terça-feira, 31 de março de 2009

Jura!!!

Depois de apoiar o uso do preservativo, o bispo de Viseu vem agora defender o divórcio. Qualquer dia ainda diz que a Terra é redonda.

Léo Ferré

Avec le temps...
Avec le temps, va, tout s'en va
On oublie le visage et l'on oublie la voix
Le coeur, quand ça bat plus,
C'est pas la pein' d'aller chercher plus loin
Faut laisser faire et c'est très bien

segunda-feira, 30 de março de 2009

Atirador mata oito pessoas numa clínica de idosos nos EUA

Um homem armado matou oito pessoas numa clínica especializada no tratamento de idosos com Alzheimer no Estado americano da Carolina do Norte, segundo informações da estação de televisão americana WRAL.

Testemunhas afirmam não se lembrar do que aconteceu.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Sugestões - Gastronomia

Depois das Viagens e da Leitura, nada melhor que um bom prato! E a minha especialidade é singularmente espectacular! Um bloco, uma caneta, e apontem a minha receita. Nem o Manuel Luís Goucha tinha tanta originalidade no tempo em que ainda parecia um homem.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pearl Jam - Ten

Os Pearl Jam re-editaram o "Ten", um dos melhores álbuns de sempre. Black foi, sem dúvida, uma das músicas que mais marcou este disco. Um hino a todos os que veneram boa música.

terça-feira, 24 de março de 2009

T-shirts polémicas

Foi o jornal israelita Haaretz que divulgou as polémicas t-shirts, mandadas fazer pelos soldados israelitas. Numa, vê-se uma palestiniana grávida na mira de uma arma, com a legenda: "Um tiro duas mortes". Noutra, uma criança armada, também no alvo de outra arma. "Quanto mais pequeno, mais duro", lê-se. Um soldado entrevistado pelo jornal israelita explicou: "É um miúdo, portanto é um problema maior, moralmente, mas também porque o alvo é mais pequeno". Ainda noutra t-shirt, a legenda "Apenas Deus perdoa" acompanha a imagem de um soldado israelita a fazer explodir uma mesquita.

Para a SkyNews, a mais chocante talvez seja a que mostra uma mulher palestiniana a chorar sobre o seu bebé morto, igualmente na mira de uma arma israelita, com a legenda: "Mais vale usar Durex". Esta polémica segue-se a uma série de revelações sobre abusos cometidos pelos militares israelitas durante a ofensiva em Gaza.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Título Honoris Causa

É verdade que não houve razão para ter sido assinalado penalti. Mas também é verdade que é uma jogada muito discutível se analisada in loco sem a possibilidade de ver a repetição. Com isto, não estou a desculpar a atitude (errada) de Lucílio Batista, porém os erros acontecem. E este é um erro "desculpável". Era difícil de analisar, sejamos honestos! Muitos de nós, quando vimos a jogada, também tivemos sensações diferentes. Uns acharam que a bola tinha ido ao braço do jogador do Sporting, outros acharam claramente que não.

O que não considero correcto foi a atitude de alguns elementos do Sporting. Aqui, Pedro Silva ganha triplo destaque: o encontrão ao árbitro, a rejeição e consequente lançamento da medalha, e as suas declarações na zona de entrevistas rápidas. Paulo Bento optou pelos gestos, que em nada dignificam a sua postura até então. João Moutinho decidiu fazer queixinhas de algo que provavelmente terá muito possível e hipoteticamente ouvido. "As desculpas não se pedem, evitam-se", disse o capitão do Sporting em relação às declarações de Lucílio Batista no Jornal da Noite, na SIC. Ora, o Pedro Silva também pediu desculpas pela barrigada que deu ao árbitro (e que este disse que não reparou), pelo lançamento da medalha e consequente desrespeito pelas instituições em causa. Mas, sendo jogador (do Sporting ou de qualquer outro clube) já pode errar e pedir desculpas pelos erros cometidos. Filipe Soares Franco vem à televisão disparatar bitaites kantianos. "Intuição" e "Percepção"...

Volto a repetir que não houve razões para ser marcada grande penalidade. Porém, os erros existem. É nosso objectivo diminuir a ocorrência desses erros, porém eles continuarão a existir. A sua eliminação é impossível, uma vez que somos humanos. O Benfica também já foi prejudicado em muitas outras situações, bem como o Sporting, o Porto ou o Marrazes. No sábado, calhou ao Sporting. Calhou porque quero acreditar que não foi uma decisão premeditada. Não porque confie no árbitro em causa, mas sim pela percepção que eu tive do lance.

Nex Max - América Eléctrica

New Max (dos Expensive Soul) lança o seu primeiro álbum a solo no site www.phalasolo.com. Aqui, podem fazer o download gratuito legal. Até porque se não fosse legal, nós não o fariamos, não é?

domingo, 22 de março de 2009

BENFIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICA!!!!

O Papa esteve em Angola, mas o Paulo é que foi roubado.

sábado, 21 de março de 2009

DOR CRÓNICA
Racismo

Eu sou racista. Admito! Não gosto de cobras. Nem de moscas. Muito menos de pombos! Nunca gostei. Cheguei a ir muitas vezes com a minha mãe para o Rossio dar-lhes comida, mas sempre pensei que o milho estivesse envenenado. Por isso é que ia tantas vezes para lá. E as correrias que fazia atrás deles, com as pontas dos pés a fazerem mira ao raio dos bichos... Hoje já não faço isso. Agora, como quem não quer a coisa, ou mando-lhes uma chapelada ou esmigalhaço-os sentado ao volante.

Em relação a estes animais faço prevalecer a “raça humana”. Neste caso, sou racista. Agora, conotar seres humanos como pertencentes a uma ou outra raça é algo de tão retrógrado e animal que nem entre esses seria admitido. Logo, o conceito de racismo não é o mais correcto. A não ser para aqueles que se acham superiores só pelo tom de pele ou pela origem. Certamente serão superiores, mas em estupidez.

Infelizmente, ainda hoje em dia assistimos a muitos casos de “racismo”, a maior parte das vezes camuflado. Ao balcão, somos todos sorrisos, mas mal viramos costas, franzimos as sobrancelhas e rosnamos entre dentes. “Cabrão do preto…” ou “Vai para a tua terra” são das expressões mais desumanas e cruéis ditas nas mesas de café ou nas ruas do nosso (orgulhosamente só) Portugal.

Estes seres vêem o mundo a preto-e-branco e comunicam através de grunhidos. Normalmente vivem em cavernas, andam sempre em grupo e são conhecidos pela ausência de cérebro. Como exemplo, entre eles nunca poderia haver um Descartes. Porque só comprovam uma parte da sua máxima, a de existir (infelizmente).

Mas talvez faça sentido ser “racista”. Até porque essas pessoas, da forma como “pensam” (com muitas aspas), só podem pertencer a uma espécie defeituosa.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Jason coiso

Faria muito mais sentido que um surfista actuasse no Pavilhão Atlântico. A não ser que a namorada tenha tratado dos requisitos para actuar no Campo Pequeno.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Glückwünsche!

Parabéns Pai!

Assinado: Elizabeth Fritzl e os seus sete filhos (aliás, seis)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sugestões - Leitura

"Leitura" foi o tema que se seguiu. Desde Pessoa a Platão, passando por Sá-Carneiro e por um ornitorrinco... O melhor é mesmo ouvir.

terça-feira, 17 de março de 2009

Nietzsche e o Nazismo (3/3)

Hitler aproveitou-se, claramente, da obra de Nietzsche para cimentar e suportar o seu Ideal Nazi. Recolheu as informações que necessitava e usou-as conforme lhe convinha. Neste processo, contou com a preciosa ajuda de Elizabeth Foster, irmã de Nietzsche, defensora convicta dos ideais nazi-fascistas.

Elizabeth, ao assegurar a difusão do Pensamento de Nietzsche através da criação do Nietzsche-Archiv, em Weimar, acabou por transformar o seu irmão no que ele tão intransigentemente combateu. Com a subida de Hitler ao poder, em 1933, a colaboração entre o Nietzsche-Archiv e o programa cultural do Partido Nacional-Socialista intensifica-se. A obra é apresentada ao público como prenúncio filosófico do pangermanismo e do anti-semitismo, abrindo caminho para aquilo que seria uma espécie de destino de grandeza do povo alemão.

Conta-se que Elizabeth, numa visita que fez a Hitler, lhe entregou a bengala de Nietzsche, como símbolo de passagem de testemunho. Também em 1933, por ocasião dos seus 50 anos, Benito Mussolini recebeu da direcção do Nietzsche-Archiv o seguinte telegrama: "Ao magnífico discípulo de Zaratustra, sonhado por Nietzsche; ao genial restaurador dos valores aristocráticos, no espírito de Nietzsche, envia o Nietzsche-Archiv, em profundíssima veneração e admiração, os mais fervorosos votos de felicidades".

Pelo carácter não-sistemático da obra de Nietzsche, pode ver-se o que se quiser em inúmeros circunstâncias. Porém, tomando-se a obra como um todo, as acusações de alicerce do Nazismo mostram-se totalmente absurdas, porque o que se revela é uma filosofia em luta contra qualquer forma de absoluto. Sem este conceito, não há espaço para religiões ou sistemas totalitários.
André Pereira

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sugestões - Viagens

Todos os fins-de-semana de manhã, o programa "A Vida São Dois Dias" (apresentado magnificamente pela minha amiga Célia Bernardo) recebe sugestões de alguém do Rádio Clube Português. No fim-de-semana de 7/8 de Março calhou-me a mim a difícil tarefa de fazer de Marcelo Rebelo de Sousa. Ou seja, mandar bitaites sobre tudo. Até de Gastronomia eu falei! Gastronomia!!!

São seis temas sobre os quais eu meditei, reflecti e ponderei. Três sinónimos, é certo, mas que interessa isso perante o poder da mente em poder considerar? Vale a pena pensar nisto... Ok, a primeira sugestão insere-se no tema "Viagens". É verdade que não sou um Mário Soares, mas já fiz algumas. Pourquoi? Je ne sais pas. Mas apeteceu-me dizer isto.

sábado, 14 de março de 2009

Nietzsche e o Nazismo (2/3)

Quanto à raça ariana, Hitler considerava-a como uma raça superior que deveria reerguer os valores nórdicos e palacianos perdidos na Antiguidade. Aqui, nota-se alguma semelhança com Nietzsche, que elevou, em algumas obras, o espírito guerreiro e aristocrático de alguns povos pagãos europeus da Antiguidade, como os Gregos, os Romanos e os Vikings. As suas proezas históricas reflectiam uma vontade de superação do aspecto problemático da própria existência, valor inexistente no ocidente moderno consequente de séculos de predomínio do Cristianismo e da crença em ideais transcendentes. Apesar de tudo, o filósofo alemão nunca defende a soberania de qualquer um destes povos, ao contrário de Hitler. O racismo biológico alemão era bem diferente do “novo homem” proposto por Nietzsche.

Para entender este “novo homem” é necessário uma breve abordagem a uma das suas teorias, a do “Super-homem”. Nietzsche entende que, com a emergência da época moderna, os valores baseados na moral cristã e na tradição metafísica começam a ruir. Simbolicamente, Nietzsche diz que “Deus está morto!”, eliminando, desta forma, todos os valores considerados como absolutos. Com a ausência de valores, o mundo e a própria existência deixam de fazer sentido. A solução, frente a este Niilismo decorrente da “morte de Deus”, é a criação de novos valores. Esses valores não são mais baseados na transcendência, mas sim na terra e na própria vida, mesmo sabendo que há dor e sofrimento – amor à fatalidade (amor fati). E aqui surge o conceito de Super-homem (Übermensch), uma doutrina de superação do próprio homem. Apenas um Super-homem poderia aceitar a vida tal como ela é e, ainda assim, desejar que ela se repita infinitas vezes.

Esta ideia de um Super-homem foi aproveitada por Hitler, porém, de forma completamente deformada, uma vez que o Super-homem nietzschiano não procura uma superação social mas sim uma superação do pensamento e da ética, o oposto defendido pelo ditador austríaco, que dizia estar a “acelerar o inevitável”.

Em relação ao transcendente, Nietzsche e Hitler diferem em larga escala. Nietzsche apoia-se mais na intelectualidade e razão humanas, opondo-se à Moralidade e à Religião. Por seu lado, Hitler era muito supersticioso e fomentava o culto do divino.

É um erro dizer que Hitler era cristão ou nietzschiano. A verdade é que tinha um desejo político baseado no extermínio dos judeus. Para levar a cabo os seus objectivos, procurou, em várias fontes, argumentos que o favorecessem. Uma dessas fontes foi a Filosofia de Nietzsche, especificamente a obra “Assim Falava Zaratustra”, que Hitler mandava distribuir aos soldados alemães nas frentes de batalha.


(continua)

André Pereira

sexta-feira, 13 de março de 2009

13

Esta é uma crónica que fiz no dia 13 Fevereiro deste ano. Passou no programa "Minuto a Minuto", no Rádio Clube Português. Tudo o que possa transmitir alguma qualidade deve-se ao mágico Nuno Cacheira, um excelente sonoplasta. Eu apenas dei voz, e uma certa parvoíce, às palavras.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Nietzsche e o Nazismo (1/3)

A obra de Friedrich Nietzsche tem sido alvo de inúmeras críticas que a apontam como pedra basilar do Nazismo. Nada mais enganador. Através deste texto, pretendo desmistificar essa ligação estreita que muitos fazem entre o Pensamento de Nietzsche e os Ideais Nazis. É óbvio que, como acontece com grande parte das teorias, podem-se sempre criar relações e encontrar justificações para o que se pretende. A obra de Nietzsche é, toda ela, construída em metáforas e aforismos. A complexidade da sua interpretação já é tal que, colocada fora de contexto, pode ser sujeita a interpretações erradas. Assim o fez Adolf Hitler.

Comecemos pela política. Esta, com certeza, não era uma das principais preocupações de Nietzsche. Apesar de se opor ao Absolutismo, também não era partidário da Democracia, uma vez que entendia que o poder deveria pertencer a um pequeno grupo de indivíduos, os verdadeiros nobres, capazes de exercer a vontade de potência.

No que respeita aos Judeus, Nietzsche, na sua obra “Humano, Demasiado Humano”, faz algumas referências a este povo: “Diga-se de passagem que o problema dos judeus existe apenas no interior dos Estados nacionais, na medida em que neles a sua energia e superior inteligência, o seu capital de espírito e de vontade, acumulado de geração em geração em prolongada escala de sofrimento, devem preponderar numa escala que desperta inveja e ódio, de modo que, em quase todas as nações de hoje – e tanto mais quanto mais nacionalista é a pose que adoptam –, aumenta a grosseria literária de conduzir os judeus ao matadouro, como bodes expiatórios de todos os males públicos e particulares. Um povo que, não sem a culpa de todos nós, teve a mais sofrida história entre todos os povos, e ao qual devemos o mais nobre dos homens (Cristo), o mais puro dos sábios (Spinoza), o mais poderoso dos livros e a lei moral mais eficaz do mundo. E além disso: nos tempos mais sombrios da Idade Média, quando as nuvens asiáticas pesavam sobre a Europa, foram os livres pensadores, eruditos e médicos judeus que, nas mais duras condições pessoais, mantiveram firme a bandeira das Luzes e da independência intelectual, defendendo a Europa contra a Ásia.” Através deste excerto, podemos admitir que Nietzsche e Hitler olhavam os judeus de forma bastante diferente. Hitler considerava os judeus como “retrógrados, parasitas da humanidade, abomináveis e mestres da mentira”, como descreveu na sua obra “Mein Kampf” (“Minha Luta”).


(continua)
André Pereira
Quinze

quarta-feira, 11 de março de 2009

Uma vergonha

Eliminar crianças em massa num campo... típico alemão.

"Uma equipa absolutamente fraca", German Press

Aproxima-se mais uma sexta-feira 13. Depois da terça-feira 12...

domingo, 8 de março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

Sugestões - A Vida São Dois Dias


Ontem foi a Gala Rádio Clube/Cofaco Açores. A noite terminou... apenas hoje, e cá estou eu em amena cavaqueira com a minha amiga Célia Bernardo no programa 'A Vida São Dois Dias'. Hoje falei de Viagens, Leitura e Gastronomia. Amanhã vou mandar uns bitaites sobre Cultura, Recantos e Pessoas. Entre as 8h e as 12h, no Rádio Clube.

A partir de segunda-feira, irei disponibilizar estas minhas sugestões em podcast.