Vivemos no tempo dos assassinos, tempo de todos os hinos, e ouvimos dobrar os sinos, quem mais jura é quem mais mente. Vou arquitectar destinos, sou praticamente demente.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
O coelho
Era uma vez um coelho chamado Marx. Tinha um pêlo muito branco e comprido. Certo dia, decidiu convidar a sua amiga tartaruga para um passeio na floresta. Visitaram muitas grutas, ninhos e tocas de animais seus conhecidos. Até que chegaram a um descampado. Tudo havia desaparecido. De repente, detrás de uns arbustos, surgem milhares de coelhos em algazarra. Todos parecem muito excitados e animados com a presença de Marx e da amiga tartaruga. “Beija, beija, beija, beija!”, dizem os coelhos. Marx, inquieto com toda esta confusão, tenta fugir. Porém, tal tentativa depressa saiu descartada.“Beija, beija, beija, beija!”, continuam as vozes. Marx não tem outra hipótese. Aproxima-se da tartaruga, fecha os olhos, tapa o nariz e dá-lhe um beijo.
Marx deu o corpo ao Manifesto.
André Pereira
1 comentário:
Anónimo
disse...
Esta, sim, a fábula que La Fontaine gostaria de ter escrito! E uma abordagem inédita - mas fundamental - sobre a luta de classes!
A ideia está óptima! Continua, André!
E eu que só conhecia a história de uma tartaruga que deu "o corpo ao manifesto"... aquela em que Mário Soares se sentou!!!
1 comentário:
Esta, sim, a fábula que La Fontaine gostaria de ter escrito! E uma abordagem inédita - mas fundamental - sobre a luta de classes!
A ideia está óptima! Continua, André!
E eu que só conhecia a história de uma tartaruga que deu "o corpo ao manifesto"... aquela em que Mário Soares se sentou!!!
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