quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Avançou Portugal (parte 3)

CDS-PP: Excelente trabalho de Paulo Portas ao leme do partido que já tantas vezes morreu e renasceu. As suas bandeiras eleitorais – Segurança, PME’s, Rendimento Mínimo – funcionaram como fortes argumentos para esta subida no número de votos. Paulo Portas é directo, próximo e simples. Usa frases curtas, bem ditas e com mensagens fortes. É muito direccionado nos objectivos e na forma como os procura. Ficou à frente do BE quando ninguém o esperava, tornando-se no único partido (à excepção do PSD), com quem o PS pode fazer maioria parlamentar numa ou noutra situação mais pontual.

BE: Ficou-se pelo quarto lugar, quando muitos (?) esperavam que se assumisse como a terceira força política. Francisco Louçã enganou-se e, apesar de todo o seu discurso demagógico de vitória, a verdade é que foi ultrapassado com grande classe pelo CDS-PP. Ultimamente, o Bloco de Esquerda tem-se apelidado de “verdadeira esquerda” e de “grande força política”. É certo que os últimos resultados eleitorais têm colocado o BE como partido a ter em conta; no entanto, acho que tudo não passa de um bluff. O BE é um partido muito vago, sem ideologia passível de ser posta em prática. Para além disso, todos os eleitores que foi ganhando têm sido “migalhas” que o PS tem deixado cair: ou seja, são aqueles que por algum motivo se zangaram com o PS e, para não votar na direita, votam no BE (votar na PCP está fora de questão). Mais cedo ou mais tarde, os “zangados” fazem as pazes com o PS e volta tudo à “ordem natural das coisas”.

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(na quarta parte será analisado o PCP-PEV bem como a taxa de abstenção)

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Imagens: DR

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