beijinhos e abraços de uns e para os Jack Daniels e cigarros de outros. Se há quem aproveite para passear com a sua cara metade, há também quem tire o dia para destruir a sua metade da cara. Pelo menos a de dentro. Porque, quem vê caras não vê corações. E quem vê corações não vê caras, é a talvez a única explicação para que a Manuela Moura Guedes seja casada.
O amor não pede licença para entrar. Entra e pronto. Mesmo que a porta esteja fechada à chave. No amor, passa-se o mesmo que se passa no caso Freeport. Todos são culpados, mesmo não havendo provas. Escolhe-se um alvo, manda-se uma carta anónima e acusa-se a pessoa de ter entrado no nosso coração e que agora não a conseguimos tirar daqui, e a culpa é dela, não deveria ter feito isso, amo-te, dói e nunca mais te quero ver, és má!
O amor é rápido, inconsciente e traumático. É tal e qual uma nódoa negra. Quanto mais carregarmos mais dói, mas dá um prazer do caraças e uma enorme sensação de alívio. Mas continua a doer no coração. Mas porquê no coração? Não se pode sentir amor com o rim, ou com o fígado? Tinha muito mais piada enviar uma caixinha de chocolates em forma de intestino, por exemplo. E até faria mais sentido. Tal como o amor, também dá muitas voltas, é maior do que o nosso próprio tamanho e tem o mesmo fim...
Este é o dia para os beijinhos e abraços de uns e para os Jack Daniels e cigarros de outros. Se há quem aproveite para passear com a sua cara metade, há também quem tire o dia para destruir a sua metade da cara. Pelo menos a de dentro. Porque, quem vê caras não vê corações. E quem vê corações não vê caras, é a talvez a única explicação para que a Manuela Moura Guedes seja casada.
O amor não pede licença para entrar. Entra e pronto. Mesmo que a porta esteja fechada à chave. No amor, passa-se o mesmo que se passa no caso Freeport. Todos são culpados, mesmo não havendo provas. Escolhe-se um alvo, manda-se uma carta anónima e acusa-se a pessoa de ter entrado no nosso coração e que agora não a conseguimos tirar daqui, e a culpa é dela, não deveria ter feito isso, amo-te, dói e nunca mais te quero ver, és má!
O amor é rápido, inconsciente e traumático. É tal e qual uma nódoa negra. Quanto mais carregarmos mais dói, mas dá um prazer do caraças e uma enorme sensação de alívio. Mas continua a doer no coração. Mas porquê no coração? Não se pode sentir amor com o rim, ou com o fígado? Tinha muito mais piada enviar uma caixinha de chocolates em forma de intestino, por exemplo. E até faria mais sentido. Tal como o amor, também dá muitas voltas, é maior do que o nosso próprio tamanho e tem o mesmo fim...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Já repararam que dia é hoje?
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Oasis no Atlântico
Os irmãos Gallagher regressam a Portugal quatro anos depois da última visita. Desta vez, os Oasis irão pisar o Pavilhão Atlântico. Pisar, espezinhar, torturar e talvez destruir o Pavilhão Atlântico, melhor dizendo.
Uma das bandas de culto dos anos 90, pela quarta vez no nosso país (pelo menos legalmente), promete um espectáculo bombástico, semelhante ao da semana passada na Palestina. Dizer que Noel e Liam Gallagher são rapazes de coro que bebem leitinho antes de ir para a cama e que choram a ver o Casablanca é tão verdade como terem estado realmente naquele “país”.
Políticas e explosões aparte, falemos desta banda que tem nome de coisa que não existe. Sem dúvida que o seu álbum “Definitely Maybe” marcou toda uma franja musical que hoje já é casada e começa a ter filhos. Ainda hoje, este mesmo álbum serve de ponto de comparação sempre que se fala em estreias agradavelmente inesperadas. Com 100 mil cópias vendidas nos primeiros quatro dias, alcançou o título de disco que mais rapidamente foi vendido. Quase tão rápido como a permanência do Santana Lopes como primeiro-ministro.
Mas não nos podemos esquecer do sucesso que teve o álbum seguinte “(What's The Story) Morning Glory?”, onde podemos encontrar algumas das músicas que mais andam nas bocas dos fãs, “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” ou “Roll With It”.
Curiosamente, Noel Gallagher já não pode ouvir a “Wonderwall”, tantas foram as vezes que a tocaram e o sucesso que atingiu. Talvez mesmo por isso se tenha tornado aborrecido e até mesmo enjoativo tocar os mesmos acordes… Um pouco à semelhança do que se passa com os Radiohead, que se recusam a tocar o “Creep” nos seus concertos.
Para o concerto de dia 15 de Fevereiro, a banda britânica irá mostrar ao público português as novas músicas do seu mais recente disco, “Dig Out Your Soul”, lançado no final do ano passado. Em palco, estarão, para além dos rufias Noel e Liam Gallagher, o guitarrista Gem Archer, o baixista Andy Bell e o baterista Chris Sharrock.
Para terminar, é ou não estranho haver oásis no Atlântico?
Casting Stars
Uma das bandas de culto dos anos 90, pela quarta vez no nosso país (pelo menos legalmente), promete um espectáculo bombástico, semelhante ao da semana passada na Palestina. Dizer que Noel e Liam Gallagher são rapazes de coro que bebem leitinho antes de ir para a cama e que choram a ver o Casablanca é tão verdade como terem estado realmente naquele “país”.
Políticas e explosões aparte, falemos desta banda que tem nome de coisa que não existe. Sem dúvida que o seu álbum “Definitely Maybe” marcou toda uma franja musical que hoje já é casada e começa a ter filhos. Ainda hoje, este mesmo álbum serve de ponto de comparação sempre que se fala em estreias agradavelmente inesperadas. Com 100 mil cópias vendidas nos primeiros quatro dias, alcançou o título de disco que mais rapidamente foi vendido. Quase tão rápido como a permanência do Santana Lopes como primeiro-ministro.
Mas não nos podemos esquecer do sucesso que teve o álbum seguinte “(What's The Story) Morning Glory?”, onde podemos encontrar algumas das músicas que mais andam nas bocas dos fãs, “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” ou “Roll With It”.
Curiosamente, Noel Gallagher já não pode ouvir a “Wonderwall”, tantas foram as vezes que a tocaram e o sucesso que atingiu. Talvez mesmo por isso se tenha tornado aborrecido e até mesmo enjoativo tocar os mesmos acordes… Um pouco à semelhança do que se passa com os Radiohead, que se recusam a tocar o “Creep” nos seus concertos.
Para o concerto de dia 15 de Fevereiro, a banda britânica irá mostrar ao público português as novas músicas do seu mais recente disco, “Dig Out Your Soul”, lançado no final do ano passado. Em palco, estarão, para além dos rufias Noel e Liam Gallagher, o guitarrista Gem Archer, o baixista Andy Bell e o baterista Chris Sharrock.
Para terminar, é ou não estranho haver oásis no Atlântico?
Casting Stars
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Ai agora não falas de arbitragem, é?!?!
Gostava de partilhar este excelente post retirado do blogue Bitaites.
CANDIDATOS AO ÓSCAR
Como é que me posso candidatar?
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Ops... parece que já não venho aqui há algum tempo
E, por isso, peço desculpa a todos os que costumam visitar o meu blogue. A razão para este meu desaparecimento momentâneo em nada tem a ver com o facto de ter ido de férias para a Praia da Luz.
Simplesmente por duas razões:
1- porque, como disse, não tem a ver com isso
2- porque não fui para a Praia da Luz
Brevemente surgirão novidades e actualizações diárias. Prometo!!!
Simplesmente por duas razões:
1- porque, como disse, não tem a ver com isso
2- porque não fui para a Praia da Luz
Brevemente surgirão novidades e actualizações diárias. Prometo!!!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
O Pós-Modernismo na Música Portuguesa Actual
A Música Portuguesa actual está, indubitavelmente, associada ao fenómeno Pós-Modernista que a nossa sociedade atravessa. A inclusão de determinados conceitos pós-modernos na nossa música faz dela um dos pilares vanguardistas do tempo actual. A Naifa, Deolinda e Donna Maria são três conjuntos musicais que reúnem características muito próprias mas, simultaneamente, idênticas entre si. Este é um fenómeno que está, gradualmente, a ganhar uma forma mais vincada no panorama musical português. São cada vez mais as bandas que unem vários universos musicais, através da junção de instrumentos, vozes e até roupagens.
Atravessamos um período pós-modernista em que vivemos e construímos com base na recolha e na reutilização de ideias e conceitos que tiveram lugar no passado. Com isto, não estamos a querer dizer que aniquilámos a nossa criatividade e que apenas existimos e produzimos com mero recurso ao que já aconteceu, ao que já existiu, ao que já se disse. Antes pelo contrário. A Pós-Modernidade é caracterizada como uma forte aptidão para o unir de diferenças que, juntas, podem funcionar melhor ou, pelo menos, de uma forma distinta. Desta forma, há um caminho que nos conduz à inovação. Esta ideia de inovar emerge com o pensamento moderno. Uma outra ideia associada ao conceito de evolução é a do paralelismo entre a Arte e Sociedade. A conjugação destas duas ideias justifica a inovação, uma vez que a História não se repete. O pós-modernismo não é uma invenção, uma teoria, uma tese, uma ideologia. O pós-modernismo é o que estamos a viver. É o mundo em que estamos embutidos que é diferente do mundo de Marx. É a complexidade, a difusão, o pluralismo, são as múltiplas faces de um mesmo entendimento, são as diversas formas de interpretação, é a possibilidade de flexibilização, é o fim do maniqueísmo puro e simples, é o fim dos códigos prontos, da escravidão pela religião com deus e sem deus. O pós-modernismo é o materialismo.
A música portuguesa tem sofrido algumas alterações nos últimos anos. Apesar de se manterem nomes incontornáveis como Carlos do Carmo, Rui Veloso, Sérgio Godinho, Jorge Palma, Xutos & Pontapés, entre outros, há toda uma panóplia de artistas que se vão renovando a si mesmos e à própria música nacional. A introdução de novas sonoridades, através da inclusão de instrumentos já “esquecidos” ou menos apreciados, o regresso da recordação ou a retoma do espírito nacional e da tradição local são características da nossa música actual.
Nomes como A Naifa, Deolinda ou Donna Maria têm ganho enorme relevo e importância numa sociedade que, cada vez mais, se afirma como sendo Pós-Modernista.
A Naifa é uma banda que une as linguagens clássicas do fado e do pop, criando um universo tocado por percussão, baixo eléctrico e sintetizadores. Alguns dos seus membros têm formação na escola do punk, o que reflecte a diversidade que existe dentro da banda. O baixo e a bateria dão-nos uma secção rítmica que acompanha na perfeição o dedilhar da guitarra portuguesa, que se por vezes nos faz lembrar Carlos Paredes, viajando pelo blues e pelo rock.
Deolinda é um original projecto de música popular portuguesa, inspirado pelo fado e as suas origens tradicionais. Formado em 2006 por quatro jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), procuram, através do cruzamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade de cariz popular que sirva de base às composições originais do grupo.
Os Donna Maria são um trio da grande Lisboa, com Marisa Pinto na voz, Miguel Ângelo Majer na bateria e programações e Ricardo nos teclados e samplers. Têm fortes influências da música electrónica e uma alma profundamente portuguesa bem patente no recurso a instrumentos tradicionais, como a guitarra portuguesa ou o acordeão. Neste contexto, os Donna Maria pretendem devolver a desejada frescura à Música Portuguesa através da sua visão electrónica e contemporânea.
Donna Maria foram uma bela surpresa no panorama musical português. Canções pop que vão buscar influência simultaneamente ao trip-hop e às raízes culturais portuguesas fazem deste grupo um dos excelentes exemplos da cultura pós-modernista associada à música portuguesa.
Estas três bandas portuguesas (A Naifa, Deolinda e Donna Maria) contêm na sua génese uma mistura de vários géneros musicais, o que lhes permite uma versatilidade muito grande e uma abrangência musical que se estende a vários ramos. Esta multiplicidade e desmembramento quase “natural” destas bandas faz com que se enquadrem no estilo Pós-Modernista. Para além disso, a inclusão de instrumentos vários (muitos tipicamente portugueses) na construção criativa da própria música, bem como a própria imagem transmitida levam-me a crer que se englobam perfeitamente no fenómeno Pós-Modernista. O facto desta “afirmação musical” se pautar pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses faz com que haja um certo paralelismo com um outro fenómeno que é o da Glocalização. Ou seja, a pertença a um mundo global e globalizado não implica que haja uma homogeneização nos comportamentos e na construção de cultura.
Apesar de serem conceitos diferentes, Globalização e Pós-Modernismo coexistem e, do nosso ponto de vista, completam-se, uma vez que a junção de vários elementos de um passado cultural tradicional de um país, por exemplo, pessoaliza-o e globaliza-o. Ou seja, há uma afirmação do ser português (no nosso caso), não deixando de lado a integração no mundo global. E é isto que se passa com a nossa música. A saudade do passado sempre existiu, mas com o Pós-Modernismo, talvez se esteja a substituir o tempo verbal.
Casting Stars
Atravessamos um período pós-modernista em que vivemos e construímos com base na recolha e na reutilização de ideias e conceitos que tiveram lugar no passado. Com isto, não estamos a querer dizer que aniquilámos a nossa criatividade e que apenas existimos e produzimos com mero recurso ao que já aconteceu, ao que já existiu, ao que já se disse. Antes pelo contrário. A Pós-Modernidade é caracterizada como uma forte aptidão para o unir de diferenças que, juntas, podem funcionar melhor ou, pelo menos, de uma forma distinta. Desta forma, há um caminho que nos conduz à inovação. Esta ideia de inovar emerge com o pensamento moderno. Uma outra ideia associada ao conceito de evolução é a do paralelismo entre a Arte e Sociedade. A conjugação destas duas ideias justifica a inovação, uma vez que a História não se repete. O pós-modernismo não é uma invenção, uma teoria, uma tese, uma ideologia. O pós-modernismo é o que estamos a viver. É o mundo em que estamos embutidos que é diferente do mundo de Marx. É a complexidade, a difusão, o pluralismo, são as múltiplas faces de um mesmo entendimento, são as diversas formas de interpretação, é a possibilidade de flexibilização, é o fim do maniqueísmo puro e simples, é o fim dos códigos prontos, da escravidão pela religião com deus e sem deus. O pós-modernismo é o materialismo.
A música portuguesa tem sofrido algumas alterações nos últimos anos. Apesar de se manterem nomes incontornáveis como Carlos do Carmo, Rui Veloso, Sérgio Godinho, Jorge Palma, Xutos & Pontapés, entre outros, há toda uma panóplia de artistas que se vão renovando a si mesmos e à própria música nacional. A introdução de novas sonoridades, através da inclusão de instrumentos já “esquecidos” ou menos apreciados, o regresso da recordação ou a retoma do espírito nacional e da tradição local são características da nossa música actual.
Nomes como A Naifa, Deolinda ou Donna Maria têm ganho enorme relevo e importância numa sociedade que, cada vez mais, se afirma como sendo Pós-Modernista.
A Naifa é uma banda que une as linguagens clássicas do fado e do pop, criando um universo tocado por percussão, baixo eléctrico e sintetizadores. Alguns dos seus membros têm formação na escola do punk, o que reflecte a diversidade que existe dentro da banda. O baixo e a bateria dão-nos uma secção rítmica que acompanha na perfeição o dedilhar da guitarra portuguesa, que se por vezes nos faz lembrar Carlos Paredes, viajando pelo blues e pelo rock.
Deolinda é um original projecto de música popular portuguesa, inspirado pelo fado e as suas origens tradicionais. Formado em 2006 por quatro jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), procuram, através do cruzamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade de cariz popular que sirva de base às composições originais do grupo.
Os Donna Maria são um trio da grande Lisboa, com Marisa Pinto na voz, Miguel Ângelo Majer na bateria e programações e Ricardo nos teclados e samplers. Têm fortes influências da música electrónica e uma alma profundamente portuguesa bem patente no recurso a instrumentos tradicionais, como a guitarra portuguesa ou o acordeão. Neste contexto, os Donna Maria pretendem devolver a desejada frescura à Música Portuguesa através da sua visão electrónica e contemporânea.
Donna Maria foram uma bela surpresa no panorama musical português. Canções pop que vão buscar influência simultaneamente ao trip-hop e às raízes culturais portuguesas fazem deste grupo um dos excelentes exemplos da cultura pós-modernista associada à música portuguesa.
Estas três bandas portuguesas (A Naifa, Deolinda e Donna Maria) contêm na sua génese uma mistura de vários géneros musicais, o que lhes permite uma versatilidade muito grande e uma abrangência musical que se estende a vários ramos. Esta multiplicidade e desmembramento quase “natural” destas bandas faz com que se enquadrem no estilo Pós-Modernista. Para além disso, a inclusão de instrumentos vários (muitos tipicamente portugueses) na construção criativa da própria música, bem como a própria imagem transmitida levam-me a crer que se englobam perfeitamente no fenómeno Pós-Modernista. O facto desta “afirmação musical” se pautar pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses faz com que haja um certo paralelismo com um outro fenómeno que é o da Glocalização. Ou seja, a pertença a um mundo global e globalizado não implica que haja uma homogeneização nos comportamentos e na construção de cultura.
Apesar de serem conceitos diferentes, Globalização e Pós-Modernismo coexistem e, do nosso ponto de vista, completam-se, uma vez que a junção de vários elementos de um passado cultural tradicional de um país, por exemplo, pessoaliza-o e globaliza-o. Ou seja, há uma afirmação do ser português (no nosso caso), não deixando de lado a integração no mundo global. E é isto que se passa com a nossa música. A saudade do passado sempre existiu, mas com o Pós-Modernismo, talvez se esteja a substituir o tempo verbal.
Casting Stars
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