Diário de Fictícias – Bom dia, senhor 2006!
2006 – Diga? Vai ter que falar mais alto… Já estou muito velhinho e não tenho a genica de outros tempos…
DF – Queria falar consigo sobre a sua vida que, apesar de curta, foi muito conturbada…
2006 – Sim, tem razão. Tenho de aproveitar ao máximo os 12 meses que tenho de vida e, frequentemente, faço aquilo que não devia. Mas, como diz o povo, a vida são 365 dias e o Carnaval são 366…
DF – Desculpe, mas está a fazer alguma confusão... “A vida são dois dias e o Carnaval são 3”. Esta é a citação correcta.
2006 – Pois, mas disseram-me que aqui em Portugal o Carnaval é durante todo o ano… E eu próprio notei isso durante este período…
DF – Como assim? Viu muita gente a desfilar nas ruas ao som do samba?
2006 – Neste país, o Carnaval é muito diferente do do Brasil, mas vi muitas palhaçadas. No que diz respeito à música, apesar de este ter sido o ano de Mozart, estava sempre a ouvir o Bailinho da Madeira.
DF – Gosta que lhe dêem música, portanto… Que balanço faz dos seus primeiros meses de vida?
2006 – Bem, essencialmente, tentei continuar o trabalho do meu pai. Aqui em Portugal, as nossas gerações não são muito diferentes, até porque raramente há uma mudança significativa de mentalidade. Foi eleito um novo Presidente e, por coincidência ou não, arderam mais uns cavacos por este país.
DF – Este ano o país não poderia deixar de arder… Afinal houve quem tivesse festejado o dia da Besta…
2006 – Desculpe mas eu não gosto que tratem assim as pessoas. Se não gosta daquele senhor do Norte, não tem que lhe chamar nomes…
DF – O dia da Besta foi no dia 6/6/6… Não é minha intenção criticar ninguém. Aliás, se precisasse de o fazer, acho que escreveria um livro…
2006 – Ah, sim… Pensava que estava a falar de outra pessoa. Mas, já agora que fala em literatura, parece que surgiu uma publicação que tem sido o Sol deste fim de ano. Aliás, tem colocado muita gente à sombra e, por vezes, ao bater nos objectos dá-lhes uma cor dourada… Mas não me posso pronunciar sobre esse assunto… Ainda não li o livro. Só falo em tribunal e na presença do meu advogado.
DF – No que respeita a filmes, qual foi o seu preferido?
2006 – Gostei bastante da adaptação a cinema do “Auto da Barca do Inferno”, do Senhor Gil Vicente, porque mistura vários géneros: desde o terror, passando pelo drama e acabando na comédia. Também gostei muito de um filme franco-italiano, em que, no final, o mau da fita dá uma cabeçada no inimigo.
DF – É inédito alguém entrevistar um ano, como eu estou a fazer, entrevistando-o a si. Talvez devêssemos entrar para o Guiness… O que acha?
2006 – Tenha calma, é preciso ter muita “dranquilidade”, como diz o senhor Bento.
DF – Mas, normalmente, as palavras do Bento não são muito bem-vindas no mundo islâmico…
2006 – Referia-me ao Paulo, o treinador dos leões!
DF – Ah, peço imensa desculpa! Acho que é das horas… Está a ficar tarde e temos de ir. Ainda tenho que ir fazer um doce para a noite de Natal.
2006 – Talvez seja isso. Eu não gosto muito de açúcar, prefiro salgados…
DF – Como eu o compreendo… Gostei muito de ter falado consigo, foi muito amável para com o Diário de Fictícias.
2006 – Ora essa, o prazer foi meu. Brevemente virá a minha substituição. E certamente ninguém sairá para as ruas a protestar…
2006 – Diga? Vai ter que falar mais alto… Já estou muito velhinho e não tenho a genica de outros tempos…
DF – Queria falar consigo sobre a sua vida que, apesar de curta, foi muito conturbada…
2006 – Sim, tem razão. Tenho de aproveitar ao máximo os 12 meses que tenho de vida e, frequentemente, faço aquilo que não devia. Mas, como diz o povo, a vida são 365 dias e o Carnaval são 366…
DF – Desculpe, mas está a fazer alguma confusão... “A vida são dois dias e o Carnaval são 3”. Esta é a citação correcta.
2006 – Pois, mas disseram-me que aqui em Portugal o Carnaval é durante todo o ano… E eu próprio notei isso durante este período…
DF – Como assim? Viu muita gente a desfilar nas ruas ao som do samba?
2006 – Neste país, o Carnaval é muito diferente do do Brasil, mas vi muitas palhaçadas. No que diz respeito à música, apesar de este ter sido o ano de Mozart, estava sempre a ouvir o Bailinho da Madeira.
DF – Gosta que lhe dêem música, portanto… Que balanço faz dos seus primeiros meses de vida?
2006 – Bem, essencialmente, tentei continuar o trabalho do meu pai. Aqui em Portugal, as nossas gerações não são muito diferentes, até porque raramente há uma mudança significativa de mentalidade. Foi eleito um novo Presidente e, por coincidência ou não, arderam mais uns cavacos por este país.
DF – Este ano o país não poderia deixar de arder… Afinal houve quem tivesse festejado o dia da Besta…
2006 – Desculpe mas eu não gosto que tratem assim as pessoas. Se não gosta daquele senhor do Norte, não tem que lhe chamar nomes…
DF – O dia da Besta foi no dia 6/6/6… Não é minha intenção criticar ninguém. Aliás, se precisasse de o fazer, acho que escreveria um livro…
2006 – Ah, sim… Pensava que estava a falar de outra pessoa. Mas, já agora que fala em literatura, parece que surgiu uma publicação que tem sido o Sol deste fim de ano. Aliás, tem colocado muita gente à sombra e, por vezes, ao bater nos objectos dá-lhes uma cor dourada… Mas não me posso pronunciar sobre esse assunto… Ainda não li o livro. Só falo em tribunal e na presença do meu advogado.
DF – No que respeita a filmes, qual foi o seu preferido?
2006 – Gostei bastante da adaptação a cinema do “Auto da Barca do Inferno”, do Senhor Gil Vicente, porque mistura vários géneros: desde o terror, passando pelo drama e acabando na comédia. Também gostei muito de um filme franco-italiano, em que, no final, o mau da fita dá uma cabeçada no inimigo.
DF – É inédito alguém entrevistar um ano, como eu estou a fazer, entrevistando-o a si. Talvez devêssemos entrar para o Guiness… O que acha?
2006 – Tenha calma, é preciso ter muita “dranquilidade”, como diz o senhor Bento.
DF – Mas, normalmente, as palavras do Bento não são muito bem-vindas no mundo islâmico…
2006 – Referia-me ao Paulo, o treinador dos leões!
DF – Ah, peço imensa desculpa! Acho que é das horas… Está a ficar tarde e temos de ir. Ainda tenho que ir fazer um doce para a noite de Natal.
2006 – Talvez seja isso. Eu não gosto muito de açúcar, prefiro salgados…
DF – Como eu o compreendo… Gostei muito de ter falado consigo, foi muito amável para com o Diário de Fictícias.
2006 – Ora essa, o prazer foi meu. Brevemente virá a minha substituição. E certamente ninguém sairá para as ruas a protestar…