A paralisação dos trabalhadores da empresa de handling Groundforce que teve início à meia-noite de hoje (1 de Fevereiro) ainda não afectou nem as operações da TAP -Transportes Aéreos Portugueses nem o movimento dos passageiros no aeroporto de Lisboa.
Em entrevista à agência Lusa, o porta-voz do Sindicato dos Técnicos do Handling e Aeroportos (STHA), André Teives, afirmou, no entanto, que “ainda é cedo para se sentirem os efeitos da paralisação em termos de passageiros”.
Este responsável explicou que a paralisação de quatro dias no aeroporto da Portela “está a ser cumprida por todos os sectores a 100%”. O Diário de Fictícias interpelou algumas pessoas no aeroporto com vista a saber se esta greve teve alguma repercussão no seu dia. As reacções foram de espanto e incredulidade “Estão em greve? Quem?”, “Estou a demorar o mesmo tempo”, “Normal, até agora tudo normal”, “Não notei diferença alguma”, “Está a brincar comigo?”, “SLB SLB SLB SLB SLB Glorioso SLB Glorioso SLB” foram as respostas obtidas.
Das duas, três:
1. As pessoas entrevistadas foram subornadas pelo nosso jornal
2. O porta-voz do STHA André Teives está a mentir e a greve não é de 100%
3. Os funcionários do STHA estão sempre em greve, visto que não se nota diferença no funcionamento do aeroporto
Penso que o primeiro ponto está fora de questão. Nós nunca subornaríamos ninguém com duas pastilhas Gorila e um lenço de papel usado (que é o que tenho no bolso).
Quanto às declarações de André Teives, quero acreditar que são verdadeiras, até porque não há um único sindicalista que fuja à verdade em prol da sua boa vida. Há agora…
Portanto, resta-nos a última opção. O percurso feito pelas nossas bagagens desde a saída do avião até ao tapete rolante é tão rápido e eficaz, que me custa a crer nesta realidade.
A greve, que irá durar até à meia-noite da próxima segunda-feira, foi convocada em protesto contra a passagem de três serviços da Groundforce para a tutela da TAP, e tem como objectivo reivindicar a integração dos 2900 trabalhadores da empresa de handling na TAP e ainda a anulação da privatização da unidade de negócios de handling, que teve lugar em 2003.
Desculpem-me a intromissão, mas, se a TAP pensa em contratar elementos da Groundforce para fazer um trabalho que, neste momento, está a ser feito por outras pessoas que não eles e está tudo normal, penso que é a mesma coisa que o Benfica ir contratar novamente o Beto - um autêntico desperdício de dinheiro. Mesmo assim, este ainda poderia utilizar o cabelo para ajudar os aviões a aterrar.
André Pereira
Notícia-base in Diário Económico