Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
terça-feira, 31 de março de 2009
Jura!!!
Léo Ferré
Avec le temps...
Avec le temps, va, tout s'en va
On oublie le visage et l'on oublie la voix
Le coeur, quand ça bat plus,
C'est pas la pein' d'aller chercher plus loin
Faut laisser faire et c'est très bien
segunda-feira, 30 de março de 2009
Atirador mata oito pessoas numa clínica de idosos nos EUA
sexta-feira, 27 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Sugestões - Gastronomia
Depois das Viagens e da Leitura, nada melhor que um bom prato! E a minha especialidade é singularmente espectacular! Um bloco, uma caneta, e apontem a minha receita. Nem o Manuel Luís Goucha tinha tanta originalidade no tempo em que ainda parecia um homem.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Pearl Jam - Ten
Os Pearl Jam re-editaram o "Ten", um dos melhores álbuns de sempre. Black foi, sem dúvida, uma das músicas que mais marcou este disco. Um hino a todos os que veneram boa música.
terça-feira, 24 de março de 2009
T-shirts polémicas
Para a SkyNews, a mais chocante talvez seja a que mostra uma mulher palestiniana a chorar sobre o seu bebé morto, igualmente na mira de uma arma israelita, com a legenda: "Mais vale usar Durex". Esta polémica segue-se a uma série de revelações sobre abusos cometidos pelos militares israelitas durante a ofensiva em Gaza.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Título Honoris Causa
Nex Max - América Eléctrica
New Max (dos Expensive Soul) lança o seu primeiro álbum a solo no site www.phalasolo.com. Aqui, podem fazer o download gratuito legal. Até porque se não fosse legal, nós não o fariamos, não é?
domingo, 22 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
DOR CRÓNICA
Racismo
Em relação a estes animais faço prevalecer a “raça humana”. Neste caso, sou racista. Agora, conotar seres humanos como pertencentes a uma ou outra raça é algo de tão retrógrado e animal que nem entre esses seria admitido. Logo, o conceito de racismo não é o mais correcto. A não ser para aqueles que se acham superiores só pelo tom de pele ou pela origem. Certamente serão superiores, mas em estupidez.
Infelizmente, ainda hoje em dia assistimos a muitos casos de “racismo”, a maior parte das vezes camuflado. Ao balcão, somos todos sorrisos, mas mal viramos costas, franzimos as sobrancelhas e rosnamos entre dentes. “Cabrão do preto…” ou “Vai para a tua terra” são das expressões mais desumanas e cruéis ditas nas mesas de café ou nas ruas do nosso (orgulhosamente só) Portugal.
Estes seres vêem o mundo a preto-e-branco e comunicam através de grunhidos. Normalmente vivem em cavernas, andam sempre em grupo e são conhecidos pela ausência de cérebro. Como exemplo, entre eles nunca poderia haver um Descartes. Porque só comprovam uma parte da sua máxima, a de existir (infelizmente).
Mas talvez faça sentido ser “racista”. Até porque essas pessoas, da forma como “pensam” (com muitas aspas), só podem pertencer a uma espécie defeituosa.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Jason coiso
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Sugestões - Leitura
"Leitura" foi o tema que se seguiu. Desde Pessoa a Platão, passando por Sá-Carneiro e por um ornitorrinco... O melhor é mesmo ouvir.
terça-feira, 17 de março de 2009
Nietzsche e o Nazismo (3/3)
Elizabeth, ao assegurar a difusão do Pensamento de Nietzsche através da criação do Nietzsche-Archiv, em Weimar, acabou por transformar o seu irmão no que ele tão intransigentemente combateu. Com a subida de Hitler ao poder, em 1933, a colaboração entre o Nietzsche-Archiv e o programa cultural do Partido Nacional-Socialista intensifica-se. A obra é apresentada ao público como prenúncio filosófico do pangermanismo e do anti-semitismo, abrindo caminho para aquilo que seria uma espécie de destino de grandeza do povo alemão.
Conta-se que Elizabeth, numa visita que fez a Hitler, lhe entregou a bengala de Nietzsche, como símbolo de passagem de testemunho. Também em 1933, por ocasião dos seus 50 anos, Benito Mussolini recebeu da direcção do Nietzsche-Archiv o seguinte telegrama: "Ao magnífico discípulo de Zaratustra, sonhado por Nietzsche; ao genial restaurador dos valores aristocráticos, no espírito de Nietzsche, envia o Nietzsche-Archiv, em profundíssima veneração e admiração, os mais fervorosos votos de felicidades".
Pelo carácter não-sistemático da obra de Nietzsche, pode ver-se o que se quiser em inúmeros circunstâncias. Porém, tomando-se a obra como um todo, as acusações de alicerce do Nazismo mostram-se totalmente absurdas, porque o que se revela é uma filosofia em luta contra qualquer forma de absoluto. Sem este conceito, não há espaço para religiões ou sistemas totalitários.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Sugestões - Viagens
Todos os fins-de-semana de manhã, o programa "A Vida São Dois Dias" (apresentado magnificamente pela minha amiga Célia Bernardo) recebe sugestões de alguém do Rádio Clube Português. No fim-de-semana de 7/8 de Março calhou-me a mim a difícil tarefa de fazer de Marcelo Rebelo de Sousa. Ou seja, mandar bitaites sobre tudo. Até de Gastronomia eu falei! Gastronomia!!!
São seis temas sobre os quais eu meditei, reflecti e ponderei. Três sinónimos, é certo, mas que interessa isso perante o poder da mente em poder considerar? Vale a pena pensar nisto... Ok, a primeira sugestão insere-se no tema "Viagens". É verdade que não sou um Mário Soares, mas já fiz algumas. Pourquoi? Je ne sais pas. Mas apeteceu-me dizer isto.
domingo, 15 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
Nietzsche e o Nazismo (2/3)
Para entender este “novo homem” é necessário uma breve abordagem a uma das suas teorias, a do “Super-homem”. Nietzsche entende que, com a emergência da época moderna, os valores baseados na moral cristã e na tradição metafísica começam a ruir. Simbolicamente, Nietzsche diz que “Deus está morto!”, eliminando, desta forma, todos os valores considerados como absolutos. Com a ausência de valores, o mundo e a própria existência deixam de fazer sentido. A solução, frente a este Niilismo decorrente da “morte de Deus”, é a criação de novos valores. Esses valores não são mais baseados na transcendência, mas sim na terra e na própria vida, mesmo sabendo que há dor e sofrimento – amor à fatalidade (amor fati). E aqui surge o conceito de Super-homem (Übermensch), uma doutrina de superação do próprio homem. Apenas um Super-homem poderia aceitar a vida tal como ela é e, ainda assim, desejar que ela se repita infinitas vezes.
Esta ideia de um Super-homem foi aproveitada por Hitler, porém, de forma completamente deformada, uma vez que o Super-homem nietzschiano não procura uma superação social mas sim uma superação do pensamento e da ética, o oposto defendido pelo ditador austríaco, que dizia estar a “acelerar o inevitável”.
Em relação ao transcendente, Nietzsche e Hitler diferem em larga escala. Nietzsche apoia-se mais na intelectualidade e razão humanas, opondo-se à Moralidade e à Religião. Por seu lado, Hitler era muito supersticioso e fomentava o culto do divino.
É um erro dizer que Hitler era cristão ou nietzschiano. A verdade é que tinha um desejo político baseado no extermínio dos judeus. Para levar a cabo os seus objectivos, procurou, em várias fontes, argumentos que o favorecessem. Uma dessas fontes foi a Filosofia de Nietzsche, especificamente a obra “Assim Falava Zaratustra”, que Hitler mandava distribuir aos soldados alemães nas frentes de batalha.
(continua)
sexta-feira, 13 de março de 2009
13
Esta é uma crónica que fiz no dia 13 Fevereiro deste ano. Passou no programa "Minuto a Minuto", no Rádio Clube Português. Tudo o que possa transmitir alguma qualidade deve-se ao mágico Nuno Cacheira, um excelente sonoplasta. Eu apenas dei voz, e uma certa parvoíce, às palavras.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Nietzsche e o Nazismo (1/3)
Comecemos pela política. Esta, com certeza, não era uma das principais preocupações de Nietzsche. Apesar de se opor ao Absolutismo, também não era partidário da Democracia, uma vez que entendia que o poder deveria pertencer a um pequeno grupo de indivíduos, os verdadeiros nobres, capazes de exercer a vontade de potência.
No que respeita aos Judeus, Nietzsche, na sua obra “Humano, Demasiado Humano”, faz algumas referências a este povo: “Diga-se de passagem que o problema dos judeus existe apenas no interior dos Estados nacionais, na medida em que neles a sua energia e superior inteligência, o seu capital de espírito e de vontade, acumulado de geração em geração em prolongada escala de sofrimento, devem preponderar numa escala que desperta inveja e ódio, de modo que, em quase todas as nações de hoje – e tanto mais quanto mais nacionalista é a pose que adoptam –, aumenta a grosseria literária de conduzir os judeus ao matadouro, como bodes expiatórios de todos os males públicos e particulares. Um povo que, não sem a culpa de todos nós, teve a mais sofrida história entre todos os povos, e ao qual devemos o mais nobre dos homens (Cristo), o mais puro dos sábios (Spinoza), o mais poderoso dos livros e a lei moral mais eficaz do mundo. E além disso: nos tempos mais sombrios da Idade Média, quando as nuvens asiáticas pesavam sobre a Europa, foram os livres pensadores, eruditos e médicos judeus que, nas mais duras condições pessoais, mantiveram firme a bandeira das Luzes e da independência intelectual, defendendo a Europa contra a Ásia.” Através deste excerto, podemos admitir que Nietzsche e Hitler olhavam os judeus de forma bastante diferente. Hitler considerava os judeus como “retrógrados, parasitas da humanidade, abomináveis e mestres da mentira”, como descreveu na sua obra “Mein Kampf” (“Minha Luta”).
(continua)
Quinze
quarta-feira, 11 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
sábado, 7 de março de 2009
Sugestões - A Vida São Dois Dias
A partir de segunda-feira, irei disponibilizar estas minhas sugestões em podcast.